Dois.

Observar esta chuva caindo me transforma em dois: Um que fica introspectivo, buscando poesia em detalhes naturais ou camuflados desta vida e o outro. Bom o outro é absorvido pela ansiedade que prende seu corpo entre quatro paredes, deixando-o tão limitado quanto as gotas de chuva que caem e espatifam-se no asfalto. Qual liberdade estes dois buscam, a da alma ou a do corpo? 
Não seria tudo uma coisa só, ou apenas conceitos modificados pelos jogos de palavras? Introspecção e ansiedade não vem da mesma caverna subterrânea?
Ah essa chuva fina que se arrasta pela manhã!.. E ainda este vento frio que assobia pelas arestas...

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