JARDIM BOTÂNICO DE CURITIBA.


Eu já achava o Jardim Botânico, daqui de Porto Alegre, sem graça, com grande deficiência de manutenção e com poucos atrativos, anteriormente postado aqui no blog, então quando visitei o de Curitiba no fim de semana passado, tive certeza de que o nosso, mais se parece com um canteirinho desorganizado de fundo de quintal. Mas antes que eu seja interpretado como uma pessoa que não valoriza os atrativos de sua própria cidade, quero dizer antes de prosseguir, que este post serve como um sinalizador, de como é possivel conceber idéias e pô-las em pratica, quando existe ideais e interesses governamentais associados a outras iniciativas púbicas e privadas unidas, com objetivos comuns, como o de valorizar a sua cidade. O Jardim Botânico de Curitiba, é um exemplo deste tipo de parceria e hoje é considerado um dos pontos turisticos mais visitados da cidade paranaense, por sua beleza estética e urbanística, fruto de um trabalho conjunto que provou dar certo. Caminhar por suas alamedas em estilo francês é uma dadiva para quem admira não só a elegância do paisagismo, como também o seu planejamento num objetivo maior que é a conscientização ambiental.


Seu verdadeiro nome, Jardim Botânico Francisca Maria Garfunkel Richbieter, é uma homenagem à uma das pioneiras no trabalho de planejamento urbano da capital paranaense. Inaugurado em 1991, o jardim botânico, contém inúmeros exemplares de plantas brasileiros e de outros países, espalhados por alamedas e estufas de ferro e vidro, cuja a principal delas possui três abóbodas em estilo Art nouveau, inspirada no Palácio de Cristal de Londres, do século XIX. 


A estufa é climatizada e mantém em eu interior, espécies da Floresta Atlântica. Atrás dessa estufa está situado um espaço cultural com a exposição permanente do artista polonês naturalizado brasileiro, Frans Krajcberg. O nome da exposição chama-se "A Revolta" e expressa o sentimento do artista com relação à destruição sem limites provocada pelo homem nas florestas brasileiras. 


São centenas de obras, todas elas feitas a partir de restos de árvores queimadas ou derrubadas de forma ilegal. Outro espaço muito interessante e que desperta curiosidade entre os visitantes, é o Jardim das sensações, inaugurado em 2008, com o objetivo de estimular a intimidade entre as pessoas e a natureza através do tato, olfato e audição.



Se é comum que em áreas verdes de um parque ou jardim, as plantas fiquem isoladas do público para sua natural conservação e apreciação, no jardim das sensações este conceito foi abolido. No passeio, o visitante tem a liberdade de cheirar, ouvir e tocar tudo o que encontrar pela frente, inclusive com a possibilidade de vendar os olhos, experiência que promete aprofundar ainda mais os sentidos.


São cerca dezenas de espécies de plantas instaladas em pequenos canteiros e vasos ao longo de uma pista de concreto de mais ou menos 200 metros para ser percorrida a pé. No final do trajeto. Uma cascata e um conjunto de sinos feitos com bambu movimentados pelo vento reforçam a sensação da audição. A entrada é gratuita e o local é mantido pela prefeitura.
Só para finalizar: Em 2007 o Jardim Botânico de Curitiba, foi o monumento mais votado numa eleição para escolha das Sete Maravilhas do Brasil, promovido pelo site Mapa-Mundi, segundo informação colhida do wikipedia. Mesmo que este dado seja falso, eu seria um dos votantes a escolhe-lo.

MON: O MUSEU OSCAR NIEMEYER.

Entrar no Museu Oscar Niemeyer é como viajar numa nave espacial e estacionar em mundos  absurdamente inexplicáveis e belos, porem emocionalmente reconhecidos em nossas entranhas. Eu me perguntava, pra onde me levaria aquele corredor iluminado? Que novo mundo eu descobria na imensidão daquelas salas?

Talvez aquele imenso olho fosse um veiculo de captação a sensibilidade, aos traços visionários de um mundo particularmente concebido por cada artista a nos instigar silenciosamente. Afinal não é o olho o principal órgão de percepções visuais? Niemeyer foi mais uma vez, um artista visionário ou um iluminado na concepção arquitetônica deste espaço magico por sua forma visualmente futurística, neste imenso labirinto de formas retangulares e sinuosos. O próprio museu por si só já é uma obra de arte.


