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PRÉDIOS ABANDONADOS EM PORTO ALEGRE.


Outro passeio pela cidade neste domingo 10/01/2016, me proporcionou resgatar, através de imagens fotográficas, alguns prédios em Porto Alegre, que são de grande valor social, cultural e histórico para a cidade e que estão se deteriorando por falta de interesses em sua recuperação como patrimônio. Alguns mesmo tendo sido tombados por órgãos públicos competentes, continuam esquecidos e largados a o abandono diante dos olhos de quem passa pelas ruas da cidade. Muitos se tornam invisíveis pela falta de cuidados que merecem e traduzem acima de tudo a relação da cidade com seu passado.


Este primeiro bloco fotográfico, são de edificações localizadas na rua Luciana de Abreu, no bairro Moinhos de Vento que aguardam a decisão da justiça sobre a sua demolição e a construção de um novo prédio residencial de 16 andares. 
O embate judicial em torno deste conjunto de casas, já dura uma década e tem de um lado, a construtora e de outro, o Ministério Publico e a Associação Moinhos Vive, formada por moradores do bairro. No meio, a prefeitura de Porto Alegre.


Essas antigas residências da Luciana de Abreu, foram idealizadas pelo arquiteto alemão Theodor Wiederspahn, importante figura do crescimento urbano de Porto Alegre, que assinou outras construções como o antigo Hotel Majestic, atual Casa de Cultura Mário Quintana, e os prédios do Memorial do Rio Grande do Sul e da Faculdade de Medicina da UFRGS. 
Enquanto a disputa se arrasta na Justiça, os casarões do Moinhos de Vento ficam expostos à ação do tempo, vândalos e moradores de rua que ocuparam os imoveis. 





Neste segundo bloco de fotografias, mostro outros prédios localizados na Avenida Independência, próximos a esquina da rua Dr. Barros Cassal e que estão ruindo por simplesmente terem caído no esquecimento das autoridades. Apesar de sua importância, muitos ainda são habitados e representam risco de ruírem sobre as pessoas que circulam nas imediações.




Mais de mil construções fazem parte da lista de imóveis tombados e inventariados no centro de Porto Alegre. Estes patrimônio arquitetônicos, são testemunhas e personagens dos caminhos que a cidade trilhou em seus 243 anos de existência e por isso, têm o valor, preservado por lei. Muitas vezes, no entanto, só por lei. Se pensarmos que outros prédios de maior importância histórica como a Confeitaria Roco, a casa Godoy (um dos poucos exemplares do Art Nouveau na cidade), estão em total desleixo, com paredes pichadas, pinturas descascadas, imagine os outros de menor importância.
Uma cidade que não se interessa pela história de seu passado, não tem condições de alavancar grandes perspectivas de futuro!..

Até o próximo passeio!
Casa Godoy datada de 1907



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