Um problema de todos!

Ontem, quando fui atender uma jovem adolescente de 12 anos que convulcionou numa escola da Lomba do Pinheiro, lembrei do caso do empresário agredido no super mercado por chamar a atenção de um homem que estacionava o carro na vaga de cadeirantes. Bom, uma história não tem nada a ver com a outra, são historias diferentes!.. Mas fiz a relação por perceber que mesmo vivendo em dias de discussões e debates na mídia em geral e também vivenciadas pelo personagem Luciana, nas cenas da novela das nove, e que acredito que a maioria das pessoas assistem, os hábitos da sociedade pouco mudaram com relação aos portadores de deficiencias. A começar por órgãos públicos, escolas e postos de saúde fora do eixo central da cidade que são em maior numero e não possuem entrada acessível para uma cadeira de rodas ou mesmo uma maca para a realização de um socorro adequado. No meu entender isto é inaceitavel! No mesmo dia, Durante à tarde, fui atender um outro jovem acometido de traumatismo craniano por ter sido empurrado por um colega num barranco de mais de dois metros, surpreendi-me com o mesmo problema de acesso para resgata-lo com segurança, além de veículos estacionados na entrada da escola, obstruindo a passagem da maca.
Eu me pergunto, como é possível estimular alguma mudança de atitudes nas pessoas, se os próprios estabelecimentos públicos de ensino e de saúde básica que deveriam servir de exemplo não possibilitam, ou se adequam as necessidades de seus usuários. A instalação de rampas de acesso é uma opção que deveria virar lei surpervisionada por favorecer não só aos cadeirantes e portadores de outras deficiências, mas a qualquer pessoa que sofra um acidente e necessite ser resgatado com segurança. Antes de pensar-mos que a construção destas rampas favoreçam apenas uma minoria, devemos lembrar-mos que ela se estende a todos as pessoas na eminencia de um socorro quando necessário. Uma lei mesmo existindo no papel, não serve para nada, quando não é cobrada e estimulada a sua execução.

Os pastéis mais gostosos



Hoje quando passei na frente do balcão da padaria, aqui perto de casa, lembrei dos pasteis que comia nas férias, quando eu ia para Camboriú veranear. E era Camboriú mesmo, cidade pequena, calma e com grande concentração de evangélicos desfilando com bíblias debaixo do braço, muitas vezes confundida com Balneário Camboriú. Ficávamos, eu e a família, na casa de parentes e durante o dia pegávamos o carro e passeávamos pelas praias menos movimentadas e badaladas que o Balneário de Camboriú, que não gostávamos pelo excesso de gente e a areia cinza e úmida debaixo dos pés. Nossas preferidas eram, a Praia dos Amores onde havia saltos de paragliders e Cabeçudas, esta ultima no município de Itajaí que é uma pequena praia com árvores frondosas que estendiam suas sombras sobre areia e do qual podia-se avistar uma pequena igreja no alto do morro que nunca visitei. Numa das vezes que estive em Bombinhas, levei um amigo, o David, até lá para conhece-la e então deslumbrados com a possibilidade de deitar na areia sem utilizar guarda-sol, terminamos pegando no sono ali mesmo, debaixo daquela sombra maravilhosa. Mas voltando aos pastéis de Camboriú, eram simplesmente espetaculares no sabor e no tamanho, que substituíam uma janta e eram fritos na hora e vendidos pelo absurdo preço de cinquenta centavos, enquanto que em outros lugares pastéis do mesmo tamanho eram vendidos à um real e cinquenta ou dois reais. Esta pastelaria era o point de uma cidadezinha de pouco movimento e agrupava todos os jovens da cidade nos fins de semana. O refrigerante era vendido em litrão e assim fazíamos a festa. Alguns anos depois, quando retornei à esta cidade, a pastelaria já havia fechado acerca de dois anos. Deve ter quebrado pela falta de lucro, uma pena! E acho, que nunca mais encontrei pastéis tão gostosos quanto aqueles.

Acordos

Semana passada encontrei Iara, uma ex-colega de trabalho que eu não via, faz muitos anos. Trabalhávamos no hospital da PUC e nesta ocasião, era uma das mulheres mais bonitas e elogiadas daquele setor e não só se diferenciava pela beleza, mas pela delicadeza e educação que eu percebi, mantém até hoje. Nos encontramos por acaso no corredor do super mercado e depois de relembrar-mos das correrias e piadas que fazíamos no corredor do hospital e de outros colegas que simplesmente desapareceram nesta vida e que não mais vimos, me confidenciou que estava vivendo com um colega de trabalho que insistia desde de muito tempo para ficarem juntos, mas que ela resistia, por acreditar que não caberia mais um homem em sua vida depois da viuvez. Até que um dia, após muita insistência dele, resolveu dar-lhe uma chance. Bom, como diz o ditado,"Tiro dado bugio deitado" Vivem juntos a mais de oito anos e segundo ela, cada um no seu quadrado! Neste momento ele se aproximou, colocando algumas compras no carrinho e me cumprimentou sorridente. Eu não lembrava dele, mas disse se lembrar de mim. Fiquei curioso, mas não tive coragem de perguntar: Se viviam cada um no seu quadrado por que usavam o mesmo carrinho de super mercado e descordavam de alguns utensílios escolhidos na prateleira fazendo cara de desaprovação um para o outro? Era apenas uma fato coincidênte? Depois pensei que acordos são acordos e o que serve pra uns, não serve para outros. Estas regras do bem viver, são tão pessoais que não se discute. Cumprimentei-os mais uma vez, desejando felicidades aos dois e fui embora.