Uma grande surpresa pra mim, foi ter encontrado entre tantos trabalhos esta gravura de Grace Jones que gosto muito, pelos traços geométricos e elegância de movimento. O mais compensador nesta experiência de estar no museu contemplando seu acervo, é a interação que as obras em exposição nos convida a ter. São momentos de relaxamento apreciando cada detalhe, cada traço, cada pigmentação instigante, que por vezes nos faz também brincar diante de sua surpreendente grandeza.


Alguns trabalhos parecem terem sido arrancados de nosso sub consciente ou de nossos sonhos mais intrínsecos e sombrios e expostos diante de nossos olhos. Fiquei também bastante surpreso com a quantidade de jovens que circulavam pelo saguão do Museu, para conversarem, para dançarem, lerem, namorarem, enfim... Este lugar me pareceu antes de tudo, um polo de atração às necessidades emocionais e intelectuais do ser humano independente de seu interesse consciente pela arte.


Além das salas de exposição, auditório, cafeteria, o museu conta com um grande espaço ao ar livre, onde é possível interagir com a natureza e muitas obras de arte espalhadas ao seu entorno. Na cafeteria, um ambiente acolhedor para um relax e um bate papo (in) formal...


Bar do Alemão.


Visitei neste Domingo o conhecido Bar do Alemão (o Schwarzwald) no Centro histórico de Curitiba, com mais de 25 anos de existência. A casa foi aberta em 1979 e é ponto de encontro obrigatório para quem passeia pela feirinha do Largo da Ordem, aos domingos como referencial histórico da cidade. 
O cardápio é composto por pratos tradicionais da culinária alemã como o eisbein (joelho de porco), petiscos como a carne de onça (carne crua temperada e picada sobre pequenas fatias de pão preto, cebola e tempero verde, sal e azeite de oliva), além de vários tipos de bebidas e chopes. A marca da casa é o Submarino, um caneco de chope branco ou escuro de 500 ml com uma dose de Steinhäger, que vem dentro de uma canequinha de porcelana colecionável. Mesmo perdendo pontos por se tratar de uma visita técnica curricular eu jamais perderia a chance de ter esta experiencia na minha vida.

A menor Avenida do mundo.



A propósito, fica no centro de Curitiba a menor Avenida do mundo que tem o nome de Av. Luiz Xavier em contraponto com a maior, localizada no centro de Buenos Aires e chamada de Rivadávia. A Av. Luiz Xavier, (menor avenida do mundo) tem 150 metros de comprimento e recebeu seu atual nome em homenagem à Luiz Antonio Xavier, primeiro prefeito reeleito da cidade por sua grande popularidade entre os curitibanos e feitos realizados na cidade em sua legislatura. Nesta Avenida também está localizada a cafeteria Avenida no tradicional Edifício Tijucas, no numero 68 - na Boca Maldita, conhecida pela concentração de personalidades sindicalistas, artistas, estudantes e revindicadores políticos- sociais da capital paranaense, uma especie de Esquina Democrática aqui de Porto Alegre . 
Além dos tradicionais cafés, a cafeteria serve doces, salgados, bolos diversos, tortas, pães, pasteis e empadões. A especialidade da casa são os cappucinos quentes e gelados e os cafés. São servidos também chocolates quentes e gelados. A Cafeteria Avenida, tem fama até hoje de ser frequentado somente por homens. Não sei da legitimidade desta informação, mas no ultimo Domingo quando passamos em frente, só haviam clientes masculinos.



A poucos passos de distancia, do outro lado da calçada, fica o prédio do HSBC, antigo Palácio Avenida, onde acontece anualmente as comemorações de Natal pelo coral formado por 160 crianças de instituições sociais que cantam músicas alusivas ao natal nas janelas do Palácio, iluminada por 90.000 lâmpadas, num show de luzes espetacular.


Transporte publico em Curitiba

O transporte publico rodoviário de Curitiba, elogiado por seu tipo de sistema diferenciado no país e que serviu como piloto para outras cidades do mundo, me pareceu a primeira vista muito eficiente, embora seus moradores ainda queixam-se da demora nos deslocamentos em horários de Pico, ocasionado pelo engarrafamento do trafego de veículos nos centros de maior movimentação nos períodos de ida e de volta do trabalho e da escola. O  governo vem estudando a viabilidade da implantação de um metrô na cidade ainda em projeto. E tem mais; ao contrario daqui de Porto Alegre, cujo os terminais com proteção em acrílico foram todos pixados e em seguida destruídos por vândalos, lá estão em perfeitas condições, como se estivessem sido entregues para a cidade a poucos dias. Também não encontrei policiamento ostensivo neste lugares, durante a noite, momento em que os vandalismos são mais propicio.

