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RESTAURANTE GRIL DA PRAÇA XV


Caminhando por Porto Alegre, descobri, por acaso, na frente da Praça XV, um prédio datado de 1884, que foi restaurado e transformado num belo restaurante já a três anos, conforme me informou seu proprietário. Na entrada, uma porta de vidro adesivada com uma fotografia de uma porta antiga com pintura descascada pelo tempo, quase não se percebe que ali existe um restaurante decorado com muito bom gosto e comida simples, mas com um toque de criatividade a ser experimentada. Depois de cruzar a entrada, uma escadaria leva a o andar superior, descortinando o amplo restaurante decorado com muito bom gosto.


Com pé direito alto, paredes que exibem os antigos tijolos de barro, janelas e portas de madeira originais e treliças no teto, dão ao conjunto aquele toque perfeito de modernidade e do antigo ao Restaurante Gril da Praça XV. que lembra os antigos armazéns de Chelsea em New York, transformados em Pubs, Galerias de arte e de Moda perfeitamente ajustados ao contexto estético dos tempos contemporâneos. Tem mais, além de bonito,  o bife livre sai por um preço justo: R$ 20,00.

HOSPITAL BENEFICÊNCIA PORTUGUESA EM PORTO ALEGRE.

Andar pelos corredores do Hospital Beneficência Portuguesa em Porto Alegre, é um passeio pelo passado, que vão desde as antigas janelas, a escadaria de madeira e um pitoresco elevador de ferro.











O hospital Beneficência Portuguesa, foi o terceiro hospital a ser construído em Porto Alegre. Até 1858, os portugueses natos e seus descendentes eram tratados no Hospital de Caridade na Santa Casa. Após esta data os atendimentos se transferiram para um pequeno hospital, Enfermaria São Pedro, localizado na antiga Rua da Figueira (atual Coronel Genuíno).


Em 1867, por ordem da Sociedade Portuguesa de Beneficência, foi autorizada a construção de um prédio para o novo hospital. Em 30 de junho de 1870, no Alto da Conceição é inaugurado a nova estrutura do Hospital Beneficência Portuguesa, na Rua da Independência, em frente à Praça São Sebastião.


É um dos melhores exemplos do estilo neoclássico que dominava aqueles anos. A Beneficência destinava-se no início a atender portugueses e seus descendentes. Suas instalações receberam inúmeras adaptações e ampliações, mas conservou os traços arquitetônicos originais. Ainda no prédio funciona o Museu da História da Medicina, com apoio do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (SIMERS), onde são realizados sarais culturais e uma sala de exposição que mostra peças da época. Mas também é impossível não se encantar com este elevador de ferro e a escadaria de madeira, que conduzem a outros andares do hospital.

MORRO SÃO CAETANO EM PORTO ALEGRE.

Porto Alegre é cheia de morros a o seu redor, e a pergunta que eu me faço e acredito que outras pessoas também deva fazer è: Por que estes morros não são estruturados de modo a receber turistas e também beneficiar os próprios moradores da cidade com sua beleza?


Às vezes moramos numa cidade, num bairro e nem percebemos os atrativos que ele possui, por desconhecimento gerado por nossa falta de tempo, desinteresse ou falta de informação. 
No dia 12 de Outubro de 2013, isto já faz dois anos, subi com um amigo o Morro São Caetano localizado no bairro Teresópolis, aqui em porto Alegre, para ver a cidade lá de cima. A vista é belíssima, valendo até um post aqui no blog!




O morro também é chamado de A.PA.ME.COR, devido a Associação de Pais e Mestres do Colégio Rosário, que atualmente pertence a rede Marista; Essa Associação existe há 50 anos e é restrita somente para quem trabalha, estuda ou os pais de alunos da rede Marista, com área de lazer, estacionamento e pista de esporte no morro.
Pode-se perceber através de algumas fotos nesta postagem, o quanto é interessante e incrível a vista. O Pôr do Sol e a noite, devem ser ainda mais belos, mas alguns moradores orientam a não visita-lo sozinho e com equipamentos de valor a mostra, por causa da incidência de assaltos ocorridos.




COMO CHEGAR:
De carro: Rua Fernando Osório, Teresópolis, Porto Alegre.
De ônibus: Pegar a linha São Caetano, o ônibus deixa na frente do Hospital Espírita, depois uma caminhada a pé, de aproximadamente 4 km depois leva as imediações do morro. Por medida de segurança aconselha-se ir em grupo.

