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ASSUMA A SUA NEGRITUDE.

Tenho dito para algumas amigas minhas, que são negras, da importância de assumirem a sua negritude e tudo o que envolve a nossa raça, como cultura, tradição e história, para que possamos entender quem realmente somos e a nossa importância neste mundo. Para isto é também importante que se abra dialogo com nossos próprios embates pessoais e nos transformemos.


As mulheres negras devem parar de acreditar que os padrões de beleza, são encontrados somente nos traços da pele branca, nos olhos claros, narizes afinados, cabelos macios e lisos que voam ao vento. Ora, todas as conquistas são adquiridas através de lutas que se inicia com a própria aceitação do que realmente somos. A luta da mulher negra na sociedade, deve atuar como uma forma imperativa de mudança estimulando novos olhares e assim abrir discussões sobre os esteriótipos criados a partir de uma ditadura branca a muito tempo implantada.
Portanto parem de se sentirem culpadas, de acharem  que seus cabelos são rebeldes e devem ser modificados, alisados, que seus narizes são achatados e feios e que a solução é uma cirurgia plástica. Cague e ande se os outros não conseguirem ver a tua beleza que é incomum a maioria, outros certamente verão. 


Vi as fotografias de Alek Wek,  uma modelo sudanesa, consagrada no mundo da moda e fiquei boquiaberto com sua beleza. A modelo é membro do U.S. Committee for Refugees' Advisory Council, que ajuda a chamar atenção para a situação crítica no seu país, bem como para a situação difícil dos refugiados em todo o mundo.


Uma amiga, a Tatiana Viana, postou este vídeo em seu Facebook e eu achei maravilhoso quando o assisti. De sobra ainda serviu para ilustrar esta ideia de que as pessoas negras devem assumir a sua identidade com orgulho e sem restrições  de ser o que é.

EXISTE RACISMO REVERSO?


Uma coisa que eu me pergunto, quando estou em alguma roda de pessoas discutindo sobre racismo, é se existe ou não, racismo de negros contra brancos, ou como gostam de chamar, o tão famigerado racismo reverso. Ontem eu ainda conversei com um colega do trabalho, que acredita existir muito mais racismo entre negros para com os brancos, do que o contrario.
Lembro de ter observado na minha infância e juventude, algumas atitudes reprovadoras por algumas pessoas da minha família, de origem negra, quanto ao fato de nós, os mais jovens, nos relacionarmos com outros jovens brancos do bairro. Havia aquelas observações pesadas por parte deles como: "Aquele teu amigo branco, esteve aqui te procurando!..." o que me fazia questionar se aquela atitude de descontentamento notória, tinha ou não fundamento, se não era um protecionismo que a o mesmo tempo era racista, fazendo-me viver entre a cruz e a espada e aquela sensação culposa de estar traindo a minha própria raça e família.


Eu fui pesquisar na Internet sobre este assunto, e caí na pagina de Djamila Ribeiro, que é blogueira, feminista e possui uma pagina chamada "Escritório Feminista", onde esclarece alguns pontos conceituais para se pensar:
"Racismo é um sistema de opressão, e para que haja racismo, deve haver relações de poder envolvidos. Negros não possuem poder institucional para serem racistas, pois a população negra sofre um histórico de opressão e violência que a exclui. Para haver racismo reverso, deveria ter existido escravização por mais de 300 anos da população branca, negação de direitos a essa população. 
Muitas vezes o que pode ocorrer é um modo de defesa, algumas pessoas negras, cansadas de sofrer racismo, opressão, agem de modo a rejeitar de modo direto a "branquitude", mas isso é uma reação à opressão e também não configura racismo".
"Há que se fazer a diferenciação aqui entre sofrimento e opressão. Sofrer, todos sofrem, faz parte da condição humana, mas opressão é quando um grupo detém privilégios em detrimento de outro". Brancos são mortos por serem brancos? São seguidos por seguranças em lojas, shopping centers? ..


Em nossa cultura poderíamos enumerar o vasto número de piadas e termos que mostram como a distinção racial é algo corrente em nosso cotidiano. Quando alguém autodefine que sua pele é negra, muitos se sentem deslocados. Parece ter sido dito algum tipo de termo extremista. Talvez chegamos a pensar que alguém só é negro quando tem pele “muito escura”. Com certeza, esse tipo de estranhamento e pensamento não é misteriosamente inexplicável. O desconforto, na verdade, denuncia nossa indefinição mediante a ideia da diversidade racial e é no passado onde podemos levantar as questões sobre como o brasileiro lida com a questão racial. A escravidão instituída em solo brasileiro, mesmo sendo justificada por preceitos de ordem religiosa, perpetuou uma ideia corrente onde as tarefas braçais e subalternas são de responsabilidade dos negros. O branco, europeu e civilizado, tinha como papel, no ambiente colonial, liderar e conduzir as ações a serem desenvolvidas. Em outras palavras, (brancos) nasceram para o mando, e (negros) para a obediência.
O tema racismo ainda é complicado para muitas pessoas, principalmente quando se trata da lei. Mesmo com implantação de legislação contra o racismo, existem aqueles que não sabem diferenciar determinadas atitudes como prática de crime de racismo ou não. Uma das maiores confusões que as pessoas podem cometer é confundir racismo e injúria racial.
Injúria racial ocorre, quando são ditas ou expressadas ofensas a determinados tipos de pessoas, tendo como exemplo chamar um negro de “macaco”. Esse exemplo já ocorreu em vários casos no futebol, em que jogadores foram ofendidos por essa palavra e alguns entraram com processo. No caso, seriam julgados como injúria racial, onde há a lesão da honra subjetiva da vítima. A acusação de injúria racial permite fiança e tem pena de no máximo oito anos, embora geralmente não passe dos três anos.
Já o racismo é mais grave, considerado como um crime inafiançável e imprescritível. Para o crime ser considerado como racismo, tem que menosprezar a raça de alguém, seja por impedimento de acesso a determinado local, negação de emprego baseado na raça da pessoa. Como exemplo, pode-se considerar o impedimento de matrícula de uma criança em uma escola por ela ser negra.
Resumidamente, o racismo impede o prática de exercício de um direito que a pessoa tenha. A injúria racial se determina pela ofensa às pessoas por raça.

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