feira especial de inverno

Meu colega de curso e eu visitamos neste sábado, a feira Especial de Inverno em Curitiba. são dezenas de barracas montadas na Praça Osório, onde cada uma apresenta a culinária de um país ou de um estado brasileiro. 
A maioria são lanches rápidos que podem ser apreciados por preços bem acessíveis para a grande movimentação de visitantes que circulam pelo local. Ficamos na duvida se experimentávamos alguns petiscos indianos, portugueses ou bolivianos. Decidimos por alguns bolinhos de bacalhau à R$ 3,50  na barraca portuguesa, que nem de longe tinham gosto de bacalhau. Quando comemos o primeiro já sentimos que tinha gosto de peixe comum. Quem aprecia, reconhece de cara o sabor de um bacalhau mesmo não sendo o importado, que é mais caro. Na feira tinha de tudo; empanados indianos, Sushi, Churrasquinhos, acarajé, chocolate suíço, pinhão cozido e até quentão com gemada, que é uma delicia.
A feira acontece todo o ano, na estação mais fria, expondo também peças artesanais como Gorros, casacos, cachecóis, bijuterias, artigos para decoração, entre tantos outros, numa homenagem as etnias que compõe o estado do Paraná.

Retrato 3X4 da Assistência à saúde.

Ontem fui testemunha de uma das cenas mais tristes e deprimentes que lembro-me  ter assistido durante meu trabalho na saúde. Tratava-se do desespero de um pai que na angustia de que seu filho de três meses fosse atendido na emergência de um hospital e que por causa das complexidades burocráticas, levou mais de vinte minutos para que o atendessem. 
A criança estava sendo transferida  por mim na ambulância, vinda de um posto de saúde e recebendo oxigênio. Logo que chegamos na emergência que estava como a maioria delas, habitualmente com a porta fechada, me dirigi ao funcionário da recepção que solicitou o nome do paciente e depois de alguns minutos retornou para pedir o nome do medico do qual havia sido feito o contato e então levou mais de quinze minutos para retornar e explicar-nos que o nome da criança não se encontrava na lista de pacientes que aguardavam para internação. Na verdade ele somente reapareceu para dar esta informação, por que o pai angustiado com a demora do atendimento, começou a bater violentamente na porta da emergência do hospital. Não tendo resposta ou alguém que viesse dar-nos qualquer explicações objetiva, sentou-se no chão e começou a chorar e a implorar que atendessem seu filho. Sua atitude gerou uma comoção entre as outras pessoas que também aguardavam atendimento e assistiam aquela cena penalizados. Seu comportamento embora agressivo, era um apelo desesperado para que seu filho fosse atendido com dignidade e não com o descaso que estava recebendo. Depois da cena lamentável, a porta então se abriu com a presença de um médico, que veio até a ambulância prestimosamente e de voz macia, pedir informações sobre a situação clinica da criança, enquanto o resto da equipe nos observava a distancia e com olhar de reprovação encostados num balcão. Existe um negativo corporativismo assistencial que negligencia a saúde, desrespeitando os direitos do cidadão através de  atitudes impiedosas e de extrema desumanidade.

No segundo grupo.

Alguns tem prazer de pescar o peixe, outros de prepara-lo para comer. Eu me enquadro no segundo grupo e não tenho vergonha de admitir. Não tenho a mesma habilidade com a linha e o anzol, que tenho com os temperos e o fogão e por isto ganhei do Itamar, colega de trabalho, um peixe que ele pescou no rio Negro no Uruguai e havia me prometido a meses. É um peixe grande parecido com uma traíra, que decidi assar no forno sem tirar as escamas e tempera-lo com limão e sal grosso. Pretendo acabar com ele amanhã, antes de viajar para Curitiba, ficará faltando uma taça de vinho tinto.

Partindo novamente.

Novamente estou arrumando a mala para uma nova visita técnica. Desta vez é a cidade de Curitiba, onde ficarei por três dias entre colegas, conhecendo alguns pontos de interesse turístico, base curricular do curso que estou fazendo. 
Curitiba sempre foi nas minhas viagens um ponto de passagem, seja nas conexões aéreas ou em outros momentos cujos os horários eram apertados demais para conhece-la. Amanhã terei a oportunidade de estar na cidade conhecida internacionalmente pelas suas inovações urbanísticas, cuidados com o meio ambiente e de melhor transporte publico do país e que inspirou o Trans-Milênio, sistema de transporte de Bogotá, cuja implantação superou o da propria Curitiba em capacidade de passageiros e velocidade operacional.
Curitiba também tem altos índices de educação, o menor índice de analfabetismo e a melhor qualidade na educação básica entre as capitais.
 Entretanto, é a sexta capital mais violenta do país, além de ser a cidade com o maior custo de vida do Brasil.

Não é facil

Eu estou agora no plantão, preparando o trabalho que terei de apresentar hoje à noite`para os meus colegas de aula. Tenho é que falar sobre Petrópolis a cidade imperial no Rio de Janeiro que eu já visitei nas férias de um verão passado. Escolhi este lugar por ter gostado muito. A cidade é bonita e o clima é daqueles que sopra uma brisa no fim de tarde. Eu acredito que é melhor falar daquilo que nos traz boas lembranças, mesmo não tendo dados técnicos e domínio absoluto sobre o assunto, pois a receita para uma boa apresentação é como se conta a história. 
Depois tive a brilhante ideia de  copiar para o meu Pen drive um video já prontinho do Youtube que eu pensei ser mais dinâmico e atraente, mas percebi que não é muito fácil transformar aqueles códigos de letras, números e sinais gráficos, num vídeo comum. Gastei longos minutos preciosos tentando converter o código que escolhi em vídeo, mas só depois percebi que é uma operação engenhosa para poucos do qual não faço parte. A coisa toda vai ter que ser apresentada no gogo mesmo, acho que dou conta. 

Mais uma historia de terror.

Se ela tivesse somente desferido o tiro contra ele, mesmo percebendo depois que ele estava morto, poderia ter alegado legitima defesa, já que no seu depoimento para a policia, ela contou ter sido agredira por ele com varias bofetadas no rosto, depois que informou pra ele que sabia e tinha provas das suas traições por que havia contratado um detetive para segui-lo. Seu erro maior foi te-lo esquartejado depois, na tentativa de ocultar o cadáver. Nossa, isto tudo me parece uma história de terror e eu fico pensando que o medo, a humilhação e a raiva, procuram saídas aparentemente fáceis para esconder suas complexidades e fugir dos meios legais.

Branca de Neve e o caçador.

Acabo de retornar do cinema a poucos minutos atras com o meu filho; Fomos assistir "Branca de Neve e o Caçador". Bom, o filme é tudo o que eu esperava que fosse, mas com alguns efeitos especiais e algumas poucas cenas diferentes do que se conhece do conto de fadas original: No mais, traição, domínio do reino por uma rainha má com poderes sobrenaturais, magias, anões bondosos, fadas, luta para reconquistar o bem que acaba vencendo o mal, a descoberta de um amor que fica implícito e tudo termina na esperada coroação da princesa herdeira do trono com brados de "Salve a Rainha". Sabe de uma coisa, tem momentos em que precisamos do obvio para descontrairmos.

