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MADAME SATÃ


Madame Satã, foi uma figura "sinistra" e envolvida em mistérios, temida e lendária das noites boemias da Lapa no Rio de Janeiro; considerado uma referência na cultura marginal urbana do século XX. Descubra um pouco mais sobre este homem de personalidade tão complexa.



Madame Satã, foi uma Drague Queen brasileira, vista como personagem emblemática da vida noturna e marginal carioca na primeira metade do século XX.
Criado numa família de dezessete irmãos, no interior de Pernambuco, diz-se que João Francisco dos Santos (seu verdadeiro nome), chegou a ser trocado, quando criança, por uma égua. Quando jovem foi para Recife, posteriormente, mudou-se para o Rio de Janeiro, indo morar no bairro da Lapa. 
Analfabeto, o melhor emprego que conseguiu foi o de carregador de marmitas, embora houvesse o boato de que também tenha sido cozinheiro. 
Considerado um marginal, acredita-se que o fato de ter sido negro, pobre e homossexual, tenha contribuído para se tornar o ser complexo que foi.
Era frequentador assíduo do bairro onde morava (conhecido como reduto carioca da malandragem e boemia na década de 20), onde muitas vezes trabalhou como segurança de casas noturnas e cuidava que as meretrizes não fossem vítimas de estupro ou agressão.
Foi preso várias vezes, chegando a ficar confinado ao presídio da Ilha Grande, 16 anos por assassinato de um policial em 1928 .
Frequentemente, Madame Satã enfrentava a polícia, sendo detido por desacato à autoridade diversas vezes. Considerado exímio capoeirista, lutou por várias vezes contra mais de um policial, geralmente em resposta a insultos que tivessem como alvo mendigos, prostitutas, travestis e negros. A ficha criminal ao longo de sua vida é vasta: No total foram 27 anos e 8 meses de prisão, 13 agressões, 4 resistências à prisão, 2 furtos, 2 recepções de furtos, 1 ultraje público ao pudor, 1 porte de arma, resistência à prisão entre outros.

COMO SURGIU O APELIDO:
Dotado de uma índole irônica e extrovertida, ele era encantado pelo carnaval carioca. Foi assim que, em 1942, ao desfilar no bloco de rua Caçador de Veados, surgiu seu apelido. O transformista se apresentou com a fantasia Madame Satã, inspirada em filme homônimo de Cecil B. De Mille.
Madame Satã é considerado uma referência na cultura marginal urbana do século XX. por representar o desejo de sobrevivência que se transformou na malandragem da época"
Para o acadêmico norte-americano James N. Green: “Ainda que Madame Satã exibisse uma imagem de valente, sua reputação desafiava a associação tradicional do malandro com a masculinidade rude da classe trabalhadora. Em vez disso, evocava uma figura sinistra e misteriosa, um tanto andrógina.”  E é esta característica diferente, de meio homem, meio mulher, que fascinou a tantos. tornando Madame Satã uma lenda. O malandro carioca fora tradicionalmente conhecido por sua masculinidade e virilidade, ao identificarmos e mapearmos a figura de Madame Satã, temos o malandro representado por um homossexual que conseguia traduzir perfeitamente todas as características da malandragem, junto com uma "feminilidade" própria. Sua história não inspira fragilidade pelo fato de ser homossexual, mas essa identidade se completa quando escutamos que era um exímio capoeirista de “navalha no pé”, o que torna sua figura verdadeiramente espantosa.
  • Em 1971, concedeu uma polêmica entrevista ao jornal O Pasquim.
  • Ele teve publicado em 1972 o livro "Memórias de Madame Satã".
  • Em 1974 foi lançado o filme Rainha Diaba, que conta a vida de um transformista marginal, interpretado por Milton Gonçalves, livremente inspirado em Madame Satã.
Nasceu em 25 de Fevereiro de 1900, 12 anos apos a abolição da escravatura e faleceu em abril de 1976 logo após a sua última saída da prisão, vítima de um câncer de pulmão.

ENTRE A CRUZ E A ESPADA.


Hoje, durante o trabalho, num encontro rápido com uma colega, começamos a conversar. Daí ela me confidenciou a sua sensação de desconforto, quando vê duas pessoas do mesmo sexo de mãos dadas, não importa onde for, (na rua, no Shopping,..) e que mesmo sabendo das mudanças comportamentais necessárias que vem acontecendo no mundo, para garantir a liberdade das pessoas e  suas diferenças, o que é justo, ainda assim o seu desconforto persiste.
Sente um desconforto que é maior do que ver famílias jogadas sobre as calçadas passando por privações; Inacreditavelmente maior, do que toda a roubalheira protagonizada pelos dirigentes deste país, em que somos vitimados e outras tantas violências que nos rodeiam no dia a dia e que parece tão normal aos nossos olhos vigilantes.
Esta sensação de mal estar, por questões que eu pessoalmente considero de menor importância, se comparadas a outras de maiores agravos, são dissidências de quem possui dificuldade de acompanhar as mudanças do mundo moderno, na medida em que percebemos essas desproporções morais.
Nossos preconceitos são muito mais profundos, do que as nossas próprias evidencias intelectuais. Quanto ao resto, cada um deve encontrar seus métodos pessoais de desfazer-se desses embates, que por vezes nos divide entre a cruz e a espada.

