Eram três furinhos no peito como pequenos botões de rosas avermelhados nas bordas. Deles não escorriam nenhuma gota de sangue, como se o corpo não tivesse sangue e fosse apenas um tórax maciço de cera numa pele de cor amorenada.
Ele estava deitado no pátio baldio, de corpo encolhido, quase invisível no meio da grama alta, gemendo feito bicho acuado que tentou fuga mas não conseguiu por falta de força e dor que queimava.
Os gritos de desespero, só vieram depois da constatação de ter sido encontrado, resgatado, recolhido. O outro observava-o de algum ponto que não víamos.
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