Tubuna

Hoje de manhã, quando fui ao supermercado, vi um senhor gordo e careca sentado num banquinho de madeira, na calçada, que me fez lembrar do Tubuna. Tubuna era o apelido de um vizinho chamado Julio e que também vivia sentado num banco de madeira na calçada, conversando com a gurizada da rua onde eu morava. Ele tinha uma personalidade sarcástica e também um péssimo humor. Criava competitividade entre os guris e parecia ter um certo prazer particular de vê-los brigar entre si, por motivos aparentemente absurdos e sem razão. Um dia confessou, que a provocação que produzia era um exercício de masculinidade do qual queria nos ensinar. Eu não acreditava nele e pensava que sua maldade ia além do que podíamos entender na nossa idade, também não entendia que poder ele exercia sobre aquela gurizada que se mantinha a sua volta, ouvindo as barbáries que falava sobre a vida e as pessoas em geral, com tanta amargura. Sua imensa barriga arfava nas poucas vezes que ria e seus olhos era de um azul claro e de uma expressão subjetiva. A pele era muita branca e sardenta e os cabelos grisalhos e ralos. Quando ele morreu de infarto, eu fui a o dicionario para saber o que significava o seu apelido, que antes eu não sentia nenhuma curiosidade de saber. Eu pensava que tinha alguma coisa haver com sua gordura e isso me bastava, mas era o nome de uma especie de abelha muita agressiva que constrói seu ninho nos ocos das arvores que encontra.

Madame Satã em Cuba?

Quando eu vi este figuraça passeando pelas ruas do centro histórico de Havana, pensei com meus botões; este país não é tão rígido como parece ser, ao menos ninguém desviava o rosto em sua direção com surpresa, ou demostrava preocupação com a sua presença diferente das demais. Por alguma razão ele me lembrou madame Satã, andando pelas ruas estreitas da Lapa aqui no Brasil. Eu não sei por que fiz esta relação.

Mais um patrimônio destruído em Viamão.

Foi com grande tristeza que li hoje, no blog de Fernanda Blaya Figueró, conhecida poetisa, moradora e cidadã de Viamão que defende a cultura e se preocupa como eu, com a identidade e com o patrimônio não só da velha capital, mas de qualquer outra cidade, que mais uma casa centenária foi destruída, para uma possível nova construção em seu lugar. A casa possivelmente de construção açoriana ou portuguesa localizada em frente da Prefeitura Municipal, teve sua faxada destruída por não haver dispositivos legais que impedisse o ato de desrespeito com a história da cidade. A foto possivelmente batida pela própria Fernanda e que copiei de seu blog sem sua autorização, serve como registro e denuncia de um ato que considero uma violência contra a identidade e historia da cidade.

Não tenho nada para falar diante disto


Fidelidade regional.

Ouvi ontem pela milionésima vez, uma observação sobre Elis, que não gosto de ouvir pelo simples fato de  acreditar que isso possivelmente seja um mau entendido, ou seja: Aquelas observações mal interpretadas e que condenam atitudes pro resto da vida e principalmente vinda de Elis, sabidamente de personalidade intempestiva como era. Como pode alguém simplesmente desqualifica-la como uma das  maiores cantoras do nosso tempo, por achar que um dia ela renegou a sua origem gaucha? A mulher ainda repetiu debochadamente uma frase dita pela cantora: _Eu saí do Rio Grande do Sul para cantar, não para abrir um C.T.G!
Os meus conterrâneos gaúchos, me parecem por vezes tão exigentes e rancorosos com seus artistas e celebridades que saíram daqui, para fazerem seu nome lá fora e tornarem-se reconhecidos não apenas no âmbito regional, mas nacional e internacional, cujo o talento não possui fronteiras. Esta fidelidade e reconhecimento de caráter regionalista à toda prova e que obriga as pessoas provarem seu orgulho pela terra onde nasceram, eu acho um tanto escravagista e repressor, afinal ninguém é obrigado a amar aos hábitos e a  terra onde nasceu, não é mesmo?
Outra exigência e prova de amor incondicional a terra natal, foi jogada sobre os ombros de Ronaldinho gaúcho que ao sair do Milan, escolheu o Flamengo para jogar e não o time gaúcho que o revelou para o mundo. Hoje ele é visto como "Persona non grata" por aqui, como aconteceu com Elis.
No show de 240 anos de Porto Alegre, a cantora Lourdes Rodrigues declarou publicamente, que seu amigo Lupicínio Rodrigues lhe pediu certa vez, que nunca saísse do Rio Grande do Sul, que se mantivesse fiel a sua terra de origem. Vocês acreditam nisto, já que esta fidelidade regional é um ponto desfavorável no que se refere ao mercado competitivo que ainda se mantem centralizado.. Eta pedido difícil!

Acorda vem ver a Lua...

Eu gostaria de um milagre: Ter nascido com o dom de cantar, com afinação, ritmo, presença de palco, bom gosto nos repertórios, já completo e sem a necessidade de ter que passar por aulas de canto junto aos grandes mestres. Aprenderia somente com os ouvidos as notas musicais, o tom adequado, o tempo certo de cada frase no espaço certo para entrar e sair, mas não fui abençoado com isto e acho que até mesmo os grandes cantores precisam estudar para qualificar cada vez mais o seu instrumento de trabalho.
Tenho ouvida muita musica quando estou na minha casa, dentro do ônibus, ou na fila do supermercado;  Percebi que com ela a vida se apresenta com mais cor, mais alegria ou tristeza, mais intensidade e tenho a sensação de que sou nestes momentos mais observador do que participante das agitações que o cotidiano nos obriga a fazer parte. Também me especializaria em musicas eruditas, que são as mais bonitas e as que mais me emocionam quando ouço, embora tenha o gosto bastante eclético.
Encontrei esta versão de Melodia sentimental de Heitor Villa Lobos para a mini-serie "Hoje é Dia de Maria" interpretada por Rodrigo Santoro e Letícia Sabatella que foi uma das mini-séries mais poéticas já apresentadas pela Rede Globo.

O azul e o numero seis me perseguem

Minha casa transformou-se nos últimos meses num verdadeiro acampamento. Não consigo tempo para organiza-la, e isto por vezes me incomoda, mas não o suficiente para dar um ponto final. Entre o amontoado de roupas e a bagunça de objetos que vou tentando ajeitar na medida do possível, para que a montanha não cresça e caia por cima de mim, percebi a incidência do azul na minha vida, embora eu tenha uma quedinha secreta pelo vermelho.
O azul incide na minha vida da mesma forma que o numero 6. É o 614, o 627, o 166, o 96, o 600, números que de alguma forma fazem parte do meu cotidiano e me pertencem sem que eu os escolhesse. Claro, eles não interferem conscientemente na minha vida, não me dão poderes que me transforme num iluminado, convivem comigo passivamente como convém aos objetos
Ah, vocês vão dizer que não é bem assim, que  tudo faz parte de uma coincidência, mas ainda assim vou me manter na duvida, por que nós seres humanos temos uma tendencia para mistificar tudo, penalizar o sobrenatural, complicar o que é simples por que o obvio não nos basta mais. Achar que tudo possui uma razão mais profunda e subjetiva de ser.


Semana passada, ganhei esta pedra, que eu tinha de apanha-la dentro de um saco de pano e com os  olhos fechados para dar sorte. Depois, uma caixa do Dolce Gabbana, o que tenho de concluir que o azul assim como o numero 6,  tem me perseguido ainda mais nesta ultima semana, ou será que é noia?

Com a cara do Simpson.

