FALTA DE CONFIANÇA



Triste, muito triste este tempo em que vivíamos, amedrontados por um fantasma inventado pela ditadura militar, que patrulhavam-nos, doutrinavam-nos, assustavam-nos dando informações mentirosas e criando discursos de ódio. Assustavam-nos com historias de um bicho papão, chamado 'comunismo', que matava e comia criancinhas inocentes", para bagunçar a ordem no país e tirar a paz das pessoas de bem. Que ironia, pois os militares eram o bicho Papão que torturava e matava gente do bem.

Destruíam lares, estupravam mulheres e torturavam jovens até a morte. Éramos tão inocentes, como possivelmente ainda somos, nas devidas proporções. Mas o que realmente mudou, foi que perdemos a ingenuidade, e a confiança. Deixamos de acreditar em melhorias. Creio que até hoje, não confiamos em mais ninguém.



CENA URBERANA


Aconteceu comigo nesta manhã fria, quando chamei o UBER para ir pro trabalho.
_Bom dia! disse-me o motorista do UBER quando me pegou no portão de casa.
_Mais um dia!.. completou ele, percebendo que estava me levando para o trabalho.
_Ou então, menos um dia...
Silencio entre nós, até a minha chegada no trabalho.
Acho que a  piada bateu numa profundidade, além do nosso senso de humor.

DESABAFO COM BAFO


Eu deveria dizer pra alguns colegas músicos, com quem convivo:
Acontece que fazer arte, não está de maneira alguma ligada a ganhar dinheiro com facilidade, fazendo musica ou cantando para manter o sustento.
Fazer arte é estar com a alma, totalmente envolvido na proposta da criação sem a certeza do reconhecimento imediato.
Então é fácil identificar os que querem um retorno rápido, e a curto prazo e a os que se dedicam genuinamente por arte.

O ELEFANTE DE MARFIM


Esta foi a cena que mais mexeu comigo no filme  A Lista de Schindler.
Uma menina de casaco vermelho que surgia dentre os mortos do holocausto, como uma forma de resistência a barbárie.
"Teria sido estranho se ela viesse na minha direção, com seu casaco vermelho, dentre um amontoado de mortos vestidos de preto e cinza, consumidos pelo gás.
Eu não saberia direito quem era ela, extravagante e elegante de vermelho,
um elefante de marfim".

UMA LEMBRANÇA, UM GATILHO


Uma lembrança, é um gatilho pra outras lembranças. Lembro daquele jeito largado, da fala tensa, de quem pensa em revoluções, mas não a o ponto do descontrole. 
Lembro do chiclete na boca, mascado, ate acabar o açúcar, depois cuspido desrespeitosamente em qualquer canto da casa. É assim que te desenho na memória: Inocente com alguns respingos de imoralidade.

CARAS E BOCAS PRO MUNDO.

As vezes quando me jogo na cama, aos prantos, por alguma desilusão, ou por ter ouvido alguma opinião negativa sobre mim, ou por considerações ofensivas, não quer dizer que estou numa situação emocional tão precária pra uma alta destruição.  Isto é apenas uma reação a os meus embates emocionais. Me agarrar de unhas e dentes, naquilo que acreditava ser verdadeiro, mas que não é pros outros.

Acontece que este choque de divergências, dói profundamente, porque nem sempre estamos no controle de tudo e da nossa vida a ponto de corresponder a tudo que esperam de nós e principalmente ao que esperamos que esperem da gente. Mas também não precisamos seguir o que achamos ser o certo pros outros. Espernear, gritar, chorar, fazer caras e bocas, faz parte da nossa luta interna!

PORTO ALEGRE É OUTRO ASTRAL

Gosto de dizer, que quando retorno de uma viagem, para casa, adoro chegar na minha cidade e sentir o seu clima, as suas cores, seu som, sua vibração, mesmo não achando que o seu nome condiga com a realidade, pois não acho Porto Alegre, tão vibrante e alegre assim.



Porto Alegre possui um ar melancólico e intelectual, enraizado entre seus moradores, criando uma personalidade própria e que me faz lembrar de Montevidéu. Como se as duas cidades fossem segmentos de um mesmo corpo. Talvez os gaúchos encarem com mais descaramento o que consideram estranho, do que os uruguaios.

Fiz certa vez um texto sobre Porto Alegre, onde a descrevia como: Tristonha, sombria e pacata como paisagem de um filme estrangeiro. Diferente, divergente, comedida, inibida. Outro astral.
Se um homem, por exemplo, andar pelas ruas da cidade, vestindo um casaco ou calça vermelha ou um grande Blac Power, com certeza chamará a atenção dos transeuntes para si, isto é um fato.
Sua aparência poderá definir o modo como será tratado, muitas vezes com desconfiança, por estar fora dos padrões rio-grandenses.