Cais

Para quem quer se soltar invento o cais
Invento mais que a solidão me dá
Invento lua nova a clarear
Invento o amor e sei a dor de me lançar
Eu queria ser feliz
Invento o mar
Invento em mim o sonhador
Para quem quer me seguir eu quero mais
Tenho o caminho do que sempre quis
E um saveiro pronto pra partir
Invento o cais
E sei a vez de me lançar.


"Acordei preso a esta musica, então logo que levantei e saí para trabalhar, ela se fixou de tal forma na minha cabeça sem que eu pudesse retira-la. Cantei-a o dia todo. Até que tentei substituir-la por outras, mas foi impossivel, ela se manteve soberana até o meu retorno para casa!"

Quiméras semelhanças.

Cheguei em casa faz poucos minutos. Dirigi meu carro até em casa, debaixo de chuva numa noite escura e de trânsito arrastado, mas cheguei são e salvo. Desde ontem estou numa ansiedade de ver pessoas, de conversar e logo que saí do trabalho, desviei o rumo para visitar amigos. Tomei um cafezinho na casa de um, depois não encontrei o outro e mais tarde jantei com um terceiro que estava de aniversário com muitos amigos em sua volta. Hoje churrasco na casa de outra amiga e mais tarde bolinhos de chuva com chá de maçã...
Ah, hoje disseram-me novamente que sou parecido com o Vando, o cantor colecionador de calcinhas. Há alguns meses atrás, acharam-me parecido com ele, quando gargalhei durante um jantar entre amigos. Lembrei-me na ocasião, que em Buenos Aires, me acharam parecido também com o Milton Nascimento quando experimentei um boné numa feira de rua, parecido com o que ele usava em suas aparições na TV. As vezes temos muitas caras que lembram outras pessoas e nos surpreendemos pela semelhança. Eu até que estava realmente parecido quando olhei-me no espelho e acho que só não levei o boné por causa do comentário do amigo. Acho Milton único em suas qualidades artísticas, como em seus traços fisionômicos. Quanto a mim eu ficaria desconsertado se surgisse alguma referencia do tipo: Aquele cara parecido com o Milton ou com o sorriso do Vando... Mas acredito que isto não cola, são quiméras semelhanças!

O METIDO DO ESTACIONAMENTO

Me surpreendi dias atrás com algumas pessoas, trocando opiniões sobre a agressão sofrida pelo empresário num Super mercado aqui em PoA, ao chamar a atenção de um homem que estacionava seu veiculo numa vaga para cadeirantes
Estas pessoas pareciam não aprovarem a atitude do empresário e chamavam-no de metido e que por isto sofreu a agressão que lhe resultou num traumatismo craniano e hospitalização. Pareceu-me que na opinião destas pessoas, o empresário era o culpado e assinou sua sentença ao tentar conscientizar o homem que ocupava a vaga, para um questão social importante e que tem sido discutida nos meios de comunicação como forma de sensibilizar e educar a sociedade. Eu concordo quando disseram que esta ocorrência só adquiriu notoriedade nacional pelos meios de comunicação, por que a vitima é um "empresário respeitável" e não um João ninguém e ser um "empresário agredido", faz toda a diferença na nossa sociedade hipócrita. Mas eu me pergunto de que forma podemos combater estas atitudes de desrespeito que assistimos no nosso convívio diário se não nos posicionarmos através da demonstração de que somos contrários a elas?.... Talvez ele tivesse se comprometido demais ao reclamar diretamente para pessoa do qual egoisticamente cometia o erro. Talvez ele devesse reclamar para a segurança ou administração do Super mercado, se ele desconfiasse que a pessoa do qual ele chamou a atenção fosse um lunático, agressivo e então poupando-se do pior. Mas as pessoas pela qual cruzamos nas ruas, (e estacionamentos de supermercados,..), parecem não trazerem suas loucuras estampadas na cara e nem se sabe até onde elas podem chegar se forem contrariadas. O jeito é desconfiar de todos, calar-se, fingir que não viu, omitir-se e deixar tudo como está. É isto? De uma coisa eu sei, o medo nos faz refém e esta agressão é injustificável e todas as pessoas com um pouco de consciência, deveriam reclamar sim, nem que fosse ao Papa, quando presenciasse uma atitude destas, sem medo de ser chamada mais tarde de metido.

O MAL DAS ALTURAS EM SÃO PEDRO DO ATACAMA.

