feira especial de inverno

Meu colega de curso e eu visitamos neste sábado, a feira Especial de Inverno em Curitiba. são dezenas de barracas montadas na Praça Osório, onde cada uma apresenta a culinária de um país ou de um estado brasileiro. 
A maioria são lanches rápidos que podem ser apreciados por preços bem acessíveis para a grande movimentação de visitantes que circulam pelo local. Ficamos na duvida se experimentávamos alguns petiscos indianos, portugueses ou bolivianos. Decidimos por alguns bolinhos de bacalhau à R$ 3,50  na barraca portuguesa, que nem de longe tinham gosto de bacalhau. Quando comemos o primeiro já sentimos que tinha gosto de peixe comum. Quem aprecia, reconhece de cara o sabor de um bacalhau mesmo não sendo o importado, que é mais caro. Na feira tinha de tudo; empanados indianos, Sushi, Churrasquinhos, acarajé, chocolate suíço, pinhão cozido e até quentão com gemada, que é uma delicia.
A feira acontece todo o ano, na estação mais fria, expondo também peças artesanais como Gorros, casacos, cachecóis, bijuterias, artigos para decoração, entre tantos outros, numa homenagem as etnias que compõe o estado do Paraná.

Retrato 3X4 da Assistência à saúde.

Ontem fui testemunha de uma das cenas mais tristes e deprimentes que lembro-me  ter assistido durante meu trabalho na saúde. Tratava-se do desespero de um pai que na angustia de que seu filho de três meses fosse atendido na emergência de um hospital e que por causa das complexidades burocráticas, levou mais de vinte minutos para que o atendessem. 
A criança estava sendo transferida  por mim na ambulância, vinda de um posto de saúde e recebendo oxigênio. Logo que chegamos na emergência que estava como a maioria delas, habitualmente com a porta fechada, me dirigi ao funcionário da recepção que solicitou o nome do paciente e depois de alguns minutos retornou para pedir o nome do medico do qual havia sido feito o contato e então levou mais de quinze minutos para retornar e explicar-nos que o nome da criança não se encontrava na lista de pacientes que aguardavam para internação. Na verdade ele somente reapareceu para dar esta informação, por que o pai angustiado com a demora do atendimento, começou a bater violentamente na porta da emergência do hospital. Não tendo resposta ou alguém que viesse dar-nos qualquer explicações objetiva, sentou-se no chão e começou a chorar e a implorar que atendessem seu filho. Sua atitude gerou uma comoção entre as outras pessoas que também aguardavam atendimento e assistiam aquela cena penalizados. Seu comportamento embora agressivo, era um apelo desesperado para que seu filho fosse atendido com dignidade e não com o descaso que estava recebendo. Depois da cena lamentável, a porta então se abriu com a presença de um médico, que veio até a ambulância prestimosamente e de voz macia, pedir informações sobre a situação clinica da criança, enquanto o resto da equipe nos observava a distancia e com olhar de reprovação encostados num balcão. Existe um negativo corporativismo assistencial que negligencia a saúde, desrespeitando os direitos do cidadão através de  atitudes impiedosas e de extrema desumanidade.

No segundo grupo.

Alguns tem prazer de pescar o peixe, outros de prepara-lo para comer. Eu me enquadro no segundo grupo e não tenho vergonha de admitir. Não tenho a mesma habilidade com a linha e o anzol, que tenho com os temperos e o fogão e por isto ganhei do Itamar, colega de trabalho, um peixe que ele pescou no rio Negro no Uruguai e havia me prometido a meses. É um peixe grande parecido com uma traíra, que decidi assar no forno sem tirar as escamas e tempera-lo com limão e sal grosso. Pretendo acabar com ele amanhã, antes de viajar para Curitiba, ficará faltando uma taça de vinho tinto.

Partindo novamente.

Novamente estou arrumando a mala para uma nova visita técnica. Desta vez é a cidade de Curitiba, onde ficarei por três dias entre colegas, conhecendo alguns pontos de interesse turístico, base curricular do curso que estou fazendo. 
Curitiba sempre foi nas minhas viagens um ponto de passagem, seja nas conexões aéreas ou em outros momentos cujos os horários eram apertados demais para conhece-la. Amanhã terei a oportunidade de estar na cidade conhecida internacionalmente pelas suas inovações urbanísticas, cuidados com o meio ambiente e de melhor transporte publico do país e que inspirou o Trans-Milênio, sistema de transporte de Bogotá, cuja implantação superou o da propria Curitiba em capacidade de passageiros e velocidade operacional.
Curitiba também tem altos índices de educação, o menor índice de analfabetismo e a melhor qualidade na educação básica entre as capitais.
 Entretanto, é a sexta capital mais violenta do país, além de ser a cidade com o maior custo de vida do Brasil.