O cara errou o meu corte de cabelo e eu senti que iria dar nisto já nos primeiros minutos que começou a corta-lo e a conversar com o seu colega do lado. Não prestava atenção no que estava fazendo. Eu disse pra ele: _Quero batido dos lados, mas que não fique marcado e com aspecto de corte militar. Mas ele parecia não dar a minima para o que eu falava e continuava mais absolvido na conversa, do que no seu trabalho. Apertava a maquina contra a minha cabeça como se as laminas estivessem cegas, parecendo forçar o corte. 
Bom, eu sai da cadeira ainda com os cabelos umedecido de gel e somente quando cheguei em casa é que percebi estar com a cabeça excessivamente quadrada e marcada, parecendo um daqueles personagens da familia Simpson. Não sei em que momento meu sexto sentido começou a me cochichar no ouvido que iria sair merda e saiu. Se eu pudesse reverteria o tempo para evitar o estrago deste f.d.p. Tenho vontade de retornar até lá, como na figura aí de baixo!

Por que um serial killer mata:

Depois da mostra sobre etnias que participei na escola, eu e uma amiga resolvemos na volta para casa, pararmos em algum lugar para bebermos uma cerveja e conversarmos um pouco, desopilar. Escolhemos no meio do caminho, uma dessas lanchonetes ampliadas por um tipo de toldo estendido para proteção contra a chuva. O lugar era frequentado por jovens estudantes universsitarios e estava com poucos clientes que também bebiam e conversavam alto. Havia entre eles, uma jovem completamente embriagada que dava seu pequeno show, atropelando mesas e lançando gritos histéricos sem que se entendesse a razão, a não ser a própria embriagues. Estava completamente sem noção de ridículo, além dos gritos, mal parava de pé, falava aos berros com uma voz melosa e ao mesmo tempo estridente de rasgar tímpanos e tirar qualquer um do sério. Eu não sei se já não era implicância minha, mas tinha a impressão que sua longa cabeleira saia do meio da testa. Comentamos entre nós baixinho, (eu e minha amiga), enquanto assistíamos aquela cena deprimente, que se tivesse algum serial killer por ali, era possível que a esfaqueasse, somente para que calasse a boca, mas não tinha, estava em falta.

A paella de Antônio Bandeiras.

Estou vindo da aula agora ou melhor dizendo; de uma mostra realizada hoje à noite, da cadeira de Manifestação da Cultura Popular, cujo o grupo em que participei, foram (Raquel e Paula). Coube-nos a incumbência de falar sobre a influencia da etnia espanhola no continente latino americano. Meu Deus, o tempo é meu inimigo, quase não consegui preparar nada para falar à respeito, a não ser pequenas informações já existentes no meu acervo mental, como as influencias gastronômicas e um pouquinho de arte musical em pequenas pinceladas de amador. 
A salvação da minha lavoura, talvez tenha sido a paella valenciana que  preparei na madrugada da noite anterior e levei para a amostra. Meu truque guardado na manga, já que tenho alguma facilidade em mexer com a culinária.
A receita da paella quem deu foi Antonio Bandeiras, quando esteve no programa "Mais você", da Ana Maria Braga, para o lançamento de seu ultimo filme a "Pele Que habito". O ator foi para a cozinha com a apresentadora, ensinando como se faz uma paella ao seu estilo. Tá tudo gravado no site do programa, foi só prestar atenção e seguir passo à passo.

Esvaziar, repensar, preencher,...

Esvaziar, repensar, preencher com ideias novas mas não encontra-las. Não encontra-la?.. Não, acho que nem era isto, era apenas localizar um ponto de conforto, assim foi o meu plantão de 12 horas ontem, ouvindo algumas musicas de Vila Lobos na Voz de Mônica Salamaso, entre um socorro e outro que eu fazia. O dia estava abafado, numa promessa de chuva que não chegou a cair durante o dia; As nuvens se preparavam, se faziam escuras e nada da água cair. Estou certo de que o clima, a presão atmosférica tem alguma influencia no nosso estado emocional, no nosso humor, na nossa paciência e na aceitação de situações que carecem de mudanças mas provam que são imutáveis. De noite na aula, tudo parecia igual, as pessoas se mostravam desconfortadas, reticentes, resignadas, procurando o mesmo ponto de conforto mesmo que por motivos diferentes. Acho que na maioria das vezes vivemos assim, tentando procurar este ponto, sem retoma-lo e fingindo que estamos a vontade. Tem uma frase na musica da Marina que diz o seguinte: Talvez o fim não seja nada e a estrada seja tudo!.. Acho que estou precisando de algumas estradas.

Cruzando com o Adônis, anos depois.

Cruzei hoje na rua com um colega de escola, que eu não via a muito tempo, acho que desde a época do ginasial. Eu também não lembro mais do nome dele, mas sei que chamava muito a atenção das pessoas,  por sua beleza incomum e postura educada. Ele também não se deu por conta de quem era eu quando cruzou por mim, que bom, talvez isto evitasse constrangimentos das duas partes.
A minha maior surpresa ao vê-lo caminhando pela calçada, foi sua magreza e envelhecimento, a enorme  mudança que sofreu, transformando-o fisicamente numa outra pessoa que lembrava vagamente o que foi na sua juventude. O olhar sem brilho e a pele mais escura e opaca, dava a impressão de estar doente, ou de quem fazia algum tratamento quimioterápico ou hemodialise. A roupa que vestia, bastante surrada dava a impressão de um certo desleixo ou de estar vivendo serias dificuldades financeiras. 
Eu fiquei pensando depois, o que me fez reconhece-lo, já que ao primeiro golpe de vista, me parecia tão diferente da pessoa que conheci e então percebi que era o cabelo preto e liso jogado displicentemente para traz da nuca, o mesmo tipo de corte que usava no auge  de sua juventude, cheia de cuidados. Conclui com isso que não só ele, mas todos nós também de alguma forma, mantemos algumas particularidades físicas e comportamentais que se tornam atemporais em nossas vidas e que servem de referencia ao que fomos e que só se acabam depois de não existimos mais. 
Inacreditavelmente ao contrario de muitos homens, que perdem os cabelos, o dele se mantinha intacto como nos velhos tempos em que se parecia um Adônis, brilhoso e bem tratado. Talvez o cabelo fosse sua referencia, seu registro. Fiquei pensando também que o tempo, do qual é impossível das pessoas escaparem, a não ser que morram antes, pode se tornar um inimigo ou um aliado contemporizador e isto vai depender dos débitos e créditos que vão sendo acumulados no decorrer da vida, para evitar ou diminuir alguns aspectos degradativos. Vê-lo inesperadamente daquela maneira, me fez esvaziar alguns sentimentos secretos e preencher outros.

Marcha das Vadias

O Parque da Redenção virou neste Domingo dia 27, palco para a Marcha das Vadias cujo o objetivo era chamar a atenção da sociedade para diretos como: A igualdade entre os gêneros, liberdade de escolha das próprias roupas, igualdade salarial, o fim da violência física, sexual, verbal e psicológica contra a mulher e a legalização do aborto. 
A marcha foi às16 h. nas proximidades do espelho d'água e do monumento ao Expedicionário, na Redenção. Com cartazes dizendo:  "Meu corpo é só meu" e "Estupro não tem justificativa", homens e mulheres com corpos pintados realizavam o protesto. 
A Marcha das Vadias surgiu no Canada em 2011, após uma serie de estupros ocorridos na Universidade de Toronto. Um policial imbecil, convidado a orientar sobre segurança, disse que as mulheres poderiam evitar o estupro se não se vestissem como vadias. A fala preconceituosa gerou tamanha indignação surgindo a primeira manifestação.