Estavamos em San Pedro do Atacama, cidadezinha no meio do deserto, onde inacreditávelmente existe uma concentração de turistas do mundo inteiro falando todos os tipos de idiomas. Então fizemos uma reunião a céu aberto, nós membros da excursão, com o organizador (Ton), onde ele colocou em votação se ficaríamos mais um dia na cidade sem direito a hospedagem incluída, com a possibilidade de conhecer os Geyser del Tatio de manhã cedo, a 90 km dali ou partiríamos na mesma noite para Salta, cidade argentina com toda a infra estrutura onde ainda tínhamos direito ao ultimo pernoite incluído no pacote antes de retornarmos para PoA. A decisão foi quase unânime: 'Ficar e conhecer os geysers nas proximidades do Vulcão Tatio' o que significaria ficar uma noite na cidade sem desperdiçar o ultimo pernoite, já que levantaríamos muito cedo e os preços por ali eram fora das tabelas convencionais e cobravam o que queriam, pois afinal estavamos no meio do deserto! Nos organizamos num unico grupo e nos acomodamos entre bancos e muretas do jardim, no local que talvés fosse a unica praça da cidade arborizada e com cara de praça. Nossa noite de moradores de rua, como disse uma das meninas integrantes do grupo.

A medida em que a noite atravessava as horas da madrugada o bate papo foi diminuindo e o frio congelava os nossos corpos dificultando o sono. Eramos acordados pela polícia local, os carabineiros, de uma vez a cada hora e que me lembravam a mistura de policiais florestais e os de presídio de segunça maxima. Se comunicavam num espanhól rápido e agressivo, impondo mais medo do que respeito. Pediam que nos levantássemos e examinavam nossos pertences a procura de coisas ilícitas. Os carabineiros do Chile atuam como policiais. A diferença de lá para cá, é que eles tem autoridade para resolver qualquer tipo de problema. Estão sempre em ponto estratégicos e são muito respeitados por isso no país. Quando menos se esperava eles apareciam de carro, praça a dentro em alta velocidade, quase derrapando na nossa frente e armados com pistolas, acordando o grupo inteiro. Vigiavam até se as pessoas que passavam npor ali carregavam bebidas alcólicas, o que é terminantemente proibido nas ruas depois da meia noite mesmo estando a bebida lacrada (mandavam colocar fora). Em torno das 5h da manhã, nos dirigimos ao local onde sairiam as Vans que nos levariam a o passeio esperado. Eu particularmente estava cansado por dormir quase nada, sentindo frio e sendo acordado pela ronda dos carabineiros a toda hora.

...Continuando... As Vans eram todas brancas e sem identificação de que agencia pertenciam. As diversas agencias de turismo da cidade oferecem diversos pacotes de passeios e que dão descontos no caso de um grupo grande como o nosso que encheu uma Van e um micro ônibus. Nosso motorista era visivelmente um chileno nato pelos seus traços físicos rudes de (indígena) e espanhol despreocupado de ser entendido. Falava pouco e meio autoritário. Dirigia a camionete em alta velocidade sobre as estradas de chão com muita areia e pedregulhos que saltavam na lataria do veiculo e pó que invadiam as nossas narinas mesmo com as janelas fechadas. Subíamos montanhas a cima e em alguns pontos enxergávamos penhascos abaixo de nós que eu pensava comigo: Se cairmos daqui, não sobrará nada pra contar a história!.. Na medida em que cruzávamos pelo alto das montanhas, mais desconfortável eu ficava. Além daquela poeira terrível que entrava pelos orifícios de ventilação do veiculo, ia me faltando a respiração de modo que eu inspirava forçadamente três à quatro vezes para conseguir um pouco de oxigênio em meus pulmões. Ficava angustiado, irritado e lembrando de alguns pacientes que eu já atendera na eminencia de morte por edema pulmonar sofriam dos mesmo sintomas. Será que era o mesmo que estava acontecendo comigo, pensava sem fazer alardes e tentando posicionar a cabeça de forma a favorecer a respiração difícil. Eu sabia que era efeito da altitude e mesmo tendo tomado o tal chá de coca, pouca coisa pareceu ter ajudado naquele momento. Ter a sensação de morte por asfixia não é nem de longe algo agradável. Senti taquicardia, cansaço e um total desânimo. Quando chegamos no local dos geysers, ainda com pouca luz do dia enxerguei os vapores saindo da terra como uma visão inesquecível e ainda com a nítida sensação de morte. Dentro do veiculo eu e algumas pessoas, tentavam de alguma forma se restabelecer do mal estar das alturas, afinal estávamos a uma altitude de 4 .500 metros. Faz bastante frio no complexo do Tatio, onde as temperaturas chegam a ser muito negativas. Informaram-nos neste dia estar apenas -3 graus com uma sensação de -6 graus. Não é à toa que o passeio começa tão cedo, pois é o horário em que os vapores quentes em contato com a temperatura baixa, mostra toda a sua beleza e quando surgem os primeiros raios de sol, a luz reflete no vapor, formando imagens mais bonitas ainda. Ao mesmo tempo, o sol diminui o frio e logo a temperatura já se torna mais agradável.


Os mais jovens e corajosos do grupo enfrentaram a piscina térmica natural, com águas inacreditavelmente à 33 graus. Eu não me senti encorajado e por pouco passou desapercebido o café com pães, biscoitos, croassãs e sucos servido ali mesmo em meio aos geysers. Neste dia eu senti que iria morrer antes de chegar lá em cima, num dos lugares mais belos que já vi.


Humor, coragem e vícios...