ENTRE 4 PAREDES.

Me diga uma coisa, seja sincero: Você acha que as relações entre pessoas do mesmo sexo, atualmente mostradas nas teles dramaturgias da TV, estão sendo divulgada excessivamente e de forma apelativa?
Mais uma perguntinha: Você acha que as cenas de troca de beijos que ocorreu entre os personagens Felix e Nico da novela "Amor à Vida", assim como o beijo entre as duas personagem Marina e Clara, interpretadas por Giovanna Antonelli e Taina Müller, na novela "Em família", são constrangedoras e por isto deveriam ser omitidas das cenas comum da novela, por se tratar de atitudes intimas e que só deveriam acontecer entre quatro paredes?
Foi o que eu ouvi de duas colegas, ontem durante o almoço, depois de uma terceira pessoa mencionar sobre o que ela achava estar sendo um avanço nos costumes morais e culturais da sociedade brasileira e ter provocado, não intencionalmente, uma celeuma de divergências entre o grupo que estava presente.
Mas o assunto se prolongou ainda por alguns minutos, onde uma delas se mostrou indignada, por assistir cenas deste tipo (beijos), passarem num horário nobre da TV, onde crianças circulam pelas salas assistindo um desrespeito daqueles, sem entender direito, do que se tratava.
"Eu não tenho nenhum problema quanto a isto.., por que isto, sempre existiu no mundo, mas prefiro ficar o mais distante possível disto tudo.." continuou a outra, apoiando as idéias da primeira colega e ao mesmo tempo tentando se parecer flexível e moderna ao que visivelmente ela demonstrava passar aos outros como uma atitude anti natural. "Um dia desses eu vi na rua, dois soldados da BM se beijando.., vocês acreditam na situação? Dois militares!.."
Outras pessoas ali presentes, mesmo que em silencio, demonstravam em seus olhares inquietos e forjados por uma certa timidez, opiniões que pareciam se dividir ora em expressões favoráveis ora condenáveis.
Quanto a mim, que não estava disposto a me estressar, me mantive como os outros em silencio, mas de contrariedade ao que estava sendo dito de forma tão ignorante e discriminatória, afinal discutiam sobre um beijo em suas diversas intenções, o que possivelmente elas desconhecem, mesmo a quatro paredes!

O beijo esperado.

O beijo gay tão esperado no ultimo capitulo da novela das Nove, foi sem duvidas um passo importantíssimo na luta dos direitos humanos, não só de uma categoria por muito tempo reprimida, excluída, marginalizada, desrespeitada, mas de toda uma geração que luta pela liberdade e pelos direitos suprimidos. O beijo de ontem protagonizado por Mateus Solano e Tiago Fragoso no horário nobre da TV, foi a abertura de uma porta por muito tempo lacrada e eu me sinto orgulhoso de estar fazendo parte destes momentos de mudanças absolutamente necessários. Para aqueles que sacudiram os ombros e fizeram criticas, dizendo que existem coisas mais importantes a serem arrumadas neste pais e no mundo, estão certos, mas também não perceberam a sutil importância deste ato.

AMAOR, SEJA COMO FOR.


Foi de grande surpresa, "positiva" pra mim, trafegar pelas ruas de Porto Alegre nesta semana e deparar-me com a campanha promovida pela Coordenadoria de Diversidade Sexual da Secretaria da Justiça e dos Direitos Humanos. São Estampadas em busdoors ( no vidro traseiro dos ônibus) e em outdoors que retratam um casal gay, um casal de lésbicas e de uma travesti com seu companheiro. "A ideia é promover a diversidade, o respeito à liberdade das pessoas de se relacionarem com quem elas tiverem vontade.


O coordenador estadual de Diversidade Sexual acrescenta que essa é primeira etapa da campanha. Já para o próximo ano, ela deverá se estender para diferentes regiões do Estado. Por enquanto, o interior será alvo da divulgação com materiais impressos. Um deles é voltado às travestis e às transexuais e aborda a Carteira de Nome Social, instituída pelo Governo do Estado em maio de 2012. Já o outro aborda a violência contra as lésbicas e bissexuais. Os dois materiais também trazem números para denúncias sobre preconceito e discriminação. Isto é bem vindo!

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