Na beira do Dilúvio em pleno ataque de nervos.

De onde surgem os surtos coletivos, de amigos influenciáveis, da mídia, do inconsciente coletivo, de algum vírus desconhecido, ou da gente mesmo, do nosso interior, que tenta reprimir ao máximo a chateação com Lexotan, Fluoxetina, Diempax e que de uma hora para outra, deixa de funcionar pelo excesso de sobrecargas emocionais e fazem as pessoas jogarem tudo pro alto, explodirem publicamente para quem quiser assistir ao show gratuito?
Eu agora vou falar é das placas de propagandas politicas espalhadas por toda a cidade, que não é nenhum segredo a insatisfação da população que se vê intoxicada com esta poluição visual por todos os lados por onde se olha. E não só nas ruas, os panfletos, santinhos e mensagens, superlotam a nossa caixa de correio e invadem nossos celulares inoportunamente. Seriam elas, as propagandas, o estopim para deflagar alguma explosão desta natureza? Não, não se pode afirmar, acho que qualquer motivo, até o mais banal, pode acender o estopim da bomba. Eu entendo que os candidatos precisam se fazerem conhecer, mas há de se pensar em outros métodos menos invasivos e mais eficientes... Ontem eu vinha pela avenida Ipiranga, nas proximidade da universidade da PUC, quando percebi a presença de um jovem no canteiro central, que margeia o Arroio Diluvio, caminhando como se fosse um robô e que por vezes, fazia gestos que lembravam uma luta marcial. Andando quase em linha reta, ele seguia na direção das placas de propaganda politica enfileiradas, que simplesmente não desviava, atropelava todas, sem olhar pra traz e constatar se realmente tinha concluído seu objetivo, que aparentemente era destruí- las. Ele deve ter derrubado pelo menos umas cinco ou seis e seguia em frente sob os gritos e buzinaços dos motoristas que dirigiam pela via movimentada naquela hora da manhã. Eu não estava portando minha maquina fotográfica para registrar a cena e mesmo que estivesse, não seria possível, pois eu estava no volante, em silencio de surpresa, sentindo-me fazer parte daquela massa exacerbada. Eu fiquei pensando que a atitude do rapaz, provocou um verdadeiro alvoroço em quem passava de carro naquele momento, que eu não sei explicar se de revolta ou de apoio a depredação. Nestes surtos coletivos cada um tem seus motivos pessoais, fomentando as grandes massas a tomarem atitudes descabidas, talvez este não fosse o caso, mas abre um precedente a se pensar.
A proposito, eu li no site da RBS, que em 2010, o lixo produzido pelas campanhas eleitorais não pode ser reciclado. Apesar de serem compostos basicamente por plástico, papel e madeira, os cavaletes, placas e santinhos ao serem jogado nas ruas, tornam-se poluídos em função de sujeira como areia, poeira etc. O material era levado para um aterro sanitário. Atualmente não sei se o procedimento será o mesmo no final das eleições.

Um comentário:

  1. ...enquanto me obrigarem a votar - anulo. Sera minha resposta. Enquanto encherem as ruas de papeis/ poluição visual/sonora e com dinheiro do povo a entupirem bueiros - voto nulo...
    Ly Rosa

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