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HOMOFOBIA CORDIAL.


Os perrengues da vida vai nos deixando cada vez mais críticos com a gente mesmo e com quem nos relacionamos. Eu já fui algumas vezes discriminado por ser negro, o que não posso mudar, por às vezes estar bem acima do peso e na semana passada ouvi de um amigo (heterossexual), que uma amiga nossa lhe pediu em off, para não me levar na sua casa, enquanto ela está namorando um cara que luta "muay thai" e que por coincidência é também homofóbico.
Uauuu, eu fiquei tão ofendido em saber disto, que nem consegui pregar os olhos de noite. Por sinal, estou até agora de olhos bem abertos e seco, pensando em me jogar do mais alto viaduto da cidade, se possível quando eles estivessem passando por baixo.
Convivemos num mundo cada vez mais cínico, onde as pessoas são coniventes com outras ideias absurdas, retrogradas, discriminatórias, achando que estão protegendo a sua relação (amorosa, social, sei lá). Temos uma visão errada de que a homofobia e a agressão são apenas aquelas que matam, espancam e levam a hospitais. Porém precisamos combater a homofobia cordial, aquela que não parece homofobia, que geralmente vem acompanhada de pequenas desculpas, com falsas intenções de proteção e cordialidade, bom humor e risadinhas no final. Quer saber? Vão tomar no cu.

OS INVISÍVEIS DO INICIO DO SECULO XX.



Por um longo tempo da minha vida, na adolescência, eu acreditei que as provas de um segredos (fotos, cartas, objetos, diários), pudessem ser guardados em gavetas chaveadas, baús, sótãos, porões e jamais serem descobertos.
Com o passar do tempo, mais crescidinho, comecei a pensar diferente: Que segredos podiam ser descobertos sim, pois nada permanece guardado, escondido para sempre. 
Os segredos terminam se perdendo na poeira, no lixo, ou vendidos para um brique, um mercado de quinquilharias e que com o passar do tempo, se tornam publico a qualquer anonimo que se interesse por eles, exposto numa prateleira ou caixa de papelão, onde todos tem acesso. Bem, isto é apenas uma reflexão!..


Acho que foi o que aconteceu com Sebastien Lifshitz, autor e cineasta que apos descobrir e arrecadar algumas fotos em mercados de pulga e vendas de garagem ao longo de suas viagens, decidiu montar um livro que busca mostrar uma perspectiva diferente sobre a cultura gay do inicio e meados do seculo XX.
Os Invisíveis: Vintage Portraits of Love and Pride, é um livro de fotos de uma época em que ser gay era necessário viver enrustido, sobre as duras e implacáveis penas da sociedade. Toda esta historia me reporta a uma composição do Chico que fala de amor, de relações, de fragmentos descobertos:

Não se afobe, não/ Que nada é pra já /O amor não tem pressa/ Ele pode esperar em silêncio
Num fundo de armário/ Na posta-restante/ Milênios, milênios/ No ar
E quem sabe, então/ O Rio será/ Alguma cidade submersa
Os escafandristas virão/ Explorar sua casa/ Seu quarto, suas coisas/ Sua alma, desvãos
Sábios em vão/ Tentarão decifrar / O eco de antigas palavras/ Fragmentos de cartas, poemas/
Mentiras, retratos/ Vestígios de estranha civilização ...

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Quando as nossas emoções, alegrias e tristezas passam do tempo, nossos sentimentos humanos ficam acomodados numa cesta do tempo recebendo so...