Foi quando eu retornava hoje de noite da escola para casa, que a mulher entrou no ônibus, cabelos longos, soltos, com alguns fios grisalhos e saia comprida que lembrava os hippies dos anos 70. Deveria ter pelo menos uns 56 anos ao meu ver. Passou no corredor, diante da cada passageiro sentado nos bancos, (a maioria jovens retornando da faculdade) e disse com um sorriso largo: _Jesus te ama, alegrem-se que ele vai voltar!
Eu estava com os fones de ouvido curtindo Amy Winehouse, mas consegui escuta-la quando repetiu pra mim e fiquei pensando a quanto tempo não ouvia uma apelação daquelas. Eu nunca acreditei nesta turminha do "Deus é Amor", nunca confiei nos seus excessos de alegria e amor por pessoas que nunca viram. Acho que por traz dessa cordialidade toda, desse amor sem restrições, existe uma doença emocional grave e prestes a explodir, em forma de suicídio em massa e em que busca seguidores.
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