Depoimento de Xuxa no Fantástico..

Sobre o depoimento de Xuxa no programa Fantástico do dia 20, eu não tenho nenhuma opinião formada a respeito, nem sei das razões que a levaram a fazer-lo publicamente a não ser pela causa do qual está engajada. Primeiro por que não assisti, segundo, porque eu sei que a opinião publica reforçada pela repercussão da mídia transformará tudo isto num fato maior do que já é.  E eu tenho bem claro, que quando se joga merda no ventilador, as reações são das mais variadas possíveis. Tem os corajosos que te limpam o rosto e os que te repudiam por não aguentarem o mau cheiro, criando as mais absurdas incriminações. Mas o que eu sei, é que o seu depoimento serviu para aumentar vertiginosamente as denuncias de abusos para o disque 100 na mesma semana e isso é bom.

GABRIELA

Eu tenho comigo, sem me fixar em datas exatas, que as melhores telenovelas produzidas aqui no Brasil, foram criadas nas décadas de 70 e 80 e entre as inúmeras que já assisti ao longo desses anos, ainda elejo Gabriela como uma das melhores dentro do meu gosto pessoal. A novela abordava a seca nordestina e as divergências sócio-culturais na pacata cidade de Ilhéus da década de 1920, onde os poderosos do cacau, chamados de coronéis, criavam suas leis em defesa de seus interesses políticos e econômicos.  A vida dos personagens são questionadas sob os pontos de vista moral da época e de forma bem humorada, mas também com profundidade, sensibilidade e talento. Cada personagem é de tamanha riqueza, que por si só daria para criar uma nova história.
A memorável cena em que a personagem Gabriela sobe no telhado para pegar uma pipa, entrou para a história da televisão brasileira e Sonia Braga foi elevada à categoria de estrela depois da sua atuação como "Gabriela. Inesquecíveis também foram as cenas de adultério de dona Sinhazinha e seu assassinato executado pelo próprio marido, vivida pela atriz Maria Fernanda, a decepção amorosa de Malvina vivida por Elizabeth Savalla e a morte do Coronel Ramiro Bastos (Paulo Gracindo).
Eu particularmente acho que nesses dias de Fina Estampa, o jeito mesmo é trazer de volta para quem não viu, o que fez muito sucesso no passado, mesmo com as alterações necessárias em razão do tempo decorrido e seus possíveis riscos. Para os que já viram pode ser uma nova formula para matar saudades de uma verdadeira obra prima.

RIPONGO, ALTERNATIVO, DIFERENTE.


Ontem numa conversa informal entre colegas de aula, (papo vai.., papo vem..), descobri que passo para alguns deles a ideia de que sou meio ripongo. É, foi assim que um deles, referiu sua opinião a meu respeito em concordância com outros no grupo.
Para quem não sabe, ripongo é um apelido dado para classificar aquelas pessoas que se vestem diferente, alimentam-se de coisas do tipo natural e demonstram interesse por coisas alternativas e que são fora do convencional ao gosto da maioria, estão também a margem dos pensamentos comuns. Não sei se me aproximei de um conceito básico, mas acho que é isto.
Na verdade esta não foi a primeira vez que fui visto desta forma, pois já me chamaram certa vez de alternativo, o que acho ser a mesma coisa, quando eu usava o cabelo grande e fora dos padrões convencionais. 
Bom nesta gama imensa de conceitos que as pessoas fazem do que é ser alternativo ou ripongo, em algumas coisas eu até me sinto enquadrado, mas noutras completamente fora deste contexto.
Esta ideia é possivelmente construída pelas pessoas, à partir de tudo o que foge do habitual, da linha do senso comum, atitudes, apresentação estética, idéias, pensamentos, gostos diferentes a o da grande maioria. 
Também é normal entre os seres humanos classificar, como forma de estabelecer estas diferenças e pontua-las  na formação de seus conceitos, o que de forma alguma me deixa incomodado ou ofendido.

Os fanáticos também amam.

Foi quando eu retornava hoje de noite da escola para casa, que a mulher entrou no ônibus, cabelos longos, soltos, com  alguns fios grisalhos e saia comprida que lembrava os hippies dos anos 70. Deveria ter pelo menos uns 56 anos ao meu ver. Passou no corredor, diante da cada passageiro sentado nos bancos, (a maioria jovens retornando da faculdade) e disse com um sorriso largo: _Jesus te ama, alegrem-se que ele vai voltar! 
Eu estava com os fones de ouvido curtindo Amy Winehouse, mas consegui escuta-la quando repetiu pra mim e fiquei pensando a quanto tempo não ouvia uma apelação daquelas. Eu nunca acreditei nesta turminha do "Deus é Amor", nunca confiei nos seus excessos de alegria e amor por pessoas que nunca viram. Acho que por traz dessa cordialidade toda, desse amor sem restrições, existe uma doença emocional grave e prestes a explodir, em forma de suicídio em massa e em que busca seguidores.

Eu tô louco então?..

Alguns amigos e colegas de trabalho, já me acusaram de eu estar ficando louco por demonstrar interesse em conhecer a Ilha do Presidio. _O que tu queres fazer lá? _ já me perguntaram surpresos. Minha professora de história, que eu acho que ensina história de uma maneira pessoalmente leve e informal, abordou na aula passada, seu desejo pessoal e que não é apenas dela, mas  também de outros  colegas, que é o de conhecer a ilha que está abandonada há mais de 20 anos por desinteresse do governo estadual de mante-la sustentável como parte de um patrimônio cultural e histórico e que guarda algumas fatos de um passado pelo menos obscuro. A ilha já foi ponto estratégico dos Farrapos, depósito de pólvora, laboratório de pesquisa da peste suína, e prisão. Em 1956, durante a Ditadura Militar, passou a ser cárcere para muitos presos políticos, entre eles pessoas hoje ilustres como o advogado e ex-marido da presidente Dilma Rousseff, Carlos Araújo, o advogado Índio Vargas e o deputado estadual Raul Pont.
Um dos casos mais emblemáticos foi o do ex-sargento do Exército Manuel Raymundo Soares, que cumpria pena no local. Em agosto de 1966, o corpo do ex-militar, apareceu boiando no Guaíba com as mãos amarradas em sinal evidente de tortura. O fato acarretou debate sobre o tratamento dado aos presos políticos em solo gaúcho. Diante de tantos fatos importantes, por que eu deixaria de conhece-la?... Então eu tô louco!