Por enquanto, o sistema de ônibus de Curitiba inclui diversos tipos de linhas identificadas por cores facilitando a vida dos usuários:

Expressos – são ônibus articulados ou biarticulados, de cor vermelha, que trafegam por corredores de ônibus exclusivos (chamados em Curitiba de “canaletas”) e param nos terminais e estações-tubo. 

Ligeirões – ônibus biarticulados de cor azul, com motores flex que, segundo a Prefeitura, rodam exclusivamente com biocombustível. Também trafegam pelas canaletas. Sua diferença com relação aos expressos é o fato de que param apenas nos terminais e em algumas estações-tubo. Atualmente, existem duas linhas de ligeirões: Ligeirão Boqueirão e Pinheirinho-Carlos Gomes.
Linha direta (ligeirinhos) – ônibus de cor prata, comuns ou articulados, com embarque e desembarque em terminais e estações-tubo. As portas de embarque e desembarque encontram-se no lado esquerdo dos ônibus, para permitir que eles trafeguem na pista da esquerda das ruas, com maior velocidade (daí o apelido).
Troncais e convencionais – ônibus de cor amarela que saem ou passam pelo Centro da Cidade. Podem ser ônibus comuns, articulados ou micro-ônibus. Os troncais ligam o Centro aos terminais dos bairros.
Alimentadores – ônibus de cor laranja, que atendem os terminais de ônibus. Podem ser ônibus comuns, articulados ou micro-ônibus.
Inter bairros – ônibus de cor verde, que ligam diversos bairros da Cidade sem passar pelo Centro. São seis linhas de Inter bairros numeradas. Podem ser comuns ou articulados.
Inter-Hospitais – micro-ônibus de cor branca, que ligam a Estação Rodoferroviária aos principais hospitais da Cidade.
Circular Centro – micro-ônibus de cor branca, que trafegam pelo Centro com tarifa reduzida.
Linha Turismo – ônibus de um ou dois andares, de cor verde-clara, que percorrem os principais pontos turísticos de Curitiba. 
Aeroporto Executivo – micro-ônibus de cor prata, que liga a Estação Rodoferroviária aoAeroporto Afonso Pena, passando pelo Centro da Cidade.
Madrugueiros – ônibus que trafegam pela Cidade à noite, no horário em que os ônibus normais não circulam.
Metropolitanos – ligam Curitiba às demais cidades da Região Metropolitana. Há de diversas cores, como os roxos de São José dos Pinhais, os de cor bege de Almirante Tamandaré e os verdes de Quatro Barras.

Passeio Publico



O Passeio Público é o parque mais central e o primeiro construído em Curitiba, localizado entre as ruas Presidente Carlos Cavalcante, Presidente Faria e Av. João Gualberto, no Centro da cidade. Chama a atenção de quem passa, pela beleza de seu pórtico de entrada inspirado no cemitério de cães na França. 
Inaugurado em 1886 com cerca de 70 mil metros quadrados de mata natural, nas margens do rio Belém. Na época sua iluminação era feita por lampiões alimentados por azeite de peixe.
Foi por algum tempo o Jardim Botânico de Curitiba, o primeiro zoológico e até hoje, possui alguns animais em cativeiro, além de um aquário.
O Passeio Público é um santuário ecológico em pleno centro de Curitiba. Tem lago com ilhas, uma gruta, ponte pênsil, palco flutuante e é cortado pela malha cicloviária da cidade.
Todos os dias, centenas de pessoas passam por ali, mas muitas delas talvez não saibam, que por trás daquele portão, existia no século passado uma área alagada, considerada foco de muitas doenças cuja a solução encontrada foi a construção de um parque, a exemplo de outros que começavam a ser construídos em outras cidades brasileiras, para eliminar os problemas relacionados a saúde pública da época. Sua construção também serviu para agradar a elite curitibana, que residiam em seu entorno e nas áreas centrais da cidade e que mais tarde se deslocou para os bairros mais distantes.

O MAIOR ÀS VEZES NÃO É O MELHOR


Na Sexta Feira à noite fui conhecer com meus colegas de curso, no bairro Santa Felicidade polo da gastronomia curitibana, o famoso restaurante Madalloso conhecido por abrigar 4.645 lugares numa area total de 7.175 metros quadrados, o que lhe rendeu o título de maior restaurante das Américas, entrando para o Guiness Book, o livro oficial dos Records. 


O restaurante chama atenção não só pelo tamanho como pela sua suntuosidade. Com nomes de regiões italianas como; Firenze, Bellagio, Genova, Capri, Milano, Roma, Napoli, Torino, os salões possuem uma capacidade para acomodar de 150 a mais de 1000 pessoas em suas dependências muito bem decoradas.