Até o próximo passeio!

A ESCADARIA DA POESIA EM PORTO ALEGRE.


Escondida entre as ruas Duque de Caxias e André da Rocha, no Centro de Porto Alegre, a Escadaria 24 de Maio, corta ao meio um conjunto de prédios antigos e habitados no Centro Histórico da cidade. 
Inspirada na famosa escadaria Seleron, que liga a Lapa ao convento de Santa Teresa, um dos cartões-postais do Rio de Janeiro, os degraus da escadaria gaúcha, foram decorados com azulejos que vistos de longe, formam um mosaico coloridos, onde o diferencial são as poesias gavadas em cada um.


Esquecida durante anos pelo poder publico, em 2012 foi revitalizada pela artista plástica Clarissa Motta, que levou poesia aos seus degraus, através de depoimentos de moradores, além de frases de gente famosa como Carlos Drummond de Andrade, Rira Lee, Paulo Leminski, Erasmo Carlos.


A escadaria foi construída em 1942, entre a Rua Duque de Caxias e a Avenida André da Rocha  no governo de Loureiro da Silva. Atualmente está com aspecto de quem necessita de mais um dose de revitalização, como pintura dos prédios laterais e da própria escada onde em alguns pontos mostra a presença de fungos e lixo deixados pelos usuários.

Republica dos Gatos.

 
Ainda caminhando pelo Centro histórico de Porto Alegre, me deparei diante desta Pub na Duque de Caxias 180, chamada Pub Republica dos Gatos, que eu desconhecia e fiquei muito curioso pelo charme inusitado de apresentar alguns grafites em preto e branco de muito bom gosto em sua fachada, lembrando uma revista em quadrinhos antiga com astros da musica como Renato Russo, Cássia Eller, Fred Mercury, John Lennon, Cazuza, Janis Joplin e outros e se chamar Republica dos Gatos. 
 
Por que será que tem este nome, será que viviam gatos no antigo casarão?. Quem teve esta ideia? Infelizmente ainda era cedo e estava fechado, mas como tudo se consegue na Internet, consegui algumas fotos mostrando seu interior de muito bom gosto. 
A Pub especializada em jantares, aceita reservas, mas clientes sem, também são bem vindos, possui serviço de garçom e lugares ao ar livre. A foto da fachada é a única de minha autoria.

Grafites no Alto da Bronze



Um passeio pela cidade esta semana e encontrei-a toda iluminada, grafitada. Como eu ja disse, gosto destas manifestações de arte popular de rua. Isto imprime vida, identidade a cidade e aos sentimentos das pessoas que vivem nela, numa determinada etapa social e política de suas vidas.
Fotografei alguns trabalhos feitos no Alto da Bronze, que como já postei aqui no blog, não possui qualquer referencia a sua história e importância no passado de Porto Alegre, o que é lastimável as gerações mais jovens desconhecerem.
  
Descendo as escadarias da João Manoel, eu percebi que o grafite também foi mudado, mas o lugar ainda continua servindo de pousada aos moradores sem teto da cidade.
Nada contra aos que não tem onde morar e se utilizam de meios menos burocráticos para continuarem na sobrevivência, mas como é possível a falta de fiscalização e conservação de um local tão bonito no centro da cidade? Acho que esta é uma daquelas perguntas que não possui uma resposta que possa ser aceitável.

Aqui é que se come bem e barato.