As máscaras exóticas de Gramado

Foi nesta manhã de Domingo, como a grande maioria dos porto alegrenses que gostam de uma movimentaçãozinha para não ficarem trancafiados e entediados em suas casas e apartamentos, enquanto aguardam a Segunda feira sem ter feito absolutamente nada referente ao lazer,  que fui a o Brique da Redenção, não só para curtir o dia ensolarado, mas também com a missão de fazer uma pesquisa sobre as diferentes modalidades de trabalhos artesanais que lá são comercializados. 
O objetivo principal desta atividade técnica, exigida pelo curso que estou fazendo, me forçou não só a  identificar e classificar dentro dos conceitos aprendidos em aula, as diferenças entre artesão-artista, artesão-artesão e artesão semi-industrial como a entrevistar os artesões na feira. O resultado desta atividade, será transformado num relatório escrito sobre tudo o que foi visto e colhido de informações com estes profissionais.
O encontro marcado com meu colega de curso foi as 10h 30min. em frente do monumento do Expedicionário e de lá saímos; Eu, ele, a irmã dele e uma amiga minha, com maquinas de fotografar, bloquinhos de anotações e canetas esferográficas em punho. 
Todos os artesões que nos receberam em suas barracas, se mostraram receptivos e cooperativos, embora alguns mais tímidos pareciam desconfortáveis para falar de seus trabalhos, inspirações e técnicas de produção. 
A grande revelação deste nosso trabalho de campo, ficou por conta de André Machado, que utiliza a técnica do couro repuxado para confeccionar esculturas e máscaras em estilo do "carnaval veneziano", junto com sua sócia Samara Almeida, desde 1994. 
O trabalho dos dois artesões, tem atraído a atenção e admiração de turistas do Brasil e do exterior por sua beleza, misticidade e diferença dos demais produtos que procuram seguir a mesma linha.
Mas voltando a falar no André, o cara é particularmente simpático, e o que deveria ser uma simples entrevista técnica, que às vezes emperra pela falta de espontaneidade e cria dificuldades de se expressar, se transformou num bate papo informal de muita energia, onde ele nos contou sobre toda a sua trajetória de vida,  com as mascaras que produz. 
O mais interessante sobra estas mascaras, é que elas possuem um poder de atração e transformação muito forte quando se tem contato com elas e coloca-se sobre o rosto. São expressivas, enigmáticas, exóticas, coloridas, bonitas, particularmente diferentes. Quando pensamos que elas servem apenas de um artificio ou fantasia para nos escondermos ou camuflarmos o rosto, contrariamente passam a revelar novos traços da nossa personalidade, de uma forma surpreendente e extraordinária. Não é a toa que o casal de artesões tem sido reconhecidos pelo trabalho que fazem, ganhando notoriedade em acontecimentos como desfiles de moda, festas de casamentos, aniversários e eventos artísticos. O uso das mascaras provocam não só uma transformação plastica, como também nas atitudes de quem as veste. 
Historicamente falando, as primeiras mascaras surgiram em Veneza no século XVII, onde a nobreza se disfarçava para sair a rua e misturar-se com o povo. Da mesma forma o povo também mascarado, podia se misturar com a aristocracia onde tudo era permitido. Sem hierarquias sociais, as pessoas podiam interferir nas regras aristocráticas e até ridiculariza-la sem repressão por parte das autoridades. O que atualmente faz com que o trabalho de André e de Samara, não seja apenas um atrativo estético, mas um resgate de tradições sociais históricas de grande importância, não é mesmo?
Moradores da cidade de Gramado, onde possuem seu ateliê, André e Samara (baiana  de Arraial da Ajuda), são responsáveis também pela produção temática da "Noite Veneziana de Gramado" festa que acontece anualmente na cidade serrana, atraindo diversos artistas, personalidades e gente ligada a outros setores.
Recentemente seus trabalhos foram divulgados no programa "A Grande Ideia" no SBT, conferindo-lhes novo reconhecimento em função da grande criatividade imprimida em seus trabalhos.
Como diz Samara na entrevista ao SBT: "_A mascara ao contrario do que se pensa, não esconde, mas ajuda a revelar segredos da personalidade, pois quem vê mascara vê coração". Para maiores informações, aqui vão endereços e telefones para contato:
Samara Almeida - fone: (54)9133.7893
André Machado - fone: (54)9103.1651
Ateliê /Loja em Gramado  fone: (54)3286.7430 
Ou ainda: mascaras13@terra.com.br

Coelhinhos põem ovos de chocolate

Cheguei em casa hoje a noite sem luz, foi cortada por falta de pagamento (....), o que tentei reverter pagando hoje mesmo a conta atrasada com a promessa de religação da energia até as 20h. 38min. Fiquei de plantão aguardando os funcionários desde as 19h. 15min. quando cheguei do trabalho e nada de aparecerem. Voltei a ligar as 21h. quando a atendente me informou que eu deveria abrir um novo protocolo pois o pedido anterior havia vencido, pelo fato dos funcionários terem comparecido na minha casa as 17h. 30 min., sem encontrar ninguém que abrisse o portão para eles. A partir daí, comecei a desconfiar que começaria o jogo de enrolação, o que eu estava certo.
Bom, se eles tivessem apertado o interfone do meu apartamento, realmente não conseguiriam contato, pois a energia estava cortada. Mas eu estive o tempo todo sobre a área aberta  do edifício observando caso eles chegassem e nem sinal de algum veiculo credenciado da companhia de energia. Também não apertaram o interfone do sindico ou de qualquer outro morador, pois me informei, assim como não deixaram qualquer notificação da presença deles na caixa de correio, o que seria uma comprovação de que realmente vieram. Além disto, tudo me pareceu uma grande falta de interesse, a começar pela atendente do qual eu falava a o telefone e defendia a ideia cega de que eles realmente estiveram na minha casa e não me encontraram, prometendo nova visita de instalação no outro dia até as 12h.
O que mais me aborrece neste tipo de serviço que se diz essencial e a grande mentira instituída de que dão cobertura garantida de serviço 24 horas, quando não é verdade. Não apareceram para cumprir o que prometeram, religação no prazo máximo de 4 horas e ainda jogaram a culpa em cima do cliente idiota aqui, acusando-me de não estar presente quando supostamente estiveram na minha casa. Ah, mais uma coisa: Voces sabiam que coelhinhos poem ovos de chocolate?

Em tempos de globalização.

Eu poderia estar neste momento no Bourbon Shopping bebendo um vinho tinto com uma esfirra de camarão, ou estar por aí me prostituindo, mas não, não, não.., eu estou em casa diante do site do Ministério da Saúde lendo protocolos e me preparando para fazer um teste online cujo o ultimo dia para realiza-lo é amanhã; Uma exigência do trabalho. E por falar nisto, por que Irving São Paulo, morto em 2006, virou assunto nas redes sócias esta semana? 
Alguns blogueiros, sites e redes sociais reproduziram a notícia como se a morte do ator tivesse ocorrida nesta quinta feira dia 17. 
O cara morreu, no Rio de Janeiro, aos 41 anos de falência múltipla dos órgãos após ter sido internado com um quadro avançado de pancreatite a seis anos atras. Fatos com este serve para que afinal? Provar que em tempos de globalização uma falsa informação pode se disseminar e tomar dimensões inimagináveis? 

Descobrindo a América com fones de ouvido

Minha ida ao Shopping durante este final de semana, serviu também para eu  trocar de telefone celular pelo sistema de pontuações; Coisa que eu até esqueço que existe por que sou completamente desligado desses jogos de engodo comercial, onde as companhias de telefonias moveis nunca põem para perder. Eu fui beneficiado, pelo tempo que sou cliente da companhia e recebi a notificação por SMS longos meses atras. Sou capaz de ficar com um aparelho velho pro resto da vida, desde que tenha funcionalidade. Mas enfim, decidi trocar, por que não aguentava mais a minha dificuldade para  enxergar as minusculas teclas do meu dinossáurico Nokia, até quando eu estava de óculos. Recebi na troca, sem custos, um Smart fone que estou apanhando para me acostumar a lidar com todos os recursos que tem disponível. Meu filho que é muito espertinho,(os jovens são para essas novidades tecnológicas), salvou na memoria do aparelho, pelo menos uns doze CDs que eu fui ouvindo na rua, no ônibus, no trem até a escola. Que maravilha!.. Percebi que ouvir musicas enquanto me deslocava de um lugar para o outro, me proporcionava uma relação pessoal muito diferente com o que estava acontecendo a minha volta. O fato de ouvir musica, diminuindo consideravelmente o ruido comum da cidade, dos buzinaços e etc.., já é um ganho positivo ao nosso conforto mental. Agora começo a entender o por que encontrava tantas pessoas com fones de ouvido e cara de não tô nem ai, elas descobriram uma forma agradável de estar dentro do contexto louco da urbanidade e a o mesmo tempo deslocados, embalados por um clima pessoalmente mais leve, agradável e musicado; possivelmente descobriram a América com fones de ouvido.