Porém o cardapio tradicional composto de Polenta Frita, Fígado Frito, Maionese, Radicchio com Bacon, Escarola, Frango à Passarinho, Frango Prensado, Risoto, Lasanha ao Sugo, Lasagna na Manteiga, Gnocchi, Spaguetti, Cannelloni, Rondeli, que foi apresentado, não agradou a mim e a maioria dos meus colegas. Um deles chegou a comentar que fazia um rizoto mais saboroso do que foi apresentado e que o arroz estava muito distante de ser o arbório ou carnaról, que são apropriados para a composição deste prato. Toda a comida parecia faltar algo mais no sabor que faz a diferença  nos permitindo sentir aquele prazer gastronômico que termina num "huumm que delicia!..."


Além disto o conjunto que fazia o show de musicas ao vivo, composto por dois senhores e duas jovens cantoras, eram completamente sem graça quanto desafinados. Não interagiam com os clientes e davam a sensação de que trabalhavam na cozinha e estavam apenas quebrando galho em cima do palco. Ora, mesmo com toda a divulgação e fama atribuída ao Madalloso, a mim particularmente ele não agradou.


feira especial de inverno

Meu colega de curso e eu visitamos neste sábado, a feira Especial de Inverno em Curitiba. são dezenas de barracas montadas na Praça Osório, onde cada uma apresenta a culinária de um país ou de um estado brasileiro. 
A maioria são lanches rápidos que podem ser apreciados por preços bem acessíveis para a grande movimentação de visitantes que circulam pelo local. Ficamos na duvida se experimentávamos alguns petiscos indianos, portugueses ou bolivianos. Decidimos por alguns bolinhos de bacalhau à R$ 3,50  na barraca portuguesa, que nem de longe tinham gosto de bacalhau. Quando comemos o primeiro já sentimos que tinha gosto de peixe comum. Quem aprecia, reconhece de cara o sabor de um bacalhau mesmo não sendo o importado, que é mais caro. Na feira tinha de tudo; empanados indianos, Sushi, Churrasquinhos, acarajé, chocolate suíço, pinhão cozido e até quentão com gemada, que é uma delicia.
A feira acontece todo o ano, na estação mais fria, expondo também peças artesanais como Gorros, casacos, cachecóis, bijuterias, artigos para decoração, entre tantos outros, numa homenagem as etnias que compõe o estado do Paraná.

Retrato 3X4 da Assistência à saúde.

Ontem fui testemunha de uma das cenas mais tristes e deprimentes que lembro-me  ter assistido durante meu trabalho na saúde. Tratava-se do desespero de um pai que na angustia de que seu filho de três meses fosse atendido na emergência de um hospital e que por causa das complexidades burocráticas, levou mais de vinte minutos para que o atendessem. 
A criança estava sendo transferida  por mim na ambulância, vinda de um posto de saúde e recebendo oxigênio. Logo que chegamos na emergência que estava como a maioria delas, habitualmente com a porta fechada, me dirigi ao funcionário da recepção que solicitou o nome do paciente e depois de alguns minutos retornou para pedir o nome do medico do qual havia sido feito o contato e então levou mais de quinze minutos para retornar e explicar-nos que o nome da criança não se encontrava na lista de pacientes que aguardavam para internação. Na verdade ele somente reapareceu para dar esta informação, por que o pai angustiado com a demora do atendimento, começou a bater violentamente na porta da emergência do hospital. Não tendo resposta ou alguém que viesse dar-nos qualquer explicações objetiva, sentou-se no chão e começou a chorar e a implorar que atendessem seu filho. Sua atitude gerou uma comoção entre as outras pessoas que também aguardavam atendimento e assistiam aquela cena penalizados. Seu comportamento embora agressivo, era um apelo desesperado para que seu filho fosse atendido com dignidade e não com o descaso que estava recebendo. Depois da cena lamentável, a porta então se abriu com a presença de um médico, que veio até a ambulância prestimosamente e de voz macia, pedir informações sobre a situação clinica da criança, enquanto o resto da equipe nos observava a distancia e com olhar de reprovação encostados num balcão. Existe um negativo corporativismo assistencial que negligencia a saúde, desrespeitando os direitos do cidadão através de  atitudes impiedosas e de extrema desumanidade.

No segundo grupo.