Neste Sábado de carnaval, com a cidade meio vazia, a maioria das pessoas na praia, aproveitei para dar uma caminhada no Bom Fim e depois almoçar num daqueles bifês da Osvaldo Aranha, que de vez em quando costumo fazer. Todos tinham lugares sobrando, sem aquela filas homéricas para aguardar uma mesa disponível. O Gourmet da Redenção estava de portas fechadas e o Piatto Grill, onde normalmente almoço, oferecia o bifê livre com varias opções de carnes e grelhados por R$ 19,00 sobremesa e um cafezinho de cortesia enquanto se paga a conta. Mas decidi enfrentar a Lancheria do Parque, um dos locais mais antigos do Bom Fim e que oferece alem de lanches, como hamburguer,  pastéis,  um bifê de comida simples, barata com direito a uma carne e nada de requififes. A Lancheria do Parque, faz parte da história de Porto Alegre, está na lista dos ambientes frequentado pela comunidade gay da cidade, já foi mencionada por revistas especializadas em gastronomia, alem de ter sido palco e documentário de um curta.
O bifê saiu por R$ 10,00 neste Sábado, sem sobremesas e é cobrado R$ 8,50 durante os dias da semana. Estava mais cheio que os outros restaurantes e eu até dividi a mesa com duas senhoras uniformizadas, que possivelmente estavam na hora de intervalo e reclamaram do acréscimo de R$ 1,50 o bifê. Isto serviu para me comprovar o quanto a comida por aqui é acessível, se comparada com outros lugares onde comi. Na Lapa, Rio de Janeiro, era preciso andar muitos quilômetros para se conseguir um bom preço e "bifê livre", era uma palavra que ninguém conhecia. Os pratos normalmente eram A La Carte e não baixavam dos R$ 24,00 para cada pessoa.
Em Nova Iorque, um prato A La Carte, constituído de massas e uma salada verde com lascas de tomate: U$ 16,00 à 18,00 (dólares mais taxas), o que significa na nossa moeda mais que o dobro do preço. Optei algumas vezes por comida chinesa, mas a ultima que comi, me arrependi amargamente por ter pago 9,00 dólares e quase vomitado dentro do prato, com o chines me olhando. Os restaurantes brasileiros que visitei em N.Y, é somente para americano consumir e a gente apreciar do lado de fora.

UMA CIDADE DO INTERIOR, DENTRO DA CAPITAL


Este é o cantinho de que comentei na postagem anterior e que eu queria visitar mais calmamente com amigos na Quinta-feira. Estávamos na Aberta dos Morros, na casa de outro amigo e dali foi apenas pouquíssimos quilômetros de carro.
O Bairro Belém Velho é um dos mais antigos núcleos habitacionais de Porto Alegre, com aparência de cidadezinha do interior, dentro da capital.
Está localizado na zona sul da cidade e segundo informações do site da prefeitura o http://www2.portoalegre.rs.gov.br, inacreditavelmente em 1926,  já circulou um trem que vinha do Mercado Publico até o bairro Tristeza e prolongado até o bairro Vila Nova, utilizado no transporte de mercadorias produzidas naquele recanto rural; Porém de curta duração,  por ter sido considerado economicamente inviável, sendo desativado em 1932. 


O núcleo central do bairro, conta com uma praça principal onde estão localizados também uma igreja datada de 1830, um pequeno cemitério, alem do antigo casario em frente à praça, a fazenda que pertenceu a Flores da Cunha.


Belém Velho é bucólico, com jeito interiorano, onde podemos observar seus moradores sentados na praça, a sombra de frondosas arvores, crianças brincando, jovens namorando. Trafegar de carro por suas avenidas adjacentes dá a sensação de que estamos passeando pela serra gaucha e que a qualquer momento avistaremos parreirais e até avistamos. 
A praça, assim como a antiga capela, foram tombadas em 1992 pela Secretaria Municipal da Cultura como patrimônio cultural. Estão localizados também neste bairro, o Hospital Parque Belém, (antigo hospital sanatório especializado em tisiologia lançado sua pedra fundamental em 1934), o Amparo Santa Cruz atualmente em estagio de ampliação e o Santuário Madre de Deus no topo do morro da Pedra Redonda, na rua Santuário.


Belém Velho faz parte dos Caminhos Rurais, rota turística recentemente criada pela Secretaria de Turismo de Porto Alegre.
Se chega em Belém Velho, vindo do centro da cidade pela Av. Oscar Pereira, seguindo pela Estrada Costa Gama, entrando em seguida na Estrada Belém Velho à direita.