Gosto do senso de humor do Paulo Santana e da forma simples e direta com que ele escreve suas cronicas no jornal Z.H e em seu blog Clic-RBS, embora sua expressão em alguns momentos me passe a sensação de estar diante de um desses personagens mafiosos e mal humorado do filme 'O Poderoso Chefão'. Algumas vezes que o encontrei na rua sempre tenho esta impressão que me põe pouco a vontade e de pé atrás, mas que logo se desfaz quando volto a ler seus textos. Mas quem vê cara, não vê coração e hoje lendo no seu blog o post intitulado "O médico", que achei muito engraçado e humorado como outras coisas que já li de sua autoria como o "Beber no Bico" e que é a descrição corajosa de algumas dependências (vícios) que adquirimos no decorrer da vida e que são tão difíceis de serem abandonados. Santana é um homem da mídia e corajoso por não ter medo de expor publicamente suas fraquezas diante do publico leitor, (admitindo com conciencia e bom humor, os danos causados por estas dependencias e sua dificuldade de abandona-las em nome do prazer), o que hoje não está engajado nos conceitos do politicamente correto. Transcrevo aqui para o blog o texto escrito e publicado por Paulo Santana no dia 22/04, mesmo correndo o risco de ser advertido..

Idéia luminosa

Tiveram a ideia luminosa de instalar um semáforo para pedestres na esquina da Venâncio Aires com a Osvaldo Aranha, cujo o beneficio de segurança aos usuários neste equipamento é um timer que orienta em ordem decrescente quanto minutos a pessoa ainda tem para chegar do outro lado da rua, antes que o sinal vermelho a surpreenda no meio do caminho. Eu que inúmeras vezes testemunhei a insegurança de alguns usuários e a ansiedade de outros ao atravessarem aquela esquina sentí um alívio a o ver o semáforo em funcionamento. Não seria uma má ideia, se espalhassem mais destes equipamentos por outras avenidas e ruas movimentadas da cidade, que parecem favorecerem mais o tráfego de veículos do que a segurança dos pedestres.

FARRA DE TEATRO.


De tarde fui assistir na Usina do Gasômetro, a Farra de Teatro que é uma experiência teatral ao ar livre, onde muitos atores interagem com o publico na troca de experiencias e vivências do cotidiano. Feita em parceria do Depósito de Teatro com o Namastê, centro de Meditações aqui de Porto Alegre. A coisa toda segue a seguinte performance: Através de movimentos compassados, dança e gestuais expressivo sob fundo musicais o grupo apresenta situações do nosso dia a dia como a violência, intolerância, discriminação que inúmeras vezes fechamos nossos olhos para não ver. A farra é um convite a nossa sensibilidade, uma sacudida de conscientização ao que acontece diariamente a nossa volta e ajudamos a se fortificar através do nosso descaso, silêncio e medo do comprometimento. A cena do apedrejamento da negra, inspirada numa condenada nigeriana, arrancou aplausos emocionados do público em geral, assim como os espancamentos e morte de moradores de rua e algumas cenas de estupro abrindo algumas lacunas de questionamentos pessoais sobre estas atitudes de violência na sociedade.
Criada pelo diretor carioca Márcio Vianna e apresentada no RS pela primeira vez em 1995, dentro da programação do Porto Alegre em Cena. A Farra de Teatro adapta os princípios básicos de seu criador, propondo uma maratona teatral de mais de quatro horas de duração, onde um elenco numeroso estabelece um gigantesco acontecimento teatral. A trilha sonora se mostra fundamental nesse processo, compondo junto com os atores um ciclo contínuo de tensão e distensão que culmina num final mágico. A coordenação é de Roberto Oliveira, do Depósito de Teatro.

Na Republica do Rock

O Alexandre Fritzen me fez o convite para assistir na Segunda-feira, dia 19 de abril, a apresentação de sua banda Renascentes, na República do Rock às 19 h 30 - no Teatro Renascença. A banda formada em 2003 é influenciada por leitura de livros, discos, historia de filmes e papos compartilhados em bares. Com letras sutis e melodias simples, faz um playground para suas influências. Eu particularmente gostei das canções: "Todos os Nomes" e "Amarelo Alegoria"!

Poema Seco é o nome do primeiro single que teve o seu lançamento no Salão de Atos da UFRGS em setembro de 2008 pelo UNIMÚSICA. 
A canção faz parte do compacto que está sendo produzido por Marcelo Fruet, ganhador do Prêmio Açorianos.Composta por João Ortáccio (voz e guitarra), Dionísio Monteiro (bateria), Átila Vianna (baixo) e Alexandre Rocha (teclados). Os ingressos são adquiridos no local em troca de 1kg de alimento não perecível. As próximas apresentações no dia 25 de maio serão: Nei Van Soria e Sargento Malagueta. 
Teatro Renascença: Avenida Erico Verrismo, 307
Bairro Menino Deus. 






Eu tô normal?

