Ainda neste processo sumario de economia forçada que estou vivendo, depois te ter retornado da Europa, no Domingo à tarde, fui conhecer algumas ilhas que circunvizinham Porto Alegre. O passeio foi de barco, o Noiva do Caí e propiciou a contemplação por um ângulo diferente do que eu costuma ter da cidade, além da sensação real e diferente de estar flutuando sobre a água. O dia não era dos mais ensolarados, a água estava escura e portanto, comprometendo de (certa forma) as fotos aqui postadas. Mas valeu. Sempre vale a pena sair da rotina de Domingo, em busca de novidades.
Existem pelo menos umas cinco empresas de navegação que possuem a concessão junto a Prefeitura ,para realizarem os passeios, mas coloquei aqui no blog somente as que tive acesso à informações diretamente (no local) ou via Internet. São elas: Cisne Branco, Barco Porto Alegre 10 e Noiva do Caí. Informações: AQUI!
Os pacotes oferecidos pelas empresas citadas, são quase os mesmos, porem, se diferenciam em alguns horários, possivelmente para possibilitarem os embarque sem congestionamentos, uma vez que a Usina do Gasômetro, é o ponto de maior tráfego, o outro é o Cais do Porto, utilizado pelo conhecido Cisne Branco. Quanto aos preços, embora a moça que me vendeu o bilhete, tenha informado que os valores eram uniformes, tinham diferença sim.
O cisne Branco informou o valor de R$ 18,00 enquanto que o Noiva do Caí cobrou R$ 15,00 e o Barco Porto Alegre 10, não tive acesso à informação. Escolhi sair as 15 h 30 min, por ser um horário distante do almoço e também por não correr o risco de retornar quase noite, a temperatura nesta estação, cai muito e também estava nublado. A duração foi de 1 hora.
O cisne Branco informou o valor de R$ 18,00 enquanto que o Noiva do Caí cobrou R$ 15,00 e o Barco Porto Alegre 10, não tive acesso à informação. Escolhi sair as 15 h 30 min, por ser um horário distante do almoço e também por não correr o risco de retornar quase noite, a temperatura nesta estação, cai muito e também estava nublado. A duração foi de 1 hora.
O barco saiu as 15 h 35 min., com cerca de 40 passageiros e se distanciou da Usina do Gasômetro, pelo leito do Guaiba, até as proximidades do estaleiro, local com alguns barcos e navios velhos ancorados, outros semi- naufragados; A partir daí o leito vai se estreitando, formando um canal com profundidade de 9 à 10 metros, conforme informou a tripulação.
Costeando a Ilha da Pintada, depois de passar ao lado de alguns barracos, a Casa dos Pescadores e barquinhos coloridos, se enxerga à distância, a ponte sobre a BR 290, que liga Porto Alegre à Eldorado do Sul, e é mais ou menos neste ponto que o panorama começa a modificar-se. É possível ver e se espantar com a quantidade de mansões estabelecidas nas margens do rio.
São quase três quilômetros de casas imponentes, de muros altos, com piers e piscinas. A gente passa e alguns moradores abanam. Nos fundos delas, do outro lado da rua, observa-se casas simples, sem pintura, feitas com sobras de madeiras, denunciando miséria e o impacto das diferenças. As mansões foram construídas de frente para o rio, dando as costas impiedosamente para as casas humildes e se isolando da pobreza.
São quase três quilômetros de casas imponentes, de muros altos, com piers e piscinas. A gente passa e alguns moradores abanam. Nos fundos delas, do outro lado da rua, observa-se casas simples, sem pintura, feitas com sobras de madeiras, denunciando miséria e o impacto das diferenças. As mansões foram construídas de frente para o rio, dando as costas impiedosamente para as casas humildes e se isolando da pobreza.
A Ilha da Pintada faz parte do Parque Estadual Delta do Jacuí, criado em 1976, é uma colônia de pescadores com o maior numero de habitantes daquele complexo de ilhas, (algumas desabitadas) e que ainda tentam sobreviver da pesca e do artesanato local, confeccionado à partir de escamas de peixes. Ano passado se bem me lembro, alguns moradores foram obrigados a evacuarem de suas casas, em função de uma enchente no mês de Setembro, conforme noticiou o Jornal ZH. da época.
Na outra margem, a Ilha das Flores conhecida internacionalmente, através do curta metragem premiado de Jorge Furtado em 1989, exibindo o mesmo panorama de casas sofisticadas, porem em menor numero. Havia inclusive algumas novas construções sendo erguidas.
A partir deste novo ponto, o barco fez manobras de retorno, entrando no Canal Maria da Conga, onde pilotos de jet esquis, se exibiam em volta do barco, com manobras radicais. A maioria eram homens de meia idade e desconfiei que pudessem ser moradores afortunados das ilhas. O barco não para em nenhum momento e as informações como profundidade da água, localização e pontos turísticos, são dados pelo capitão, na cabine, através de auto falantes distribuídos no convés.
Depois, passamos ao lado da Ilha do Castelinho, visto à distância e que já foi utilizado para guardar pólvora no passado, em seguida a Ilha do Chico Inglês, que dizem ter recebido esse nome porque viveu ali um homem chamado Francisco que era português, mas fazia negócios com os ingleses, o povo não vendo com bons olhos aquilo, resolveu apelidá-lo de Chico Inglês.
Retornar do passeio me pareceu mais bonito que a ida e esta sensação se deve, a projeção diferente que se tem de dentro do barco, quando nas proximidades da cidade, de uma certa distância. É possível admirar os armazéns e suas portas coloridos do Cais do Porto, as torres brancas da Igreja das Dores e a Usina do Gasômetro.
Além de toda a beleza guardada por traz de muros que isolam o rio da cidade, redescobrir uma Porto Alegre diferente, que eu não lembrava mais desde os tempos saudosos da infância, foi uma experiencia emocionante.
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