Memorial Livraria do Globo


Em meio às comemorações do aniversário de 240 anos de Porto Alegre, com espetáculos espalhados entre pontos culturais conhecidos da cidade, como os shows de Maria Rita, Armandinho entre outros artistas, o centro da cidade mudou de cara com uma iluminação especial sobre o prédio da Prefeitura à noite, que o tornou muito apreciado e que eu acho que deveria ser mantido. Alias eu acho que todos os principais predios do centro histórico, deveriam receber o mesmo tratamento, com esta iluminação especial. Mas a cidade alem dessas mudanças por estar em festa, foi presenteada com a inauguração das lojas Renner, no prédio que por anos abrigou a Livraria do Globo, conhecidíssima por ter influenciado na educação e cultura dos porto alegrenses. Com um investimento de R$ 10 milhões, a nova Loja Renner na Rua dos Andradas, respira história e beleza nas paredes de tijolos antigos e propositalmente descascados nesta nova tendencia arquitetônica e decorativa. Em meio aos lançamentos da nova estação que já mostra sua cara, o Café-Memorial, instalado no terceiro andar do prédio numa especie de mezanino, apresenta além de fotos que documentam a época da livraria e grafica, um breve histórico deste periodo que marcou a vida dos gaúchos e do centro de Porto Alegre, além de painéis que lembram de Erico Verissimo e as lendárias capas da Revista do Globo. A unica coisa que senti falta, foi de um elevador para facilitar o acesso aos cinco ou seis andares, que segundo um dos vendedores, ainda não ficou pronto e em breve será instalado. Vale a pena uma visita e conferir!

AS FERIDAS DO MORRO SANTANA


Semana passada ao passar pela rua Mãe Apolinária, no bairro Jardim Ipu em Porto Alegre, fiquei namorando o morro e suas duas pedreiras que hoje recebem o apelido de "As feridas do Morro Santana" cujo o nome é mais do que apropriado, por se tratar de um enorme buraco feito pela mão do homem alguns anos atrás sem a preocupação com a preservação ambiental e que hoje parece ser assunto da moda e todo mundo se preocupa e fala com a boca cheia de razões. Pouco se tem de informações a respeito deste lugar que a décadas atrás, serviu de exploração de pedras como objetivo de talvez...(calçar as ruas da cidade)?...Não sei, e não encontrei ninguém que soubesse me dizer.


As feridas ou cicatrizes, do qual uma delas recebeu o nome de seu explorador Asmuz, ficam no Morro Santana, o mais alto de Porto Alegre, de frente para a movimentada Avenida Protásio Alves, numa espécie de cartão postal para quem quiser ver o estrago ambiental. Os acessos até lá sofrem algumas dificuldades e alguns impedimentos como: Ruas estreitas e sem calçamentos por dentro de uma pequena vila, cujos próprios moradores informam para se ter cuidado com relação a assaltos já ocorridos no local. Algo do tipo: "Peça para subir e reze para descer". Outros caminhos foram fechados com algumas cercas de arames em função de um condomínio residencial em construção na base do morro, além de um portão em cima do morro sob os cuidados da UFRGS que proíbe a entrada de curiosos e cuja a liberação é somente para pessoas autorizadas pela instituição.


O Morro Santana é o ponto mais alto da cidade, com 311 metros de altitude, ocupando uma área de 1000 hectares, sendo 600 pertencentes a UFRGS. Localizado em uma área bastante urbanizada, o bairro Morro Santana, está rodeado por grandes avenidas como a Av. Bento Gonçalves, a Av. Protásio Alves e a Av. Antônio de Carvalho, ocasionando problemas de ocupação irregular e falta de segurança. Representa um dos últimos remanescentes naturais da cidade, onde vivem em harmonia campos, lagos, cachoeiras e cascatas. Além disto, tem grande importância histórica por ter abrigado, em 1740, uma sentinela de propriedade de Jerônimo de Ornelas, o fundador da cidade de Porto Alegre.

UM POUCO DE HISTÓRIA:
O início da ocupação da região do Morro Santana está ligado à doação da sesmaria a Jerônimo de Ornellas e à fundação de sua fazenda. Em 1762, Ornellas vendeu sua propriedade. Dez anos mais tarde, o governador da capitania da Vila de Porto Alegre desapropriou a fazenda com o fim de renovação da demarcação para assentamento de famílias açorianas. Esta partilha gerou as chácaras produtivas que
ocupavam o Morro Santana até meados do século XX.
CASA BRANCA NO MORRO SANTANA


Um dos principais sítios do Morro Santana eram as terras onde se situava a Casa Branca. Esta casa foi ponto de encontro de políticos e intelectuais. Durante a Guerra dos Farrapos, a morada serviu de quartel-general para as forças rebeldes. 
Localizada onde é hoje a confluência das avenidas Protásio Alves e Antônio de Carvalho, a casa foi demolida em abril de 1972, mesmo com apelos e esforços do poder público no sentido da preservação do prédio como Patrimônio Histórico. Mesmo com a demolição, a Casa Branca ainda é lembrada pelos habitantes do bairro.

