Tenho um fascínio especial pelo vento, maior que as outras manifestações da natureza. Senti-lo bater em meu rosto causa-me uma sensação solitaria de liberdade inexplicável, ouvir seu ruído sobre telhados e janelas um certo conforto aliado a um sentimento de abandono que aconchega, assistir seu movimento ao fazer flutuar papeis e folhas sobre o chão, um momento de magia trazido da infância que não sei se vivi ou criei, é como delirar num sonho acordado. Acredito que este sentimento difícil de compreender, foi marcado em minha vida por algum momento passado cuja a sensibilidade ea fragilidade estavam a flor da pele e que hoje não encontro respostas que o defina. Na verdade tantas coisas não tenho resposta e muito menos sei definir das minhas emoções como gostaria.

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