São impressionantes os erros de comunicação que se criam entre as pessoas e porque não dizer de interpretação. Não temos ainda o poder de sabermos o momento certo de estender a mão ou de recolhê-la quando se faz necessário. De falar e de calar-se. De olhar para dentro do outro e saber do que necessita qual sua urgência maior. Como proceder para minimizar sua dor e acrescentar-lhe o que falta? Obviamente precisamos uns dos outros em vários momentos da nossa vida e daí vale a regra de uma mão lava a outra, porem cria-se circunstancias em que precisamos ficar só, sem mimos, sem o ombro amigo para encostar-mos a cabeça. Queremos ficar só, com nossas angustias, com nossas faltas de respostas. Precisamos respirar. Precisamos apenas de nossa própria companhia. Sem suportes externos. A ajuda se torna imprópria, desagregada. Necessitamos apenas de silencio para o consenso de nossa dor.



Mas,...dia desses, era imperativo que eu falasse com alguém.
Dirigia pelas ruas da cidade, como se não estivesse ali sentado atrás do volante, dividia-me entre os cuidados que se deve ter com o transito violento e as nuvens vagas do meu cérebro sem uma direção linear. Não me sentia presente em mim mesmo, dentro do meu corpo, da minha vida. Necessitava ver alguém mesmo que fosse o vizinho mal humorado do andar de cima, ou um estranho simpático que me emprestasse o ombro para que eu chorasse compulsivamente como uma criança perdida...


*Depois passou este meu estágio de crescimento, onde parece que tudo doi!..mas para melhor...

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