Não é facil

Eu estou agora no plantão, preparando o trabalho que terei de apresentar hoje à noite`para os meus colegas de aula. Tenho é que falar sobre Petrópolis a cidade imperial no Rio de Janeiro que eu já visitei nas férias de um verão passado. Escolhi este lugar por ter gostado muito. A cidade é bonita e o clima é daqueles que sopra uma brisa no fim de tarde. Eu acredito que é melhor falar daquilo que nos traz boas lembranças, mesmo não tendo dados técnicos e domínio absoluto sobre o assunto, pois a receita para uma boa apresentação é como se conta a história. 
Depois tive a brilhante ideia de  copiar para o meu Pen drive um video já prontinho do Youtube que eu pensei ser mais dinâmico e atraente, mas percebi que não é muito fácil transformar aqueles códigos de letras, números e sinais gráficos, num vídeo comum. Gastei longos minutos preciosos tentando converter o código que escolhi em vídeo, mas só depois percebi que é uma operação engenhosa para poucos do qual não faço parte. A coisa toda vai ter que ser apresentada no gogo mesmo, acho que dou conta. 

Mais uma historia de terror.

Se ela tivesse somente desferido o tiro contra ele, mesmo percebendo depois que ele estava morto, poderia ter alegado legitima defesa, já que no seu depoimento para a policia, ela contou ter sido agredira por ele com varias bofetadas no rosto, depois que informou pra ele que sabia e tinha provas das suas traições por que havia contratado um detetive para segui-lo. Seu erro maior foi te-lo esquartejado depois, na tentativa de ocultar o cadáver. Nossa, isto tudo me parece uma história de terror e eu fico pensando que o medo, a humilhação e a raiva, procuram saídas aparentemente fáceis para esconder suas complexidades e fugir dos meios legais.

Branca de Neve e o caçador.

Acabo de retornar do cinema a poucos minutos atras com o meu filho; Fomos assistir "Branca de Neve e o Caçador". Bom, o filme é tudo o que eu esperava que fosse, mas com alguns efeitos especiais e algumas poucas cenas diferentes do que se conhece do conto de fadas original: No mais, traição, domínio do reino por uma rainha má com poderes sobrenaturais, magias, anões bondosos, fadas, luta para reconquistar o bem que acaba vencendo o mal, a descoberta de um amor que fica implícito e tudo termina na esperada coroação da princesa herdeira do trono com brados de "Salve a Rainha". Sabe de uma coisa, tem momentos em que precisamos do obvio para descontrairmos.

Tubuna

Hoje de manhã, quando fui ao supermercado, vi um senhor gordo e careca sentado num banquinho de madeira, na calçada, que me fez lembrar do Tubuna. Tubuna era o apelido de um vizinho chamado Julio e que também vivia sentado num banco de madeira na calçada, conversando com a gurizada da rua onde eu morava. Ele tinha uma personalidade sarcástica e também um péssimo humor. Criava competitividade entre os guris e parecia ter um certo prazer particular de vê-los brigar entre si, por motivos aparentemente absurdos e sem razão. Um dia confessou, que a provocação que produzia era um exercício de masculinidade do qual queria nos ensinar. Eu não acreditava nele e pensava que sua maldade ia além do que podíamos entender na nossa idade, também não entendia que poder ele exercia sobre aquela gurizada que se mantinha a sua volta, ouvindo as barbáries que falava sobre a vida e as pessoas em geral, com tanta amargura. Sua imensa barriga arfava nas poucas vezes que ria e seus olhos era de um azul claro e de uma expressão subjetiva. A pele era muita branca e sardenta e os cabelos grisalhos e ralos. Quando ele morreu de infarto, eu fui a o dicionario para saber o que significava o seu apelido, que antes eu não sentia nenhuma curiosidade de saber. Eu pensava que tinha alguma coisa haver com sua gordura e isso me bastava, mas era o nome de uma especie de abelha muita agressiva que constrói seu ninho nos ocos das arvores que encontra.

Madame Satã em Cuba?

Quando eu vi este figuraça passeando pelas ruas do centro histórico de Havana, pensei com meus botões; este país não é tão rígido como parece ser, ao menos ninguém desviava o rosto em sua direção com surpresa, ou demostrava preocupação com a sua presença diferente das demais. Por alguma razão ele me lembrou madame Satã, andando pelas ruas estreitas da Lapa aqui no Brasil. Eu não sei por que fiz esta relação.

Mais um patrimônio destruído em Viamão.

Foi com grande tristeza que li hoje, no blog de Fernanda Blaya Figueró, conhecida poetisa, moradora e cidadã de Viamão que defende a cultura e se preocupa como eu, com a identidade e com o patrimônio não só da velha capital, mas de qualquer outra cidade, que mais uma casa centenária foi destruída, para uma possível nova construção em seu lugar. A casa possivelmente de construção açoriana ou portuguesa localizada em frente da Prefeitura Municipal, teve sua faxada destruída por não haver dispositivos legais que impedisse o ato de desrespeito com a história da cidade. A foto possivelmente batida pela própria Fernanda e que copiei de seu blog sem sua autorização, serve como registro e denuncia de um ato que considero uma violência contra a identidade e historia da cidade.

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Quando as nossas emoções, alegrias e tristezas passam do tempo, nossos sentimentos humanos ficam acomodados numa cesta do tempo recebendo so...