PARA UM AMIGO

Achei este post do dia 14/05/2008 que tanto procurava, e que simplesmente o perdi no meio de outras postagens. Ele foi escrito para um amigo de infância, que sempre encontrava-o nas minhas idas e vindas pelas ruas de Porto Alegre. Depois de um tempo, deixei de encontra-lo e desconfiei que pudesse ter partido. Foi o que realmente aconteceu!



E se eu cair assim como folha amarela e morta da arvore mais alta deste meu mundo, serei arrastado pelo vento forte dos meus outonos. Dos meus muitos saudosos e amados outonos.

Serei lambido deliciosamente pelo vento, para rumos incertos, eu de olhos fechados sobre nuvens brancas, meus braços e pernas estendidas e meu corpo em movimentos circulares, perpendiculares, transversais, atravessará as estações desta vida, ignorando o tempo, rumo ao que acredito ser a liberdade. Então liberto, poderei oferecer minha mão de encontro a tua, firme e densa para onde me quiseres carregar.
De lá faremos poesias, ouviremos ópera, aquela Ópera do Malandro. Beberemos vinho até cair, dançaremos Edith Piaf , até nos esquecerem.:

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Você pode fazer seu comentário clicando sobre o título da postagem onde será direcionado para Conversa Fiada, com espaço para a publicação da sua opinião. Ela será acolhida com atenção e carinho e sempre que possível respondidas.

Postagem em destaque

AS TRES MENINAS

As três meninas eram dos campos da Cecília. Eram três meninas loirinhas cujos cabelos pareciam trigo solto ao vento. Quando seus pais abrira...