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Penso que mexer em gavetas resuscita fantasmas, amores e histórias guardadas, já quase apagadas, quase esquecidas na lembrança. Encontrei um retrato de tio Nestor, (era assim que toda a família chamava o irmão de minha avó, padrinho de meu irmão e que vivia só).
Era educado e bem empregado, gentil e feminino.
Ganhava buquês de rosas vermelhas em seus aniversários. Falava sempre no grande amor que sentia pela irmã que morreu jovem de tuberculose. Nunca se casou, nunca teve filhos e passou toda a sua vida ganhando afilhados e lembrando deste amor, que alguns da familia acreditavam envergonhados, ser incestuoso.



Campo Santo

Minha cama, na casa de minha avó, era um campo santo, feita só para mim dormir, de cobertores de lã, sobre o chão ao lado da dela. Na madrugada eu esticava minha mão pequena em sua direção, que me envolvia de calor e conforto maternal. Somente assim eu me sentia protegido e conseguia dormir com tranqüilidade e em paz. Muitos anos depois ainda sentia um certo desconforto em dormir sobre camas com colchões.

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