Nesta semana, navegando pela Internet encontrei o blog Porto Imagem, que traz um artigo escrito por Ricardo Haberland e que faz uma avaliação interessante sobre os 240 anos de Porto Alegre e seu crescimento como metrópole, baseada em alguns pontos positivos como: "A capital com um dos melhores índices de qualidade de vida entre as metrópoles brasileiras, a mais verde do pais, pelo numero de arvores plantadas, vida cultural rica, índices econômicos satisfatórios e alto poder de compra em consequência de uma renda alta perante outras capitais". Porem outro ponto a se considerar e desta forma entender como negativo, é que existe muita coisa a ser melhorada radicalmente nesta capital como por exemplo, a imensa orla do Guaíba a tantos anos ociosa do convívio social dos porto alegrenses, que receberam apenas um pequeno pedaço da imensa orla, como tira gostos, que é a Praia de Ipanema, sempre lotada e de acesso congestionado por veículos que ali circulam. Outra coisa que ele menciona no texto e eu concordo plenamente:
"..Porto Alegre é uma cidade privilegiada por ter morros altos. Toda cidade numa condição dessas, possui alguma estrutura para que as pessoas visitem o morro, todas cidades com morros têm mirantes – como Belo Horizonte, Florianópolis, e outras. – e muitas também têm opções de lazer nas alturas, e tudo isso com preservação e cuidados. Já Porto Alegre ignora solenemente seus morros, e o pouco que tinha, como o belvedere no Morro Santa Tereza, a cidade abandona. Vivemos como se não tivéssemos morros, como uma cidade plana qualquer..."
Um exemplo de desatenção dado aos morros de Porto Alegre, é o Morro da Policia, localizado no bairro Glória, onde se tem uma vista maravilhosa da cidade e que pode ser lido AQUI no Blog.

TRAVESSIA DE CATAMARÃ DE POA A GUAÍBA.

Entrada do terminal hidroviário.

Eu já tinha pensado em fazer este passeio antes, mas como era uma novidade e novidade sempre atrai muitas pessoas, resolvi dar um tempo; Tempo que durou até ontem, quando eu estava no centro da cidade e resolvi conhecer a travessia feita pelo catamarã que sai de Porto Alegre para Guaíba, inaugurada no dia 28 de outubro do ano passado.

pátio do terminal em POA. 

Surpreendentemente o Terminal Hidroviário ficou muito bonito e chama a atenção com suas cores quentes - amarelo e laranja, portas de vidro com abertura automática, dois ou três clichés para venda de ingressos, roletas automáticas, toaletes, sala de embarque climatizada e com áudio visual. Do lado de fora, um pequeno espaço aberto com amplos bancos para se observar o Guaíba e o acesso aos barcos são feitos por rampas e corredores cobertos para proteger os passageiros em dias de chuva. O serviço oferecido pela CatSul, empresa gaúcha que venceu a licitação para operar a Travessia, não termina somente aí, dentro dos barcos, 02 TVs de LCD, 120 poltronas e acesso à Internet completam o conforto dos passageiros. Os usuários do transporte, podem chegar à estação de Porto Alegre, localizado no armazém B3 do Cais Mauá, pela passarela subterrânea sob o Trensurb, com acesso pelo calçadão da Estação Mercado. 


O catamarã que se diferencia de um barco comum por apresentar dois cascos, o que significa boa estabilidade sobre a água, zarpou do Terminal Hidroviário de Porto Alegre, com destino a Guaíba às 11h30min., chegando do outro lado no cais de Guaíba exatamente em 20 minutos. Na cidade vizinha de Guaíba, o terminal fica na avenida João Pessoa - no Centro, no final do Calçadão, junto a estação rodoviária.

Corredor coberto para embarque no catamarã. 

Há também nos catamarãs, assentos exclusivos para portadores de necessidades especiais, cintos de segurança para cadeirantes e espaço para bicicletas. As janelas do catamarã são fixas para manter a refrigeração do ambiente e com um tipo de acrílico que diminui a propagação dos raios solares e também impede quem esteja de fora de enxergar os passageiros. O que eu não gostei é que de dentro do barco, as imagens ficam alteradas, com uma cor azulada comprometendo a nitidez das fotografias. Já está em discussão um projeto que visa criar uma nova rota ligando o centro de Porto Alegre à zona sul da cidade através do Rio Guaíba.

Foto comprometida pela janela de cor azul do catamarã. 