Eu tô normal? Será que quando estamos comprometidos com nós mesmos, nas nossas pequenas causas estamos normais? Eu sou eu mesmo ou estou fingindo ser o que não sou? Será que criamos alguns personagens que atuam diferentemente em situações isoladas de nossa vida, nos tornando muitos? Quantos sabores é preciso experimentar, quantas cores até que se encontre a desejada?... A verdade é que não consigo administrar a direção do meu próprio nariz sem olhar pros lados e formar ideias, conceber opiniões!...
Não, eu pareço estar bem, bem melhor na proporção de minhas verdades. Eu quero dar aquilo que posso dar sem cobranças batendo na porta, sem lágrimas, sem rancores
em suaves prestações pela vida. É dificil seguir uma cartilha à risca sem olhar em outras direções e sem se perguntar se estamos no camnho certo!...


Fato Singular


Eu passava pela Estrada São Francisco, na Lomba do Pinheiro, quando me chamou a atenção esta cena que achei incomum, não só pelo fato do ser numa calçada estreita de uma rua movimentada, mas também pela proporção - (fartura de carne que estava sendo assada à moda tropeira) e a alegria do pessoal. Não me contive e registrei o que considerei um fato singular. Pedi para fotografar, informando-lhes que postaria as fotos em meu blog, embora ficassem temerosos de eu ter parado, para filar um pedaço do churrasco!


BLOGUES, BLOGUES, BLOGUES, GOSTO DE TE-LOS.


Tenho insistido em algumas coisas na minha vida e uma delas é buscar prazer e alegria no meu dia a dia para deixa-lo melhor, mais humorado, mais leve do que já foi um dia. É um tipo de revisão, como se faz com o carro e então parte-se para a avaliação, manutenção ou substituição de peças desgastadas para um melhor desempenho e autonomia. Descobri ser um blogueiro nato, pois escrevo quase que diariamente em meus (2) blogs e leio religiosamente aqueles que tenho gravado nos favoritos do meu laptop. Gosto das opiniões pessoais sem aquelas característica, frias, imparciais, somente informativas que são descritas em jornais e revistas impressas ou online. Não que não os leio! Mas os blogs me parecem ter um cunho de ordem menos profissional e mais humano. A forma simples, descomplicada adicionada com alguns vícios, erros gramaticais e algumas gírias,  me parece aproximar mais a gente da alma e das emoções de quem escreve e isto parece um ganho a mais. 
Minha ida para Vespasiano Corrêa, Buenos Aires, Uruguai, assim como o Chile,  criou um incentivo maior a partir de leituras sobre experiências vividas e escritas em blogs. Agora com a perspectiva de saltos maiores em 2011 tenho buscado muita informação para por em pratica outros sonhos que ainda não realizei e assim manter esta complexa maquina em bom funcionamento.

Mãos à Obra

Fiz plantão na base do SAMU na Restinga na noite passada e percebi que aos trancos e barrancos medidas estão sendo tomadas. Iniciaram a construção de uma cerca de concreto em volta de todo o pátio, a muitos anos já solicitada, para dar segurança aos funcionários e ao patrimônio. Mas eu sinceramente espero que se assegurem também com outras medidas inibitórias como iluminação eficiente, alarmes, corte da grama em volta da base que já virou mato, portão mais alto e com fechamento eletrônico, por que sómente cerca, mesmo as mais altas, os vândalos, ladrões e pichadores pulam. Como diz a gíria dos pichadores: Quanto mais alto maior a emoção!

Arte popular ou VAN da LISMO?

Hoje pela manhã uma das ambulâncias do SAMU, que atende a região do bairro Restinga, amanheceu pichada e todo o bairro ficou descoberto de socorro. Somente à tarde, depois dos trâmites legais junto a polícia e a administração do serviço, é que foi feita a substituição por outra ambulância voltando o serviço a funcionar.
Eu me pergunto onde termina o vandalismo e começa o que algumas pessoas chamam de manifestação de arte popular e vice-versa. Bom, não importa esta questão. O que me deixou preocupado realmente é que neste período da manhã, a região ficou desprotegida, por que a ambulância estava toda pintada e uma ambulância pintada com garranchos em vermelho e preto não pode atender alguma possível gravidade. Me pareceu que a desativação do serviço por questões estéticas, era mais importante do que deixar uma área tão grande desprotegida toda manhã.
A base do SAMU na Restinga tem sido alvo algum tempo de assaltos e vandalismos, o que tem preocupado seus funcionários que ficam expostos a violência durante seus plantões. Varias reuniões foram feitas para que sejam tomada medidas de segurança como, vigilância, alarmes, construção de muros de proteção, palestras públicas de conscientização junto a população local, sem atitudes concretas por parte da administração. A morosidade em encontrar ou por em ação medidas de solução é uma doença cronica que se estabelece no serviço público entre vários governos, transformando seus servidores e patrimônio público em alvo fácil de todo o tipo de ataques criminosos. Como cidadão devo lamentar que soluções discutidas, esbarram sempre nas malhas da burocracia e acabam caindo na comodidade do esquecimento.

Saída de Emergencia

Hoje à noite pareceu faltar um pouco mais de motivação no cara que cantava e na maioria da plateia desanimada. Eu pelo menos desconhecia a maioria das musicas e me obriguei a ouvir o sujeito sentado na minha frente que despejava asneiras, frases debochadas e criticas sem fundamentos em tudo que via e ouvia. Faltou educação por parte dele que buscava ser o centro das atenções através de observações baratas e sem propósito. Tive de apelar para o que eu chamo de cansaço de emergência, dar boa noite e me retirar para casa. Não aguentei tanta inutilidade e preconceito saindo da boca de uma só pessoa!

