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RESTAURANTE-HOTEL TOFFOLO.

E vieram dizer-nos que não havia jantar. 
Como se não houvesse outras fomes 
e outros alimentos. 
Como se a cidade não nos servisse o seu pão 
de nuvens. 
Não, hoteleiro, nosso repasto é interior
e só pretendemos a mesa. 
Comeríamos a mesa, se no-lo ordenassem as Escrituras. 
Tudo se come, tudo se comunica, 
tudo, no coração, é ceia. 
Carlos Drummond De Andrade



O Bar Restaurante e Hotel Toffolo em Ouro Preto, é destes lugares intimistas, que te convidam para um passeio no passado. Portas e janelas de um azul colonial vibrante, moveis antigos de madeira escura, meia luz e uma simplicidade, que reporta para uma taverna do seculo passado. Um garçom atencioso e educado, uma senhora que incansavelmente se mantém de pé atrás de um balcão, coordenando tudo a volta, com a voz mansa e um sorriso que esbanja bom humor e delicadeza. 


Dona Gracinda Toffolo supervisiona com espantosa energia o estabelecimento que está com a família a mais de um séculos. A propriedade é o primeiro hotel-bar da cidade de Ouro Preto, já existente há 114 anos e nele hospedou os escritores Manuel Bandeira e Carlos Drummond Andrade autor do poema que postei no inicio da página.

SATÉLITE BAR RESTAURANTE E PIZARIA.

E já que estou falando de bares, restaurantes e afins, vou confessar uma coisa: O que eu gosto mesmo são de bares simples, com aquelas cadeiras de madeira escura, com atendimento fácil e sem frescuras. Destes que lembram botecos e que a maioria dos frequentadores, são os próprios moradores da cidade. Isto propicia a integridade e reconhecimento de hábitos da cultura local, com pouca intromissão dos costumes de quem vem de fora, importando novas atitudes. Se o garçom sentar a mesa para um dedo de prosa, melhor ainda!


O bar restaurante e Pizaria Satélite, localizado na Conde de Bobadela (Rua Direita) 57, Centro, é um desses. Funciona de Segunda a Segunda e é frequentado por jovens, estudantes locais e moradores que apreciam uma cachacinha mineira, como aperitivo de entrada, antes do prato principal ou da rodada de cerveja. A carta de consumo é simples com quitutes deliciosos e presos justos. Também aceita cartões de crédito Visa e Master Card.

ORATÓRIO VIRA-SAIA EM OURO PRETO.



Andando por Ouro Preto é possível dar de olho, não somente nos monumentos mais ostensivos, nos casarios mais imponentes, nas igrejas mais ricas, mas também vislumbrar outras construções mais simples, muitas já em ruínas, e que são de grande importância na construção histórica e cultural da cidade, desde o seu período de riquezas ate a sua total decadência.


São casas com elementos originais, base de pedra e paredes de adobe, onde numa delas, na Rua da Santa Efigênia 141, viveu o famoso contrabandista de ouro, Antônio Francisco Alves, também conhecido como 'Vira - Saia'. A casa localizada na esquina da rua estreita, possui sobre o muro de pedra, um "Passo" ou "Oratório", cujo o interior apresenta uma cruz enfeitada com papeis picados, colocada pelos moradores e sem imagem de santo. Esses nichos construídos em via publica, serviam também para afastarem maus espíritos e trazerem prosperidade aos moradores.
Contam que no passado havia  dentro do oratório um santo que era trocado de posição, para denunciar por onde saia a carga de ouro levada para o Rio de Janeiro, razão do nome "Vira- Saia". Dizem também que a tropa de Antônio Francisco Alves, roubava a coroa portuguesa em favor dos menos afortunados da vila. A casa onde viveu o contrabandista, foi construída em 1741 e atualmente está em ruínas, correndo o risco de desabar.

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