Pequenas diferenças entre as pessoas.

Ontem presenteei uma colega de aula com um pequeno mimo, pelo fato dela ter me ajudado com tarefas e trabalhos escolares em momentos em que eu me encontrava perdido e sem tempo diante de tantos compromissos profissionais e trabalhos escolares. Fiquei muito feliz pelo presente de minha escolha ter sido de seu agrado e por ela ter demonstrado surpresa e alegria logo que o entreguei. Acho que era o minimo que eu deveria fazer em reconhecimento por seu empenho e grandeza, me favorecendo com sua ajuda, num momento em que eu mais precisava.
Este acontecimento, me fez lembrar de outra situação a alguns meses atrás quando retornei de Cuba e trouxe de presente para um conhecido uma caixa de charutos, a seu pedido e que ele nunca me agradeceu. Tudo bem que eu tenha lhe mandado o presente por outra pessoa, por não te-lo encontrado, mas não ouvir pelo menos um muito obrigado nem que fosse por telefone, me fez pensar na importância de um simples reconhecimento. Eu fico pensando em como algumas atitudes que parecem de pouca importância, fazem a diferença entre as pessoas.

Sem hipocresia.

Vou ser excessivo, todo mundo é um pouco excessivo, por que às vezes não podemos fingir que somos perfeitos diante de provas a que somos submetidos e se assim fossemos, perfeitos, seríamos até duvidosamente humanos. A verdade é que fui obrigado a reagir contra atitudes que considero desrespeitosas e antiéticas e se não reagisse, provavelmente enveredaria para o  terreno do desafeto, pelo qual já vinha se manifestando dentro de mim a algum tempo. 
Ora, a vida termina nos ensinando a não ficar calado não só diante do que não concordamos, como do que achamos abusivo e que também não é nos apresentado de forma digna, respeitosa e não dita "olho no olho". Acontece que algumas pessoas preferem resolver o que lhes incomoda através de métodos infantis, duvidosos e debochados como briguinha de comadres, abstendo-se do enfrentamento direto, maduro e corajoso, aquilo que lhes incomoda. Preferem jogos dissimulados em favor de um corporativismo barato e de causa pessoal. O jeito é acabar com o teatro e dizer que não concordamos com o que está acontecendo, mostrar que com hipocrisia e cinismo, não se resolve os diferentes pontos de vista. Que existem formas mais dignas e maduras de exprimirmos o que de fato nos incomoda, sem parecermos grosseiros. 

Vestuário desta estação

Depois da V.T. de ecologia realizado no final da tarde deste Sábado, fui com uma amiga no Shopping Praia de Belas, ver o preço das maquinas fotográficas semi profissionais que ando de olho para comprar faz algum tempo e não tenho qualquer intimidade com elas. Mais do que ver preços eu queria conhece-las melhor, toca-las, maneja-las, pedir informações técnicas, utilizando o famoso custo beneficio, que pra mim se traduz em preços razoáveis, adicionado a um boa funcionalidade e qualidade. Não sou bom em fotografas, pois tenho problemas com ângulos e enquadramentos, mas isto não significa que devo me satisfazer com menos.
De qualquer forma era essa a minha intenção, o que acabou sendo desviada para outros objetivos como vestuário. Nossa eu fico impressionado como as sugestões de roupas para esta estação do ano, estão bonitas em termos de composição e cores. Aliás, sempre achei que as pessoas se vestem melhor no inverno. No final, acabei comprando cuecas, jeans e um blusão que não precisava, mas fui seduzido por sua beleza. Comprei também um perfume para o meu filho se desassociar dos meus. Agora que perdi a chance de olhar os modelos de maquinas fotográficas, não sei quando conseguirei nova disposição e tempo para isso.

V.T. de PEPA

Neste Sábado participei de outra V.T. (visita técnica), porém da cadeira de  PEPA, no curso que estou fazendo e que nunca soube ao certo a razão desta sigla de mal gosto. Trocando em miúdos, trata-se de algumas noções técnicas sobre princípios de Ecologia e Meio Ambiente aplicados ao turismo.
O dia amanheceu chuvoso mas com o desenrolar das horas, foi melhorando até abrir Sol. Eu saí de casa com um moletom grosso, sem camiseta por baixo e na metade do dia, não aguentava mais de tanto calor. Mas devo também dizer o quanto tem sido proveitosas estas saídas.
A visita técnica foi dividida em dois momentos: De manhã no pequeno zoológico do Capão do Corvo em Canoas, que eu nem sabia que existia e a tarde no Jardim Botânico de Porto Alegre que eu acho largado as traças para uma cidade do porte de Porto Alegre. 
Entre tantas espécies como Platanus orientalis, Lagenaria vulgaris, Dicksonia sellowiana, deu para aprender muitas coisas curiosas à respeito desses seres vivos de grande importância para a sobrevivência do planeta e por vezes desmerecidamente esquecido pelo homem.

Have a nice trip

Uma colega de viagem e que eu já considero-a uma amiga, pelo fato de entrarmos noite a dentro no quarto compartilhado do hotel em Havana trocando longos bate papos e confidencias, me disse ontem via Facebook, que esta indo para o Texas no inicio do mês de Junho. Que maravilha esta descoberta feita por ela e também por mim nos últimos anos de que o mundo não se restringe ao nosso pais,  a nossa cidade, o nosso trabalho, a nossa casa, a nossa família. É sempre bom retornar de uma grande viagem cheio de experiencias e histórias para contar, mas a expectativa de partir tem um gosto especial de liberdade e ousadia quase inexplicável em palavras e que somente quem se atreve sabe do que estou falando. Boa viagem!..

Balada Segura

A prefeitura em parceria com a EPTC e Cia Carris, implantou uma nova linha de ônibus na cidade, com o objetivo de diminuir a incidência de acidentes provocados por motoristas etilizados que circulam pelas ruas da cidade, nas saídas de casas noturnas. A nova linha circular-noturna, a C4, chamada de Balada Segura, está funcionando das 22h às 04h. 40min. com intervalos de 25 minutos, desde o dia 16 de Dezembro de 2011 quando entrou em funcionamento. Os veículos são adaptados a portadores de deficiência física, com ar condicionado e o valor da passagem é de R$ 2,70, igual a todos ônibus da cidade. 
Esta é mais uma opção de transporte para o público noturno, incentivando o não uso de álcool e direção. O itinerário realizado pela nova linha, começa no Terminal Parobé, Mauá, Pres. João Goulart, Loureiro da Silva, José do Patrocínio, Dr. Sebastião Leão, João Pessoa, Luiz Englert, Osvaldo Aranha, Protásio Alves, Silva Só,  Mariante, Goethe, Dr. Timóteo, Cristovão Colombo, Dom Pedro II, Plínio Brasil Milano, 24 de Outubro, Independência, Pinto Bandeira, Chaves Barcelos, Mauá, retornando ao Terminal Parobé. 
Apesar da iniciativa positiva, alguns moradores de outros bairros mais distantes já reclamam que a linha implantada só contempla os moradores da zona nobre do bairro Moinhos de Vento e arredores. Quem mora na zona sul, leste e outras regiões não foi contemplado, afinal os frequentadores de baladas não residem somente neste bairro, cujos os moradores tem condições de pagar um taxi. 

