Permito algumas vezes que certos sentimentos se instale em mim como um acontecimento normal ou de defesa, não sei bem, mas se instala permissível, como um instrumento que compreendo as vezes ser vital para minha paz interior, meu equilíbrio, minha sobriedade, minha quietude. Cheguei fechando gavetas, portas, janelas e logo que o telefone tocou neguei-me atende-lo sob pena de arranca-lo da tomada se fosse necessário. Precisava fechar-me à qualquer comunicação externa e que arriscasse invadir minha individualidade, meu momento de estar sozinho, meus pensamentos vagos, minha introspecção, minha solitude. Tenho precisado de minha própria companhia, de meu corpo só esparramado sobre a cama até que amanheça o dia.
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