Alguns tem prazer de pescar o peixe, outros de prepara-lo para comer. Eu me enquadro no segundo grupo e não tenho vergonha de admitir. Não tenho a mesma habilidade com a linha e o anzol, que tenho com os temperos e o fogão e por isto ganhei do Itamar, colega de trabalho, um peixe que ele pescou no rio Negro no Uruguai e havia me prometido a meses. É um peixe grande parecido com uma traíra, que decidi assar no forno sem tirar as escamas e tempera-lo com limão e sal grosso. Pretendo acabar com ele amanhã, antes de viajar para Curitiba, ficará faltando uma taça de vinho tinto.

Partindo novamente.

Novamente estou arrumando a mala para uma nova visita técnica. Desta vez é a cidade de Curitiba, onde ficarei por três dias entre colegas, conhecendo alguns pontos de interesse turístico, base curricular do curso que estou fazendo. 
Curitiba sempre foi nas minhas viagens um ponto de passagem, seja nas conexões aéreas ou em outros momentos cujos os horários eram apertados demais para conhece-la. Amanhã terei a oportunidade de estar na cidade conhecida internacionalmente pelas suas inovações urbanísticas, cuidados com o meio ambiente e de melhor transporte publico do país e que inspirou o Trans-Milênio, sistema de transporte de Bogotá, cuja implantação superou o da propria Curitiba em capacidade de passageiros e velocidade operacional.
Curitiba também tem altos índices de educação, o menor índice de analfabetismo e a melhor qualidade na educação básica entre as capitais.
 Entretanto, é a sexta capital mais violenta do país, além de ser a cidade com o maior custo de vida do Brasil.

Não é facil

Eu estou agora no plantão, preparando o trabalho que terei de apresentar hoje à noite`para os meus colegas de aula. Tenho é que falar sobre Petrópolis a cidade imperial no Rio de Janeiro que eu já visitei nas férias de um verão passado. Escolhi este lugar por ter gostado muito. A cidade é bonita e o clima é daqueles que sopra uma brisa no fim de tarde. Eu acredito que é melhor falar daquilo que nos traz boas lembranças, mesmo não tendo dados técnicos e domínio absoluto sobre o assunto, pois a receita para uma boa apresentação é como se conta a história. 
Depois tive a brilhante ideia de  copiar para o meu Pen drive um video já prontinho do Youtube que eu pensei ser mais dinâmico e atraente, mas percebi que não é muito fácil transformar aqueles códigos de letras, números e sinais gráficos, num vídeo comum. Gastei longos minutos preciosos tentando converter o código que escolhi em vídeo, mas só depois percebi que é uma operação engenhosa para poucos do qual não faço parte. A coisa toda vai ter que ser apresentada no gogo mesmo, acho que dou conta. 

Mais uma historia de terror.

Se ela tivesse somente desferido o tiro contra ele, mesmo percebendo depois que ele estava morto, poderia ter alegado legitima defesa, já que no seu depoimento para a policia, ela contou ter sido agredira por ele com varias bofetadas no rosto, depois que informou pra ele que sabia e tinha provas das suas traições por que havia contratado um detetive para segui-lo. Seu erro maior foi te-lo esquartejado depois, na tentativa de ocultar o cadáver. Nossa, isto tudo me parece uma história de terror e eu fico pensando que o medo, a humilhação e a raiva, procuram saídas aparentemente fáceis para esconder suas complexidades e fugir dos meios legais.

Branca de Neve e o caçador.

Acabo de retornar do cinema a poucos minutos atras com o meu filho; Fomos assistir "Branca de Neve e o Caçador". Bom, o filme é tudo o que eu esperava que fosse, mas com alguns efeitos especiais e algumas poucas cenas diferentes do que se conhece do conto de fadas original: No mais, traição, domínio do reino por uma rainha má com poderes sobrenaturais, magias, anões bondosos, fadas, luta para reconquistar o bem que acaba vencendo o mal, a descoberta de um amor que fica implícito e tudo termina na esperada coroação da princesa herdeira do trono com brados de "Salve a Rainha". Sabe de uma coisa, tem momentos em que precisamos do obvio para descontrairmos.