DO ÁLBUM LERO-LERO

De repente uma musica começou a tocar no radio do carro, depois de um breve comentário sobre o filme Xingu e eu fiquei atento para saber quem estava cantando. O radialista anunciou seu nome, Luisa Maita e a musica chamava-se Alento de seu álbum Lero Lero de 2010. A musica começou a fluir pelos auto falantes do veiculo em movimento e em meus ouvidos. Bom!, muito bom!, pensei.
Pesquisei ao chegar em casa, e descobri que a moça é paulista e já recebeu o prêmio de Artista Revelação do Ano na vigésima segunda edição do conceituado Prêmio da Música Brasileira. Eu particularmente gostei de tudo, da musica, da voz, dos arranjos e também do clip confiscado do Youtube, que excluiu daqui. Mas voce pode assistir AQUI

A pele Que Habito.


Agora vou falar do filme que assisti ontem, no Sábado à noite, entre amigos e que coincidentemente postei na sexta- feira, falando sobre a dificuldade que encontrava para me organizar e sair para assistir no cinema, pela falta de tempo e outros compromissos, fazendo-me por vezes perder o estímulo e ficar no aguardo de novas oportunidades: Pois bem, no Sábado surgiu a oportunidade sem nenhum esforço através de um convite e agora posto rapidamente o que achei do filme.
Analisar ou fazer qualquer comentário rápido sobre A pele Que Habito do Pedro Almodóvar, corre-se o risco de nos tornarmos simplistas e de raciocínio raso, porem corro o risco já que é quase impossível ficar calado diante de algo que nos põe atento do inicio ao fim, num filme que concentra em seus 120 minutos fortes jogos emocionais mergulhados em temas como a solidão, vingança, morte, poder, aceitação, inversão de valores estéticos. Almodóvar consegue com grande maestria, trabalhar estes temas já batidos por outros diretores, sem ser repetitivo e piegas, mostrando numa fracionada dinâmica de tempo, cada episódio com revelações inusitadas. A estética fotográfica também é primorosa em suas nuances que se contrapõe entre o claro e o vibrante e tomadas de objetos fálicos e pequenas esculturas mostradas em cenas para denunciar o psique do algoz e de sua vitima, numa historia pelo menos surpreendente e sem estardalhaços.
Seria esta a história de um Frankenstein contemporâneo? Almodôvar surpreende, sempre surpreende deixando em seus espectadores ao menos aquela sensação incomoda de mal estar.

 


Eu estava precisando disto

Hoje estava uma noite de temperatura agradável para se comer um bom cachorro-quente do Rosário, acompanhado de uma ou duas cervejinhas, um bate papo descompromissado e sem preocupação com horários e foi o que acabei fazendo. Puxa vida, eu estava precisando disto depois de um dia intenso de trabalho e algumas semanas de correria!
Mais tarde a decisão de assistir com alguns amigos A Pele que Habito, numa seção de cinema, diante de uma tela de trinta e duas polegadas com rapadura de amendoim e água mineral com gás.

OLHA A CHUVA VITORINO

Na esquina da Rua Valado com a Rua Evangelina Porto, existia uma armazém cujo o dono era um português chamado Manuel Vitorino. Ele tinha o rosto bonachudo, cabelos ralos e um bigode preto que quase fazia a volta no queixo proeminente. Ele deixava as frutas, verduras e legumes de seu armazém, dentro de caixas de madeira que vinham da CEASA na calçada, o que deixava meu tio muito irritado. Meu tio que trabalhava de motorista na fiscalização da indústria e comercio da prefeitura, dizia que aqueles produtos não podiam ficar apertados dentro de caixas, pois facilitavam o apodrecimento rápido dos produtos. Orientava ao português, que os colocassem num lugar com sombra e mais ventilado, o que o português por desinteresse ou esquecimento nunca fazia.
Em dias em que o tempo estava para chover, meu tio passava diante deste armazém e gritava: Olha chuva Vitorino! Este bordão ficou gravado na minha memoria e da minha família até os dias atuais e servia para lembrar ao português de recolher os produtos que estavam expostos na rua, além de causar-lhe provocação, já que costumava reclamar por traz do balcão que dias de chuva eram ruins para o comércio.
Com o tempo o armazém foi escasseando seus produtos e passando a comercializar apenas cachaça para os poucos clientes que a consumiam de pé na beira do balcão.

Imediatista

Sou um bocado sem paciência até mesmo com os meus próprios pensamentos, por esta razão não consigo planejar demais. Planejar significa passar por etapas que requerem tempo e espera demasiado longas, que acabam me desestimulando e quando me dou por conta já substituí minhas expectativas atuais por outras ainda mais novas. Sou imediatista e para concluir a demanda de meus desejos, preciso me jogar no curso de algumas impulsividades.
Estive pensando, que raramente consigo assistir a um filme novo, em cartaz e do meu interesse; quando consigo assisti-lo já não é mais novidade. Termino por assisti-los meses depois, diante do aparelho de TV por que vou perdendo a curiosidade e interesse.
Planejei ir a o cinema assistir Xingu, mas até agora a falta de tempo e outros compromissos estão trabalhando contra. Este provavelmente ficara também na lista de espera, como Meia noite em Paris, A pele que habito e alguns outros.

Entre o medo e a expectativa.

Meus colegas do curso de guia de turismo, estão organizando um voo de paraglider sobre os morros de Nova Petrópolis no próximo mês e eu me vi entre o medo e a expectativa de realizar esta proeza. Nossa, se jogar lá de cima tem que ter muita coragem, que eu ainda não sei se tenho.
Sabe aquelas situações em a gente se borra de medo, mas que intimamente tem muita curiosidade de experimetar? Acho que é como querer experimentar pela primeira vez uma droga: Muitas expectativas agregada ao medo de ficar fissurado e morrer na viagem.
Eu nunca fui um adepto de esportes radicais, me sinto completamente inseguro e fora do meu habitat natural, que é estar com os pés bem firmes sobre a terra e de olhos bem abertos sabendo por onde estou indo. Mergulhos, alpinismo, rafting, exploração de cavernas é como estar a poucos passos de uma morte iminente, mas por outro lado penso que nada nos dá garantias de uma vida longa e contra acidentes inesperados, então por que não experimentar não é mesmo?

A ANTIGA PONTE DE PEDRA

A antiga Ponte de Pedra é um monumento histórico da cidade de Porto Alegre, construída por escravos por volta de 1846 durante o período de pacificação da província Rio-grandense, no então governo do Conde de Caxias. Está situada no local hoje denominado Largo dos Açorianos, uma praça construída em homenagem aos primeiro casais açorianos que chegaram por aqui em meados do século XVIII, quando a cidade ainda não era cidade.


Antigamente a ponte cruzava um dos braços do arroio Dilúvio que vinha até ali e cujo o curso foi modificado em 1937, fazendo a ligação entre o centro da cidade com as áreas rurais da região sul (chácaras). 
A ponte de Pedra, mais durável, veio substituir outra de madeira erguida quase no mesmo lugar, varias vezes reconstruída em razão das enchentes que ocorriam na cidade e pela deterioração natural da madeira. A ponte começou a ser utilizada em março de 1848. Um século mais tarde, a obra ficou ociosa em virtude da canalização do riacho.