Bode espiatório

Quando chegamos do passeio, já noite, o café já estava pronto com pão quentinho sobre a mesa e Ada anunciava para todos ali presentes, que Carlinhos iria leva-la para dançar. Ele confirmava com bom humor a sua promessa de leva-la e convidava todos nós para acompanha-los. Ju também demonstrou interesse e logo convenceu seu marido Patric de irem juntos a o baile. Paulo e Tânia se dividiram, ele queria ir, mas ela não, confessava estar cansada e iria em seguida para cama. Todos tomaram seu banho rapidamente e arrumaram-se e se encasacaram pois estava frio naquela noite.

DE QUEM É A CULPA?

Ontem me sensibilizei demais num atendimento com uma mãe que perdeu seu filho de vinte e um anos, num acidente de carro. Ela estava inconsolável e enquanto chorava perguntava pra mim e a sua acompanhante na ambulância, o porquê do filho ter sido escolhido à morrer de forma tão violenta, seu filho único, amado, bom. Por que ela a escolhida a sofrer aquela perda, o que poderia ter feito de errado? Mesmo sem fazer qualquer transferência, comparações ou associações pessoais a minha vida ou meus medos, segurei-me para não chorar e grudar-me em uma de suas mão. Nestes momentos, sempre nos perguntamos de quem é a culpa!

Obviedades

Esta ultima viagem, me fez pensar em algumas coisas, como por exemplo, no porque abrimos algumas portas e fechamos outras. Não fechamos sem antes sinalizar pros dois lados, assim como não abrimos no momento inoportuno ou adverso a nossa necessidade e espontaniedade. Tudo parece fazer parte de um ciclo sem que percebamos sua engrenagem e forma de funcionamento, depois tudo começa a se revelar e ficamos boquiabertos com a sua obviedade.

DE POA A PUNTA DEL DIABLO


No feriado de Sexta feira Santa e domingo de Páscoa, aceitei o convite de amigos e fui passar três dias no extremo sul do país, para conhecer as cidades de Santa Vitória do Palmar, Chui brasileiro, Chuy Uruguaio, as localidades de Castilhos, Rocha e Punta Del Diablo no Uruguai. Como viajei de carro, percebi o quanto o nosso país é rico em extensão de terra e diversidade na flora e fauna. Foram 454 km de Porto Alegre à Santa Vitória do Palmar, cortando o Estado e atravessando a reserva do Taím, numa estrada praticamente em linha reta, admirando planícies, banhados, plantações, lagos e paisagens magnificas.


O grupo era composto de 7 pessoas (Paulo, Rosane, Tânia, Athos, eu, uma cadelinha poodle chamada Meg e mais um casal de motociclistas (Carlos e Ada) que deslocavam-se a alguns quilômetros atras. 
Saímos na sexta-feira Santa de PoA às 06h 40 min. e chegamos em Santa Vitória do Palmar em torno das 13h. famintos e cansados. Fomos recebidos por Ju e Patric um casal muito simpático e cuja a hospitalidade não tenho palavras para definir...


SEXTA FEIRA

SANTA VITORIA DO PALMAR:
Depois do almoço, fizemos um tour por Santa Vitória do Palmar, a cidade é relativamente pequena com cerca de 32 mil habitantes, banhada pela Lagoa Mirim, considerada a maior lagoa do estado, já que a Lagoa dos Patos subiu de posto e é classificada hoje como uma laguna. S.Vitória do Palmar, possui um porto lacustre desativado e uma área de lazer, onde seus moradores utilizam para a atividade de pesca o ano inteiro e banho no verão.


Embora um tanto abandonado pela administração local, o espaço não perde a sua beleza e favorece a apreciação do Pôr de sol no final das tardes ensolaradas, que segundo seus moradores é magnifico.

ORIGEM DO NOME:
A cidade recebeu este nome devido a Santa Vitoria padroeira da cidade e a grande quantidade de palmeiras de butiá na região, provavelmente semeadas pelas aves migratórias que se abrigam junto aos banhados da Lagoa Mirim.

CENTRO HISTÓRICO:
Visitamos o centro da cidade onde se localizam a praça Central, a Prefeitura, a Igreja e algumas casas com arquitetura centenárias. O cemitério fica um pouco mais afastado, mas não deixamos de visita-lo por considerar que este local é também um registro histórico da cidade devido as pessoas que construíram a cidade ou deixaram algum legado nos costumes e cultura da cidade.


SÁBADO:

ATRAVESSANDO A FRONTEIRA:
A pouco mais de 19 km, estávamos no Chui brasileiro e ao atravessarmos o canteiro central o Chuy Uruguaio, considerado um dos grandes centros de comercio da região. Ali é possível comprar do chinelo de dedos a o mais sofisticado eletroeletrônico por preços bastante em conta. Brasileiros tem passe livre e facilidades para as compras. São isento de impostos e podem até parcelar em cartões de créditos internacionais. 



