A Justiça ou os juízes é que são cegos?

A gente sabe, ou ao menos se tem a impressão, de que algumas "autoridades" parecem viver num outro mundo e assim tornando-se inacessíveis a nós  pobres mortais, pelo fato de possuírem o poder de decidir sobre nossas vidas. São gente como a gente; comem, bebem, dormem, vão a supermercados, fazem xixi, coco, erram e acertam como é comum a qualquer ser humano. O que é inaceitável é perceber que alguns deles, cometam erros galgados em interpretações equivocadas da lei, através de suas visões e conceitos moralistas, o que também acaba por nos causar descrédito em sua  competência e no cumprimento da lei, fazendo-nos crer que tudo não passa de uma grande piada. Estou me referindo ao Meritíssimo Juiz Jeronymo Pedro Villas Boas, que determinou a anulação da primeira união estável reconhecida entre homossexuais, firmada em Goias. Villas Boas não só anulou o documento, como também determinou que todos os cartórios de Goiânia não realizassem qualquer contrato de união entre pessoas do mesmo sexo. 
Conforme foi publicado no Jornal Tribuna Norte nesta semana, para o juiz Villas Boas, reconhecer este tipo de direito à homossexuais é o "mesmo que admitir que um determinado vocalista de banda de rock fizesse a exposição de seus órgãos íntimos em público".
Eu me pergunto se é possível acreditar na competência de uma pessoa  desta, licenciada a tomar decisões sob o enfoque de se fazer cumprir a lei?
meritíssimo pelo que parece, se sente superior a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), cujos ministros votaram por unanimidade a decisão de reconhecer a união estável entre casais do mesmo sexo e esquecendo que tal decisão, baseou-se entre outras coisas, no artigo 5.º da Constituição, que diz que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza.
A incidência deste fato lamentável, deverá abrir uma brecha para que o STF aprove uma legislação específica  que regulamente esta nova união e assim garantir seus direitos fundamentais. 

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