Tubuna

Hoje de manhã, quando fui ao supermercado, vi um senhor gordo e careca sentado num banquinho de madeira, na calçada, que me fez lembrar do Tubuna. Tubuna era o apelido de um vizinho chamado Julio e que também vivia sentado num banco de madeira na calçada, conversando com a gurizada da rua onde eu morava. Ele tinha uma personalidade sarcástica e também um péssimo humor. Criava competitividade entre os guris e parecia ter um certo prazer particular de vê-los brigar entre si, por motivos aparentemente absurdos e sem razão. Um dia confessou, que a provocação que produzia era um exercício de masculinidade do qual queria nos ensinar. Eu não acreditava nele e pensava que sua maldade ia além do que podíamos entender na nossa idade, também não entendia que poder ele exercia sobre aquela gurizada que se mantinha a sua volta, ouvindo as barbáries que falava sobre a vida e as pessoas em geral, com tanta amargura. Sua imensa barriga arfava nas poucas vezes que ria e seus olhos era de um azul claro e de uma expressão subjetiva. A pele era muita branca e sardenta e os cabelos grisalhos e ralos. Quando ele morreu de infarto, eu fui a o dicionario para saber o que significava o seu apelido, que antes eu não sentia nenhuma curiosidade de saber. Eu pensava que tinha alguma coisa haver com sua gordura e isso me bastava, mas era o nome de uma especie de abelha muita agressiva que constrói seu ninho nos ocos das arvores que encontra.

Madame Satã em Cuba?

Quando eu vi este figuraça passeando pelas ruas do centro histórico de Havana, pensei com meus botões; este país não é tão rígido como parece ser, ao menos ninguém desviava o rosto em sua direção com surpresa, ou demostrava preocupação com a sua presença diferente das demais. Por alguma razão ele me lembrou madame Satã, andando pelas ruas estreitas da Lapa aqui no Brasil. Eu não sei por que fiz esta relação.

Mais um patrimônio destruído em Viamão.

Foi com grande tristeza que li hoje, no blog de Fernanda Blaya Figueró, conhecida poetisa, moradora e cidadã de Viamão que defende a cultura e se preocupa como eu, com a identidade e com o patrimônio não só da velha capital, mas de qualquer outra cidade, que mais uma casa centenária foi destruída, para uma possível nova construção em seu lugar. A casa possivelmente de construção açoriana ou portuguesa localizada em frente da Prefeitura Municipal, teve sua faxada destruída por não haver dispositivos legais que impedisse o ato de desrespeito com a história da cidade. A foto possivelmente batida pela própria Fernanda e que copiei de seu blog sem sua autorização, serve como registro e denuncia de um ato que considero uma violência contra a identidade e historia da cidade.

Não tenho nada para falar diante disto


Fidelidade regional.

Ouvi ontem pela milionésima vez, uma observação sobre Elis, que não gosto de ouvir pelo simples fato de  acreditar que isso possivelmente seja um mau entendido, ou seja: Aquelas observações mal interpretadas e que condenam atitudes pro resto da vida e principalmente vinda de Elis, sabidamente de personalidade intempestiva como era. Como pode alguém simplesmente desqualifica-la como uma das  maiores cantoras do nosso tempo, por achar que um dia ela renegou a sua origem gaucha? A mulher ainda repetiu debochadamente uma frase dita pela cantora: _Eu saí do Rio Grande do Sul para cantar, não para abrir um C.T.G!
Os meus conterrâneos gaúchos, me parecem por vezes tão exigentes e rancorosos com seus artistas e celebridades que saíram daqui, para fazerem seu nome lá fora e tornarem-se reconhecidos não apenas no âmbito regional, mas nacional e internacional, cujo o talento não possui fronteiras. Esta fidelidade e reconhecimento de caráter regionalista à toda prova e que obriga as pessoas provarem seu orgulho pela terra onde nasceram, eu acho um tanto escravagista e repressor, afinal ninguém é obrigado a amar aos hábitos e a  terra onde nasceu, não é mesmo?
Outra exigência e prova de amor incondicional a terra natal, foi jogada sobre os ombros de Ronaldinho gaúcho que ao sair do Milan, escolheu o Flamengo para jogar e não o time gaúcho que o revelou para o mundo. Hoje ele é visto como "Persona non grata" por aqui, como aconteceu com Elis.
No show de 240 anos de Porto Alegre, a cantora Lourdes Rodrigues declarou publicamente, que seu amigo Lupicínio Rodrigues lhe pediu certa vez, que nunca saísse do Rio Grande do Sul, que se mantivesse fiel a sua terra de origem. Vocês acreditam nisto, já que esta fidelidade regional é um ponto desfavorável no que se refere ao mercado competitivo que ainda se mantem centralizado.. Eta pedido difícil!

Acorda vem ver a Lua...

