Eu ainda estou de férias e como devo ter dito em alguma pagina deste blog, foi algo inesperado, por que não tenho nenhuma lembrança de ter solicitado ferias neste período, uma vez que sempre me organizo com alguma viagem que preencha estes dias de afastamento do trabalho, não me deixando com cara de cachorro que caiu do caminhão da mudança e fica olhando pros lados e se perguntando: _E agora o que é que eu vou fazer?..
Se foi por puro esquecimento ou desorganização, eu não sei, não lembro; A verdade é que a viagem saiu antes, era pegar ou largar, (de 08 à 12 de Outubro, quando fui ao Uruguai, antes das férias de fato acontecer), deixando-me no retorno ao Brasil sem dinheiro.
Diante deste situação, por enquanto irrevogável, eu decidi realizar alguns programas dentro da cidade, que dispensasse grandes custos, ou que não tivesse nenhum e assim elaborar, quem sabe mais tarde, um post neste Diário de Bordo: "O que fazer nas férias quando se está liso, sem chorar pelo leite derramado".
Então, a minha primeira escolha foi:
-O Jardim Botânico de Poa, por ficar perto da minha casa, dando para ir à pé.
-Por ter sido inaugurado a os porto-alegrenses em 10 de Setembro de 1958, quatro meses depois de eu ter nascido.
-Por que fazia muito tempo que não o visitava.
Devo dizer com certa decepção, que pouca coisa mudou por lá: Continua com mesma manutenção precária nas áreas de convivência ao público, a flora sem ou com pouquíssimas placas de identificação, algumas inclusive caídas ao longo dos passeios, grama por aparar, o lago com a ponte de madeira cheio de galho secos, o que eu não acredito que seja para causar ambientação ao lugar e algumas folhagens notoriamente murchas por falta de irrigação adequada.
Eu penso que Jardim Botânico, é muito mais do que um espaço para se fazer caminhadas, ou sentar debaixo de uma arvores para aproveitar a sombra, mas um lugar de cunho também cultural, com plantas que pelo menos deveriam estar catalogadas, com nomes populares e científicos, gêneros, famílias e etc.,etc, mas nada disto encontrei. Havia alguns professores com grupo de alunos barulhentos, que eu até pensei em puxar assunto à respeito, mas desisti. Não precisa ser um especialista para se perceber o desleixo e a falta de cuidados, apenas um pouco mais de atenção. Existem inclusive obras inacabadas e abandonadas dentro da área que nunca foram mexidas desde da ultima vez que o visitei, assim como a estufa que antes era cheia de exemplares e agora exibe um numero limitado de plantas de se contar nos dedos.
O que me pareceu estar em melhores condições foi a área restrita a o prédio administrativo com os arbusto e a grama aparados e o Museu de Ciências Naturais, que exibe em suas vitrines as espécies nativas do Rio Grande do Sul, tanto da flora, quanto da fauna, organizados em sequencia evolutiva de vegetais e animais atuais e paleontológicas.
O ambiente é bem iluminado e organizado, mas faltam funcionários dispostos a dar alguma orientação e informações sobre o local e o que está exposto. Nenhum fôlder foi oferecido e para assinar o livro de presença, tive de tomar a iniciativa. Nesta sala o que me chamou a atenção foi a enorme colmeia de vespas encontrada em Linha Bonita, com dimensões de (1,50 metros X 2,00 metros X 0,84 metros), doada pela Prefeitura de Gramado e estratégica mente pendurada no teto do museu.
Ainda em seu espaço físico, a poucos metros da área administrativa, o Jardim Botânico conta com um anfiteatro que eu não entendi bem sua estrutura arquitetônica, me parecendo uma cerca de madeira sobre uma plataforma de concreto e sem nenhuma cobertura. A placa que informa que aquele espaço é um anfiteatro está coberta por mato. Será que é feito alguma palestra ou peça teatral no local e se inventa de chover? Não encontrei ninguém que me desse informações de quais eventos acontece ali. Em casa entrei nos sites: Jardim Botânico e o Blog zoobotânica que são mais precisos sobre o funcionamento e programas informativos e educacionais, o que não acontece no local. Por sinal com exceção dos vigilantes na portaria uniformizados, não encontrei outros funcionários com qualquer identificação visível para dar informações. A lancheria, que passei à distancia com cadeiras de plástico num espaço aberto é separada dos funcionários que atendem através de uma grade, parecendo uma cela.
Para finalizar, o espetáculo ficou por conta de um pequeno lagarto que encontrei pelo caminho sem a menor timidez com a minha presença, alguns pássaros que faziam algazarra sobre as arvores e pequenas esculturas em arvores e raízes provocadas pela ação da natureza.
Apesar de ser considerado um dos cinco maiores do pais, por sua diversidade de coleções, o Jardim Botânico de Porto Alegre, merece mais atenção das autoridades governamentais, no que se refere a sua manutenção, preservação e prestação de serviço local. Fiquei lá cerca de três horas e sai pensando o quanto estes ambientes de cunho cultural e científico, são esquecidos por talvez não trazerem lucros imediatos e vultuosos aos cofres públicos e ficam sobrevivendo como fantasmas esquecidos.
