A chuva

Depois de uma tarde quente, na capital, o céu pareceu desabar em trovoadas e chuva forte. Eram quase cinco horas da tarde quando começou e não parou mais. Sentei-me dentro da ambulância e começei a observar as pessoas que passavam na rua com seus trajes de verão, apresadas, fugindo da chuva, rostos molhados, almas lavadas como presente de Deus.
Quis estar entre elas, fugitivas, preocupadas. Totalmente encharcadas, desprotegidas de si mesmas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Você pode fazer seu comentário clicando sobre o título da postagem onde será direcionado para Conversa Fiada, com espaço para a publicação da sua opinião. Ela será acolhida com atenção e carinho e sempre que possível respondidas.

Postagem em destaque

TÔ PENSANDO QUE:

Quando as nossas emoções, alegrias e tristezas passam do tempo, nossos sentimentos humanos ficam acomodados numa cesta do tempo recebendo so...