Me submeto a ter algumas atividades para não cair em rotinas que me leve a seguinte equação: (ansiedade + tédio = depressão). Então, rabisco em folhas de papel, digito frases sem sentido, fotografo imagens, pessoas, canto algumas composições que me emocionam, para ocupar o tempo que é de ouro, que é frágil e veloz.
Eu acredito não ser deste tempo em que vivo, então me sinto dividido entre o ontem e o hoje, num tempo intermediário há apenas um passo, uma piscada de olhos, no marco zero da porta gigante que separam o passado do presente.
Vivo disfarçando estar num tempo seguro em que nos roubam tudo, inclusive a alma já negociada por algumas garantias prometidas e não cumpridas.
Finjo sorrisos, simulo gestos de aceitação pra que as dores sejam menores. Me debato convulsivo sobre paredes finas de gesso, se eu chorar, a lágrima a desmancha, se eu bater, a raiva a quebra em mil pedacinhos. Um grande risco!
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