Endereço: Rua Dr. Salvador França, 1427 - bairro Jardim Botânico
Porto Alegre, RS, BR - CEP: 90.690-000.
Aberto à visitação de terças à domingos.
horário: Das 08:00 ás 17:00 horas.
Então, a minha primeira escolha foi:
-O Jardim Botânico de Poa, por ficar perto da minha casa, dando para ir à pé.
-Por ter sido inaugurado a os porto-alegrenses em 10 de Setembro de 1958, quatro meses depois de eu ter nascido.
-Por que fazia muito tempo que não o visitava.
Devo dizer com certa decepção, que pouca coisa mudou por lá: Continua com mesma manutenção precária nas áreas de convivência ao público, a flora sem ou com pouquíssimas placas de identificação, algumas inclusive caídas ao longo dos passeios, grama por aparar, o lago com a ponte de madeira cheio de galho secos, o que eu não acredito que seja para causar ambientação ao lugar e algumas folhagens notoriamente murchas por falta de irrigação adequada.
Eu penso que Jardim Botânico, é muito mais do que um espaço para se fazer caminhadas, ou sentar debaixo de uma arvores para aproveitar a sombra, mas um lugar de cunho também cultural, com plantas que pelo menos deveriam estar catalogadas, com nomes populares e científicos, gêneros, famílias e etc.,etc, mas nada disto encontrei. Havia alguns professores com grupo de alunos barulhentos, que eu até pensei em puxar assunto à respeito, mas desisti. Não precisa ser um especialista para se perceber o desleixo e a falta de cuidados, apenas um pouco mais de atenção. Existem inclusive obras inacabadas e abandonadas dentro da área que nunca foram mexidas desde da ultima vez que o visitei, assim como a estufa que antes era cheia de exemplares e agora exibe um numero limitado de plantas de se contar nos dedos.
O que me pareceu estar em melhores condições foi a área restrita a o prédio administrativo com os arbusto e a grama aparados e o Museu de Ciências Naturais, que exibe em suas vitrines as espécies nativas do Rio Grande do Sul, tanto da flora, quanto da fauna, organizados em sequencia evolutiva de vegetais e animais atuais e paleontológicas.
O ambiente é bem iluminado e organizado, mas faltam funcionários dispostos a dar alguma orientação e informações sobre o local e o que está exposto. Nenhum fôlder foi oferecido e para assinar o livro de presença, tive de tomar a iniciativa. Nesta sala o que me chamou a atenção foi a enorme colmeia de vespas encontrada em Linha Bonita, com dimensões de (1,50 metros X 2,00 metros X 0,84 metros), doada pela Prefeitura de Gramado e estratégica mente pendurada no teto do museu.
Ainda em seu espaço físico, a poucos metros da área administrativa, o Jardim Botânico conta com um anfiteatro que eu não entendi bem sua estrutura arquitetônica, me parecendo uma cerca de madeira sobre uma plataforma de concreto e sem nenhuma cobertura. A placa que informa que aquele espaço é um anfiteatro está coberta por mato. Será que é feito alguma palestra ou peça teatral no local e se inventa de chover? Não encontrei ninguém que me desse informações de quais eventos acontece ali. Em casa entrei nos sites: Jardim Botânico e o Blog zoobotânica que são mais precisos sobre o funcionamento e programas informativos e educacionais, o que não acontece no local. Por sinal com exceção dos vigilantes na portaria uniformizados, não encontrei outros funcionários com qualquer identificação visível para dar informações. A lancheria, que passei à distancia com cadeiras de plástico num espaço aberto é separada dos funcionários que atendem através de uma grade, parecendo uma cela.
Para finalizar, o espetáculo ficou por conta de um pequeno lagarto que encontrei pelo caminho sem a menor timidez com a minha presença, alguns pássaros que faziam algazarra sobre as arvores e pequenas esculturas em arvores e raízes provocadas pela ação da natureza.
Apesar de ser considerado um dos cinco maiores do pais, por sua diversidade de coleções, o Jardim Botânico de Porto Alegre, merece mais atenção das autoridades governamentais, no que se refere a sua manutenção, preservação e prestação de serviço local. Fiquei lá cerca de três horas e sai pensando o quanto estes ambientes de cunho cultural e científico, são esquecidos por talvez não trazerem lucros imediatos e vultuosos aos cofres públicos e ficam sobrevivendo como fantasmas esquecidos.
Endereço: Rua Dr. Salvador França, 1427 - bairro Jardim Botânico
Porto Alegre, RS, BR - CEP: 90.690-000.
Aberto à visitação de terças à domingos.
horário: Das 08:00 ás 17:00 horas.
Ingresso: R$ 2,00
Carros não estão cobertos por seguro mesmo nas dependências do patio.
Carros não estão cobertos por seguro mesmo nas dependências do patio.
Em Curitiba é quase que obrigatório conhecer o Jardim Botânico, limpo, bem preservado e organizado. Lamento por Porto Alegre, estamos começando a perder feio para o resto do país, as vezes me arrependo de ter voltado para cá, infelizmente.
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