Depois de uma tarde quente, na capital, o céu pareceu desabar em trovoadas e chuva forte. Eram quase cinco horas da tarde quando começou e não parou mais. Sentei-me dentro da ambulância e começei a observar as pessoas que passavam na rua com seus trajes de verão, apresadas, fugindo da chuva, rostos molhados, almas lavadas como presente de Deus.
Quis estar entre elas, fugitivas, preocupadas. Totalmente encharcadas, desprotegidas de si mesmas.
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