ENTÃO VAMOS!

Depois de subir a escadaria e chegar ate a porta recostada, nos enchemos de coragem e a empurramos, fazendo a abrir sem dificuldade. Lá dentro a pouca iluminação, por falta de lampadas e janelas fechadas, causavam a sensação de que ainda era noite, daquelas noites estranhamente silenciosas e que pareia  não haver mais ninguém acordado no mundo.
De um dos cômodos, a unica lâmpada ligada, distribuía um facho de luz que chegava até nós, na sala e então ela apareceu, de cabelo amarrado, vestido florido e arrastando uma mala de rodinhas. Olhou-nos como se nos conhecesse e estivéssemos sendo esperados e cruzou a sala dizendo: Vamos, já estou pronta para a viagem!
Tudo seria absolutamente normal, se não fosse o fato de que ela estava sendo conduzida por nós, a uma simples consulta psiquiátrica.
Mas pera ai... O que é absolutamente anormal nesta história, se cada um vive no seu tempo emocional. A loucura talvez seja apenas um apelido que damos a este encontro de sentimentos, absolutamente diferentes, a o que chamamos realidade.

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