Eu gostaria de um milagre: Ter nascido com o dom de cantar, com afinação, ritmo, presença de palco, bom gosto nos repertórios, já completo e sem a necessidade de ter que passar por aulas de canto junto aos grandes mestres. Aprenderia somente com os ouvidos as notas musicais, o tom adequado, o tempo certo de cada frase no espaço certo para entrar e sair, mas não fui abençoado com isto e acho que até mesmo os grandes cantores precisam estudar para qualificar cada vez mais o seu instrumento de trabalho.
Tenho ouvida muita musica quando estou na minha casa, dentro do ônibus, ou na fila do supermercado;  Percebi que com ela a vida se apresenta com mais cor, mais alegria ou tristeza, mais intensidade e tenho a sensação de que sou nestes momentos mais observador do que participante das agitações que o cotidiano nos obriga a fazer parte. Também me especializaria em musicas eruditas, que são as mais bonitas e as que mais me emocionam quando ouço, embora tenha o gosto bastante eclético.
Encontrei esta versão de Melodia sentimental de Heitor Villa Lobos para a mini-serie "Hoje é Dia de Maria" interpretada por Rodrigo Santoro e Letícia Sabatella que foi uma das mini-séries mais poéticas já apresentadas pela Rede Globo.

O azul e o numero seis me perseguem

Minha casa transformou-se nos últimos meses num verdadeiro acampamento. Não consigo tempo para organiza-la, e isto por vezes me incomoda, mas não o suficiente para dar um ponto final. Entre o amontoado de roupas e a bagunça de objetos que vou tentando ajeitar na medida do possível, para que a montanha não cresça e caia por cima de mim, percebi a incidência do azul na minha vida, embora eu tenha uma quedinha secreta pelo vermelho.
O azul incide na minha vida da mesma forma que o numero 6. É o 614, o 627, o 166, o 96, o 600, números que de alguma forma fazem parte do meu cotidiano e me pertencem sem que eu os escolhesse. Claro, eles não interferem conscientemente na minha vida, não me dão poderes que me transforme num iluminado, convivem comigo passivamente como convém aos objetos
Ah, vocês vão dizer que não é bem assim, que  tudo faz parte de uma coincidência, mas ainda assim vou me manter na duvida, por que nós seres humanos temos uma tendencia para mistificar tudo, penalizar o sobrenatural, complicar o que é simples por que o obvio não nos basta mais. Achar que tudo possui uma razão mais profunda e subjetiva de ser.


Semana passada, ganhei esta pedra, que eu tinha de apanha-la dentro de um saco de pano e com os  olhos fechados para dar sorte. Depois, uma caixa do Dolce Gabbana, o que tenho de concluir que o azul assim como o numero 6,  tem me perseguido ainda mais nesta ultima semana, ou será que é noia?

Com a cara do Simpson.

O cara errou o meu corte de cabelo e eu senti que iria dar nisto já nos primeiros minutos que começou a corta-lo e a conversar com o seu colega do lado. Não prestava atenção no que estava fazendo. Eu disse pra ele: _Quero batido dos lados, mas que não fique marcado e com aspecto de corte militar. Mas ele parecia não dar a minima para o que eu falava e continuava mais absolvido na conversa, do que no seu trabalho. Apertava a maquina contra a minha cabeça como se as laminas estivessem cegas, parecendo forçar o corte. 
Bom, eu sai da cadeira ainda com os cabelos umedecido de gel e somente quando cheguei em casa é que percebi estar com a cabeça excessivamente quadrada e marcada, parecendo um daqueles personagens da familia Simpson. Não sei em que momento meu sexto sentido começou a me cochichar no ouvido que iria sair merda e saiu. Se eu pudesse reverteria o tempo para evitar o estrago deste f.d.p. Tenho vontade de retornar até lá, como na figura aí de baixo!

Por que um serial killer mata:

Depois da mostra sobre etnias que participei na escola, eu e uma amiga resolvemos na volta para casa, pararmos em algum lugar para bebermos uma cerveja e conversarmos um pouco, desopilar. Escolhemos no meio do caminho, uma dessas lanchonetes ampliadas por um tipo de toldo estendido para proteção contra a chuva. O lugar era frequentado por jovens estudantes universsitarios e estava com poucos clientes que também bebiam e conversavam alto. Havia entre eles, uma jovem completamente embriagada que dava seu pequeno show, atropelando mesas e lançando gritos histéricos sem que se entendesse a razão, a não ser a própria embriagues. Estava completamente sem noção de ridículo, além dos gritos, mal parava de pé, falava aos berros com uma voz melosa e ao mesmo tempo estridente de rasgar tímpanos e tirar qualquer um do sério. Eu não sei se já não era implicância minha, mas tinha a impressão que sua longa cabeleira saia do meio da testa. Comentamos entre nós baixinho, (eu e minha amiga), enquanto assistíamos aquela cena deprimente, que se tivesse algum serial killer por ali, era possível que a esfaqueasse, somente para que calasse a boca, mas não tinha, estava em falta.