Apesar da sua importância histórica para a cidade, a ponte sempre me lembrou um grande prendedor de roupas atravessado sobre um pequeno espelho d'água. Esta minha impressão é causada por seu reflexo, em função de seus pilares estarem bem abaixo do nível da água, o que no passado ficavam descobertos.
A Ponte de Pedra foi tombada pela municipalidade em 1979 e ganhou este pequeno lago sob os seus três pilares em forma de arco.

SEM DEFERENCIA

Eu estava no trem, indo de Porto Alegre para Canoas, quando percebi que um senhor já passando dos sessenta anos, levantou do banco onde estava acomodado e deu seu lugar a uma jovem mulher que carregava uma criança nos braços. Havia outras pessoas mais jovens entre os passageiros que estavam sentados, mas ele tomou a iniciativa de levantar-se e dar seu lugar num gesto de gentileza, aceita pela mulher que logo se acomodou sem ao menos levantar os olhos e lhe agradecer. Fiquei pensando que as vezes um ato gentil, não gera uma resposta gentil de reconhecimento, quebrando todo o encanto
Atitudes como a deste senhor pode ser vista como um dever, mas não uma obrigação e eu entendo que deveria partir dela, ao menos um muito obrigado em deferência a sua atitude, o que não aconteceu. Nos dias de hoje, a boa educação as vezes se quebra pela falta de um simples gesto reconhecimento.

CAIS DO PORTO DOS CASAIS.


Poucos porto alegrenses sabem que o pórtico do Cais do Porto foi produzido e encomendadas à Casa Costa Daydée, de Paris, em 1919. Sua estrutura é de um ferro muito leve, emoldurada com um vitreaux da época e tombado como patrimônio histórico da cidade desde 1983 pelo IPHAN - Instituto do patrimônio Histórico e Artístico Nacional e pela EPAHC - Equipe do Patrimônio Histórico e Cultural. Os panos de vidro da fachada foram executados pela vidraçaria De Lucca, daqui de Porto Alegre. Sua construção insere-se no contexto de desenvolvimento do Brasil na arquitetura de estruturas metálicas industrializadas, importadas da Europa, apreciada pelo baixo custo e pela facilidade de montagem. Essa modalidade de construção foi praticada no Brasil, sobretudo entre 1870 e 1920, restando nos dias de hoje poucos exemplares.



O antigo cais do porto possuía, além dos armazéns, escadaria de granito rosa, pela qual ligava-se a Praça da Alfândega e a Avenida Sepúlveda. O pórtico, era a porta de entrada da capital para os viajantes que chegavam a bordo das embarcações da época.


Atualmente, circula um projeto na prefeitura, para redesenhar os 1.500 metros do Cais Mauá, que será aposentado como porto para virar espaço de lazer, cultura e convivência dos porto-alegrenses. Os armazéns A e B e do Pórtico Central serão recuperados. O novo cais do porto será chamado de Porto dos Casais.

Ações necessarias

Eu sempre achei a cidade um tanto escura e até cheguei a fazer um comentário à respeito aqui no blog, sobre a iluminação deficiente dos monumentos históricos aqui em Porto Alegre, que só receberam alguma iluminação diferenciada na semana de aniversario da cidade, em especial a prefeitura que ficou  maravilhosamente irreconhecível com a iluminação. 
Pois bem, soube esta semana, que novas parcerias irão desenvolver projetos junto com a Prefeitura para revitalizar o Centro Histórico de Porto Alegre. Foram definidas algumas ações para qualificar a infraestrutura dos espaços públicos, com metas definidas até abril de 2013 como: 
Iluminação especial, recuperação de fachadas e calçadas, adoção de praças, qualificação da coleta seletiva e estratégias para o Mercado Público estão entre os projetos a serem desenvolvidos conjuntamente pelos órgãos públicos e pelas entidades privadas. 
A parceria integra o projeto Viva o Centro, criado em 2005 pela prefeitura, e o Dez Ações da Federasul. Também participam da iniciativa CDL, Sindilojas, Sindpoa, Ufrgs, Fecomércio e Senac.
O território de atuação está focado inicialmente nas áreas no entorno das praças XV, da Alfândega e Otávio Rocha, na rua Sete de Setembro e na avenida Otávio Rocha. As ações somam-se a projetos já em andamento no município, como o Minha Calçada, Porto Alegre + Luz, qualificação da sinalização turística no Centro Histórico e as revitalizações da Praça da Alfândega e da Praça XV. 
Entre as diversas melhorias para os cidadãos e turistas, o coordenador do projeto Viva o Centro, Glênio Bohrer, destacou a criação de seis pontos para venda de bilhetes da Linha Turismo, para facilitar o acesso dos usuários ao passeio, que agora conta com parada no Centro Histórico.

Confeitaria Rocco.

Saiu no Diário Oficial do município esta semana, dia 24, a desapropriação da antiga Confeitaria Rocco, patrimônio cultural da cidade desde 1997 conferido pelo poder público. A prefeitura declarou que o imóvel é de utilidade publica da cidade, viabilizando assim sua desapropriação.


Segundo informações dos herdeiros, faz alguns anos que se reúnem com as diferentes administrações municipais, para negociarem a venda do prédio sem chegarem a um consenso. Mesmo com o desejo de se desfazerem do imóvel por causa dos custos de manutenção e restauros elevados, o valor oferecido pela Prefeitura de R$ 450 mil, esbarra em valores, que seria menos da metade do pretendido pelos herdeiros.


O prédio localizado na esquina das ruas Riachuelo e Dr. Flores, foi um dos mais importantes pontos da cidade, construído a mando do italiano Nicola Rocco e inaugurado, em 20 de setembro de 1912. Recebeu autoridades como os presidentes da República Getúlio Vargas e Eurico Gaspar Dutra, o presidente da província Borges de Medeiros e o escritor Mario de Andrade.




De arquitetura eclética, como a grande maioria dos prédios em Porto Alegre, a confeitaria mistura linhas barrocas e neoclássicas, com elementos simbólicos do positivismo em sua fachada e traços art nouveau em seu interior. A estrutura da edificação é mista, composta de alvenaria de tijolos de barro e vigamentos de ferro trabalhado.


Na fachada há três pares de esculturas, apoiando as sacadas sobre os ombros, denominadas atlantes: Um jovem, representando a América e a fartura e um idoso, representando a Europa e a abundância. A figura feminina central está emoldurada por uma lira tendo ao seu lado duas crianças, em alusão às artes, em especial à música.
Eu fiz no Sábado passado, dia 29, uma visita técnica para identificação dos prédio históricos da capital e soube da boa noticia, que faz parte dos interesses dos atuais administradores, revitalizar o centro histórico da cidade e em particular a confeitaria Rocco. Como eu havia dito nas postagens anteriores, a cidade de Porto Alegre é um sitio de riquezas históricas demonstrados na arquitetura de seus antigos prédios espalhados pelo centro da cidade, ainda pouco reconhecido e divulgado pelas autoridades competentes. Esta atitude demonstra mesmo que tardia, a preocupação de recuperar um passado cultural que por longos anos nos foi tirado, por puro desinteresse.

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Quando as nossas emoções, alegrias e tristezas passam do tempo, nossos sentimentos humanos ficam acomodados numa cesta do tempo recebendo so...