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O quarto incêndio na historia do Mercado Publico.

Por que algumas coisas são sempre fadadas a se repetirem como se fossem uma sina, uma praga rogada, do qual não se tem uma explicação que justifique a ação. Falo neste momento é do Mercado Publico de Porto Alegre, um dos maiores patrimônios histórico da cidade, mais uma vez ardendo em chamas.  Por que o incêndio o persegue?.. Sempre o fogo!.. Tudo é tão difícil e moroso para se reconstruir. E agora Bará?
Segundo o noticiário, o incêndio, (que é o quarto na história do Mercado), é de grandes proporções, o que destruiu grandes dimensões da parte interna, do telhado e graças a Deus sem nenhuma vitima.

ABOBADO DA ENCHENTE


Minha curiosidade, que não é de hoje, sempre me fez embrenhar por historias e fatos, nem sempre disponíveis nos veículos mais formais de informação que temos acesso e quando a encontrava  por vezes me punha desconfiado não só pela subjetividade dos textos como também pelo possível risco da inverdade da historia. O fato é que na semana passada quando em visita ao Centro Histórico da cidade, em particular ao Mercado Publico, onde explanei sua historia para meus colegas de curso em turismo, lembrei que minha mãe me contava que durante a enchente de 1941 que abalou a cidade, deixando cerca de 70.000 flagelados, sem energia elétrica e lugar para se abrigarem, transformou a cidade de Porto Alegre num verdadeiro caos urbano.


As pessoas transtornadas com a inundação causada pelas águas do Lago Guaíba, que subiu a um volume de 4,78 metros, olhavam para o horizonte impotentes, desesperançosas e estupefatas com tudo o que haviam perdido de seus pertences. Esta expressão de ausência, olhar distante e de desequilíbrio emocional que tomou conta das pessoas, fez surgir uma expressão popular utilizada somente aqui em Porto Alegre, chamada de ABOBADO DA ENCHENTE, que implicava em estar perdido, sem raciocínio, sem rumo, fora de suas faculdades mentais. Numa das portas do Mercado Publico, existe uma placa com a marca onde chegou as águas do lago, durante a enchente.

A IGREJA DAS DORES DE JOSINO

Gosto da cidade onde nasci e em que vivo até hoje e sempre que possível, busco nela pedaços de mim, da minha vida, do meu passado, de sua história que também é a minha história. Visito-a em sonhos meio apagados, becos, ruas, prédios, lembranças fragmentadas de lugares onde já estive, sentindo depois um gosto distante e saudoso de vivências que experimentei mas que não desapareceu de mim e desta Porto Alegre que não é alegre, com ar bucólico, provinciana, urbana, cultural, tradicional, querida

IGREJA NOSSA SENHORA DAS DORES:
Hoje caminhando pelo centro da cidade visitei a igreja Nossa Senhora das Dores e lembrei da história que minha mãe contava sobre a dificuldade de sua construção, em função da praga rogada pelo escravo Josino, usado como mão de obra e morto, injustamente, na forca no Pelourinho em frente da igreja acusado de ter roubado uma joia que acompanhava a imagem de Nossa Senhora das Dores.
"– Vou morrer porque sou escravo, mas vou morrer inocente. A prova da minha inocência é que as torres da Igreja das Dores nunca ficarão prontas!"
Meses depois de sua morte, as torres despencaram do alto da igreja esfarelando-se no chão. Suas palavras se espalharam pela cidade, causando medo na população que realizavam novenas ao escravo. Muito tempo se passou e a igreja ainda continuava com problemas. Raios caíram sobre as torres, rebocos que desmanchavam-se, projetos arquitetônicos que desapareciam.
A igreja levou quase um século para ficar pronta, visto que a pedra fundamental foi colocada em 1807 e sua conclusão somente em 1901.

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Quando as nossas emoções, alegrias e tristezas passam do tempo, nossos sentimentos humanos ficam acomodados numa cesta do tempo recebendo so...