Buenos Aires é uma cidade linda, com bairros arborizados, praças, monumentos gigantescos e construções centenárias que lembram algumas cidades da Europa e dos Estados Unidos.
Ora, se fizermos uma comparação com os grandes outdoors que iluminam a Avenida 9 de Julio e o Time Square em Nova Iorque, você não encontra alguma semelhança?..
Mas você sabia que na grande metrópole portenha, nem tudo é glamour, que também existem favelas como as que existem aqui no Brasil? É só prestar a atenção, na grande quantidade delas, quando estamos chegando na cidade pelo acesso principal.
São casinhas construídas muitas vezes com madeira, restos de materiais de demolição, mescladas com alvenaria sem reboco, algumas sem pintura e com o esgoto correndo a céu aberto, nada diferente da maioria das favelas.
A maior favela da capital portenha, a Villa 31, fica na zona central da cidade, entre o porto de Buenos Aires e a ferrovia (Estação Retiro), sob a autopista Illia (viaduto) que dá acessoa a cidade e pertinho do bairro nobre da Recoleta. Quando se chega a cidade por via rodoviária ou aérea, não tem como deixar de identifica-la.
A maioria dos moradores são paraguaios, bolivianos, peruanos e argentinos que vieram das regiões mais pobres do país, atingidos pela grande inflação que domina o país e atualmente também os haitianos.
A maior favela de Buenos Aires é a estampa de uma realidade que nenhum governo gosta de mostrar, por isto o legislativo vem elaborando planos para a criação de UPPs - Unidades de Pacificação Policial, no combate a o narcotráfico e a violência nas diversas favelas e assentamentos, como as que foram implementadas no Rio de Janeiro.