PASSAGENS:
A aquisição das passagens pode ser feita com até 30 dias de antecedência, nos 14 horários oferecidos em cada sentido da viagem. 
O preço da passagem é de R$ 6,00 de segundas à sextas-feiras, e de R$ 7,00 aos sábados, domingos e feriados. O pagamento pode ser feito em dinheiro, cartões de débito do Banrisul, Visa e Mastercard. O cartão TEU também é aceito. 
O trajeto de ônibus, que custa R$ 4,65 entre as duas cidades, leva pelo menos o dobro do tempo no deslocamento rodoviário.


UMA DICA:
Os acentos do lado esquerdo do Catamarã com destino à Guaíba dão uma visão privilegiada de toda a cidade de Porto Alegre, a partir dos armazéns do Cais Mauá, a Usina do Gasômetro, o Estadio Beira Rio, a Fundação Iberê Camargo, o Shopping Barra Sul e todos os morros e antenas de TVs e também outros morros adjacentes.
Apesar dos catamarãs estarem funcionamento a quase dois meses e meio, percebi um grande numero de visitantes a se provar pela quantidade de flaches dentro do barco. 


O QUE VISITAR NA CIDADE DE GUAÍBA:
Logo que se chega em Guaíba, uma boa pedida é caminhar pelo calçadão arborizado da Avenida João Pessoa, cujo convite se estende a apreciar também a beleza do Lago Guaíba com bancos de madeira distribuídos em toda a orla, atualmente em processo de despoluição, revitalização e o Pier.

Pier em Guaíba. 

IGREJA MATRIZ:
Ainda na parte alta da cidade é possível visitar a Igreja Nossa Senhora do Livramento, datada de 1857 por licença de D.Pedro II, localizada na Praça de mesmo nome.


BELVEDERE PAUL HARRIS:
Escadaria 14 de Julho, Conhecida no passado como Lomba do Inferno, a escadaria foi construída na década de 60 para facilitar o acesso da parte alta da cidade até a praia.



Belvedere Paul Harris 

RESIDENCIA DE GOMES JARDIM:
Casa com mais de 200 anos e que pertenceu a o líder Farroupilha Gomes Jardim. O local hoje é um museu e possui visita orientada com agendamento- Rua 14 de Outubro, 384. Informações fone (51) 3480-1159.

Residencia de Gomes Jardim. 


CIPRESTE FARROUPILHA:
Localizado na Praça Gomes Jardim, abrigou os farrapos, quando reuniam-se para traçar estratégias referentes à Revolução. No local encontram-se o busto e os restos mortais de Gomes Jardim. Na parte alta no centro da cidade.



PRAIA DA ALEGRIA:
É a maior e mais movimentada praia de Guaíba e onde acontecem os maiores eventos do município. Fica a 4km de distância da sede do município. Nesta praia localiza-se também o Marco Farroupilha, local de onde as tropas farroupilhas partiram para tomar Porto Alegre. 
A Praia da Alegria foi um dos lugares em que muito me diverti na infância. Meu tio enchia seu carro de parentes e amigos e fazia varias viagens levando todos para passarem fins de semanas em barracas enjambradas a beira do rio. Era uma alegria só...
De conversa, dentro do barco com uma passageira e moradora de Guaíba, ela me disse acreditar que este fluxo de gente é somente no verão, que no inverno cairá por menos da metade, que apesar da diminuição de tempo no percurso feito pelo catamarã, as pessoas ainda preferem o ônibus por ser mais barato. Que Guaíba é uma cidade cuja a população é de pessoas pobres e que a diferença de R$ 1,35 a mais do catamarã com relação ao ônibus, no montante do mês faz muita diferença no bolso.


ILHA DAS PEDRAS BRANCAS:
No retorno para Porto Alegre, o catamarã passou ao lado da Ilha das Pedras Brancas, também conhecida como Ilha do Presídio, abandonada há mais de 20 anos. A ilha já foi ponto estratégico dos Farrapos, depósito de pólvora, laboratório de pesquisa da peste suína, e prisão no período da Ditadura. Mas este é outro passeio que pretendo fazer num outro dia e documentar sua historia aqui no blog.
Até o próximo passeio!

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TÔ PENSANDO QUE:

Quando as nossas emoções, alegrias e tristezas passam do tempo, nossos sentimentos humanos ficam acomodados numa cesta do tempo recebendo so...