A paella de Antônio Bandeiras.

Estou vindo da aula agora ou melhor dizendo; de uma mostra realizada hoje à noite, da cadeira de Manifestação da Cultura Popular, cujo o grupo em que participei, foram (Raquel e Paula). Coube-nos a incumbência de falar sobre a influencia da etnia espanhola no continente latino americano. Meu Deus, o tempo é meu inimigo, quase não consegui preparar nada para falar à respeito, a não ser pequenas informações já existentes no meu acervo mental, como as influencias gastronômicas e um pouquinho de arte musical em pequenas pinceladas de amador. 
A salvação da minha lavoura, talvez tenha sido a paella valenciana que  preparei na madrugada da noite anterior e levei para a amostra. Meu truque guardado na manga, já que tenho alguma facilidade em mexer com a culinária.
A receita da paella quem deu foi Antonio Bandeiras, quando esteve no programa "Mais você", da Ana Maria Braga, para o lançamento de seu ultimo filme a "Pele Que habito". O ator foi para a cozinha com a apresentadora, ensinando como se faz uma paella ao seu estilo. Tá tudo gravado no site do programa, foi só prestar atenção e seguir passo à passo.

Esvaziar, repensar, preencher,...

Esvaziar, repensar, preencher com ideias novas mas não encontra-las. Não encontra-la?.. Não, acho que nem era isto, era apenas localizar um ponto de conforto, assim foi o meu plantão de 12 horas ontem, ouvindo algumas musicas de Vila Lobos na Voz de Mônica Salamaso, entre um socorro e outro que eu fazia. O dia estava abafado, numa promessa de chuva que não chegou a cair durante o dia; As nuvens se preparavam, se faziam escuras e nada da água cair. Estou certo de que o clima, a presão atmosférica tem alguma influencia no nosso estado emocional, no nosso humor, na nossa paciência e na aceitação de situações que carecem de mudanças mas provam que são imutáveis. De noite na aula, tudo parecia igual, as pessoas se mostravam desconfortadas, reticentes, resignadas, procurando o mesmo ponto de conforto mesmo que por motivos diferentes. Acho que na maioria das vezes vivemos assim, tentando procurar este ponto, sem retoma-lo e fingindo que estamos a vontade. Tem uma frase na musica da Marina que diz o seguinte: Talvez o fim não seja nada e a estrada seja tudo!.. Acho que estou precisando de algumas estradas.

Cruzando com o Adônis, anos depois.

Cruzei hoje na rua com um colega de escola, que eu não via a muito tempo, acho que desde a época do ginasial. Eu também não lembro mais do nome dele, mas sei que chamava muito a atenção das pessoas,  por sua beleza incomum e postura educada. Ele também não se deu por conta de quem era eu quando cruzou por mim, que bom, talvez isto evitasse constrangimentos das duas partes.
A minha maior surpresa ao vê-lo caminhando pela calçada, foi sua magreza e envelhecimento, a enorme  mudança que sofreu, transformando-o fisicamente numa outra pessoa que lembrava vagamente o que foi na sua juventude. O olhar sem brilho e a pele mais escura e opaca, dava a impressão de estar doente, ou de quem fazia algum tratamento quimioterápico ou hemodialise. A roupa que vestia, bastante surrada dava a impressão de um certo desleixo ou de estar vivendo serias dificuldades financeiras. 
Eu fiquei pensando depois, o que me fez reconhece-lo, já que ao primeiro golpe de vista, me parecia tão diferente da pessoa que conheci e então percebi que era o cabelo preto e liso jogado displicentemente para traz da nuca, o mesmo tipo de corte que usava no auge  de sua juventude, cheia de cuidados. Conclui com isso que não só ele, mas todos nós também de alguma forma, mantemos algumas particularidades físicas e comportamentais que se tornam atemporais em nossas vidas e que servem de referencia ao que fomos e que só se acabam depois de não existimos mais. 
Inacreditavelmente ao contrario de muitos homens, que perdem os cabelos, o dele se mantinha intacto como nos velhos tempos em que se parecia um Adônis, brilhoso e bem tratado. Talvez o cabelo fosse sua referencia, seu registro. Fiquei pensando também que o tempo, do qual é impossível das pessoas escaparem, a não ser que morram antes, pode se tornar um inimigo ou um aliado contemporizador e isto vai depender dos débitos e créditos que vão sendo acumulados no decorrer da vida, para evitar ou diminuir alguns aspectos degradativos. Vê-lo inesperadamente daquela maneira, me fez esvaziar alguns sentimentos secretos e preencher outros.

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