FORTE SÃO MIGUEL:
Mas se você é do tipo como eu, que tem pavor a o consumismo e lojas lotadas, com entra e sai de pessoas, deve seguir em direção a costa serrana do Uruguai até o Forte de São Miguel. São 9km da cidade do Chuy. O Forte está localizado sobre a Serra de São Miguel, a 35 metros sobre o nível do mar, no Departamento de Rocha, a aproximadamente 350 Km a leste da capital uruguaia. E é imperdível uma visita!

 

Apesar de sua estrutura imponente é graciosa, tem em suas paredes uma cor amarelo ocre, talvez originado por algum fungo que lhe dá essa aparência e um charme todo especial. Sua planta é retangular, com os baluartes arrematados por uma guarita de vigia parcialmente incrustada em cada vértice, totalizando um perímetro de 300 metros de comprimento. 


A entrada do forte se dá através de uma ponte levadiça sobre um fosso d'água profundo. Seu interior é constituído por (uma Capela, Casa do Capelão, Casa e Cozinha dos Oficiais, Casa do Comandante, Paiol da Pólvora, Quartel e Cozinha da Tropa) e possuem cobertura de telhas cerâmicas em meia água. Estão todas voltadas para a praça de armas central, com a retaguarda apoiada nas muralhas exteriores. A Fortaleza foi construída pelos portugueses em 1737 a mando do Brigadeiro José da Silva Paes. Retornamos para Santa Vitória do Palmar ao anoitecer.



DOMINGO:

PARQUE E FORTALEZA DE SANTA TEREZA:
No outro dia, domingo de Páscoa, saímos de manhã para visitar o Parque e a Forte de Santa Tereza situado numa área militar, no quilometro 302 da rota 9, dentro do perímetro Uruguai. O parque é um lugar belíssimo, desenhado com um grande sentido estético e respeitando o equilíbrio ecológico e que me fez lembrar de alguns lugares em Gramado. Surgiu ao redor do Forte de Santa Teresa. Depois deste ter sido abandonado e saqueado. Houve uma restauração em 1928 e é mantido pelos militares uruguaios até hoje, que recepcionam os visitantes na sua entrada.


São 3.000 hectares com muitas árvores, exóticas e nativas, 60 km de estradas internas asfaltadas, 15 km de praias com muita vegetação, entre outros atrativos. Lá é possível também fazer Camping, com autorização dos militares, que oferecem panfletos informativos sobre o local. Almoçamos no restaurante dentro do parque e depois fomos apreciar cada cantinho do lugar. A Fortaleza de Santa Tereza fica dentro do Parque de Santa Tereza e é possível ir de um lugar ao outro sem necessidade de pegar a rota ou estrada principal.


O Forte é grande e deve ser umas quatro ou cinco vezes maior que o Forte de São Miguel, mas é muito imponente e é possível imaginar através de sua estrutura com grossos blocos de pedras e posição geográfica, toda a sua história e preocupação com as invasões que aconteciam na época.
Fica a uns 35 Km do Chuy, na província de Castilho e foi construído em 1762 pelos portugueses que queriam defender os limites territoriais contra os espanhóis.
Neste domingo de Páscoa estava acontecendo uma missa em sua capela interna, lotada de fiéis. Como já falei antes, ele é enorme e dá a sensação de que não dará tempo de ver tudo, ou que ficou alguma coisa despercebida.


Saindo pela entrada principal do Parque de Santa Teresa e seguindo à frente por mais 5km o visitante vai se deparar com a Laguna Negra, também conhecida como Laguna de los Difuntos, que apesar do nome, é uma reserva de água doce e pura, com uma profundidade máxima de 5 metros em sua superfície de 182 km2.
Ver o pôr do sol enaltece ainda mais a beleza do lago que possui uma cor azul esverdeada. Durante o percurso é possível ver grande quantidade de pássaros coloridos.



PUNTA DEL DIABLO:
Seguindo viagem fomos até Punta Del Diablo, balneário que fica a cerca de 3 Km. do Parque de Santa Tereza, na altura do Km 298 da Rota 9, que é muito bem sinalizada e o asfalto parece um tapete. O balneário é pequeno e tem aquela característica de vila de pescadores, com ruas de terra e casas construídas de formas e pinturas artesanalmente coloridas. A praia é uma enseada com grande quantidade de rochas que invadem o mar e gigantescas ondas de arrastar desprevenidos. Também se encontra muitos bares e cabanas de artesanato, que aumentam o comercio local e dá aquele ar meio hippy a o lugar.

ORIGEM DO NOME:
Existem algumas teorias sobre a origem do nome Punta Del Diablo, uma é de que vista de cima, o litoral possui um recorte geográfico, que lembra um tridente. Existe também a suposição, de que o barulho provocado pelo vento, assombrava seus moradores, provocando um uivo estranho, a que  eles chamavam de voz do diabo.



Dizem que o tráfego de pessoas no verão é intenso, pois muitos brasileiros, argentinos e os próprios uruguaios se deslocam para esta praia neste período, tornando difícil de se conseguir onde ficar, sem fazer reservas. Não existe hotéis de grande porte, ao menos não os vi, quando estive por lá de visita, mas tem muitas pousadas, cabanas e Camping para alugar. Percebi uma incidência grande de frequentadores ou visitantes jovens no local e lamentei não ter tido tempo de visitar o Cabo Polônio,  outro lugar mágico, uns 65 km dali.





PRAIAS:
Em Punta Del Diablo existem 4 praias: Playa Grande, Playta Del Rivero, Playa de Los Pescadores e a Playa de La Viuda, onde as três ultimas são mais movimentadas que  a primeira.
Retornando para a casa de Ju e Patric, nossos anfitriões, demos uma passadinha rápida na Barra do Chuy, começava a escurecer e estávamos preocupados de não conseguir registra-lo em fotos por causa da diminuição da luz do dia. Engraçado, mas aquela área de terra represada no meio da água, me lembrou uma grande massa de panqueca aberta flutuando. Ainda pegamos a noite no meio do caminho, mas com a estrada bem sinalizada e segura. Dormimos cedo, pois sabíamos que no outro dia, segunda- feira, era hora de enfrentar a viagem de volta para casa.


SEGUNDA FEIRA:

TRAVESSIA DE BALSA DE RIO GRANDE À SÃO JOSÉ DO NORTE
De volta para Porto Alegre pela manhã, fizemos um caminho alternativo: Santa Vitória do Palmar, Rio Grande, São José do Norte, Bojuru, Tavares, Mostardas, Palmares do Sul, Capivari, Viamão e Porto Alegre. Considerei este, um caminho mais rápido pela diminuição do trafêgo de veículos na estrada, além da economia por não pagar tantos pedágios como foi na ida, (seis pedágios à R$ 7,50 cada um R$ 45,00). Chegamos ao porto de Rio Grande às 12h 15min. e fizemos um lanche rápido, pois a balsa saia às 13h.


A balsa deslocou lotada de carros e caminhões carregados do porto de Rio Grande em direção à São José do Norte, num percurso de 30 minutos sobre a Lagoa. Mal conseguíamos nos mexer entre os veiculos estacionados. O ingresso da travessia é de R$ 14,20 para veículos pequenos (carros) e no meio do caminho, pode-se admirar o afastamento de uma cidade e a aproximação da outra além do intenso fluxo de embarcações que cruzam pela gente no sentido oposto da travessia. Ah, uma observação que eu faço: Durante a travessia, não foi oferecido colete salva- vidas a nenhuma pessoa no interior da balsa e quando perguntei a o funcionário sobre o uso obrigatório deste equipamento ele se fez de desentendido e sumiu entre os carros e caminhões.




SÃO JOSÉ DO NORTE:
Lembrei que não tínhamos muito tempo para passear por Rio Grande e conhecer melhor a cidade, mas fizemos um rápido tour quando chegamos do outro lado em S. José do Norte com construções tipicamente açorianas como já havia encontrado em suas cidades vizinhas como Tavares e Mostardas. Dentro da pequena cidade obtivemos informações rápidas e precisas sobre a localização da RST-101, a famosa estrada do Inferno. Ela estava em excelente condições para se trafegar, até as imediações de Mostardas onde encontramos alguns buracos na pista provocados pela chuva da estação. Chegamos em Porto Alegre às 18h 40min.


Sem desmerecer o nosso país, gostei muito da costa Uruguaia. com estradas boas para se rodar, baixo fluxo de veículos e muita gente educada e alegre para dar informações. Nas Aduanas pediram somente a documentação dos ocupantes do veiculo e a carta verde que providenciei em Poa, junto a Seguradora do meu carro. Faltou visitar muitos lugares como, La Paloma, Piriapolis, Colônia de Sacramento e Montevideu, pela falta de tempo. Mas numa outra ocasião voltarei para conhece-las!.
Até o próximo passeio!

IGREJA MATRIZ DE SÃO JOSÉ DO NORTE

Churrásco de capi(N)cho

No churrasco de Sábado em Santa Vitória do Palmar, comi o tal de capincho assado, (apelido dado a carne de capivara, aquele bicho 1/2 ratão 1/2 porco que vive nos banhados e que avistei quando cruzei de carro pela Reserva do Taim). Até que desta vez, não achei das piores coisas que já comi na vida. Uma vez tive uma experiência traumática quando tentei provar um pedaço do bicho, oferecido por uma colega que fez uma propaganda dizendo que era maravilhoso. O pernil assado, dado por ela era tão fedido, que levou semanas para sair a catinga do forno de micro ondas, quando o aqueci. Quando dei para o meu cachorro comer, ele virou a cara como quem diz: Mui amigo, tô fora!.. e ignorou por completo a iguaria. Eu havia jurado que não colocaria mais este bicho na boca, mas no Sábado me rendi a o perceber que não tinha o mesmo cheiro e gosto nojento! Lembra carne suína, porém mais seca e de sabor acentuado. E o segredo para que ele fique comível, está no manejo ao limpar logo após ser caçado e depois preparar a carne lavando inúmeras vezes.


Páscoa no Chuy

Amanhã estou saindo para mais um passeio em direção a região mais meridional do estado. Partirei de manhã cedinho em direção à Santa Vitória do Palmar, Hermenegildo, Chuy, Maldonado e Punta Del Diablo no Uruguay. Na volta postarei alguns comentários sobre o passeio e as curiosidades que vi nestas paragens. Até o dia 05 depois da Páscoa!..

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