NADA SERÁ COMO ANTES



O mundo está diferente, vocês não acham? Eu percebo esta mudança e por vezes também me sinto assim, modificado, com saudades de um, de outro, mas não querendo formalizar um encontro.
👿👿
As pessoas estão diferentes. Diferentes no sentido de estranhas. No sentido negativo. Com o freio de mão puxado. 👿👿👿Parecendo mais preguiçosas, desinteressadas, desconfiadas, menos disponíveis, com menos energia para interagirem, para se comprometerem com o que lhes são propostos, até mesmo com o que lhes favorecem. Medo, de saco cheio, prevenção?...👿👿👿Se escodem atrás de uma telinha de PC ou de celular, como se a tela as protegesse sei lá do que! Leem mensagens e não respondem, são evasivas, dissimuladas...
👿👿
Parecem com um gato preto numa vitrine de Red Light District em Amsterdã, com metade da cara a mostra. Às vezes curioso, às vezes assustado e desconfiado de tudo e de todos.👿👿👿👿



SORRENTO.


Sorrento é uma charmosa cidade do litoral italiano que pode ser o destino ideal para quem procura o que visitar na Costa Amalfitana.
Com pouco mais de 16 mil habitantes, a cidade já foi imortalizada nas obras de grandes artistas eruditos, como Byron, Goethe e Wagner, e não é difícil entender os motivos.


A cidade é voltada para a baía de Nápoles e fica sobre uma grande falésia sobre as águas azuis do Mar Tirreno, onde ruelas estreitas recortam a paisagem em meio à vegetação verdejante.
Para completar, a cidade tem localização privilegiada, com fácil acesso às atrações da Costa Amalfitana, à badalada Ilha de Capri e às belezas da região da Campanha.


A cidade é conhecida pela vista de grandes extensões de água e da Piazza Tasso, uma praça repleta de cafés. O centro histórico é um labirinto de becos estreitos que abriga a Chiesa di San Francesco, uma igreja do século XIV com um tranquilo mosteiro.



SERRA DO CORVO BRANCO


A GARGANTA

Se você curte uma boa aventura e gosta de fazer novas descobertas, certamente vai amar conhecer a Serra do Corvo Branco, localizada em Santa Catarina. 
Essa região guarda uma das paisagens mais bonitas do país e é cheia de atrações naturais. Conheça abaixo o que você precisa saber para desbravar esse paraíso natural!

SERRA DO CORVO BRANCO

LOCALIZAÇÃO: A Serra se localiza na divisa entre as cidades de Urubici e Grão-Pará, em Sta. Catarina, num trecho de belezas estonteantes, situada entre fendas e montanhas íngremes, a 1.470 metros de altitude.

ORIGEM DO NOME:
A serra recebeu este nome devido a uma ave, o Urubu-rei, que tem penas brancas e fazem ninhos no local, sendo que antigamente os moradores chamavam erroneamente de corvo, dando assim o nome da Serra: Corvo Branco. O animal possui uma envergadura que varia de 170 a 198 cm e peso que oscila de 3 a 5 kg. Ele tem poucos predadores naturais, mas, devido à baixa reprodutividade da espécie e à degradação do seu habitat, é uma espécie cada vez mais rara de se observar.
Partindo de Urubici são 18 quilômetros de asfalto e 6 quilômetros de estrada de terra, porém é um esforço que compensa.
O caminho é repleto de curvas onde ficam localizados os mirantes, pontos para apreciar toda a beleza da vista e tirar fotos incríveis.

A GARGANTA

COMO FOI CONSTRUIDA:
É na serra do Corvo Branco que está localizada A GARGANTA, seu principal atrativo, onde a estrada atravessa dois imensos paredões, num trecho que é considerado o maior corte em rocha arenítica do Brasil, 90 metros de profundidade. 
O corte do paredão foi realizado pelos construtores da estrada! A parte de baixo da estrada na Serra do Corvo Branco foi concluída em 1959. O trecho de Urubici avançou nos anos 60. Em 1973 uma empreiteira abriu as fendas que deram origem à fenda.
Foi apenas com ferramentas manuais e a ajuda de vizinhos, à revelia do ceticismo de engenheiros e políticos, que Pedro Kuhnen idealizou e liderou a abertura da Serra do Corvo Branco, hoje uma importante ligação entre a região serrana e o litoral catarinense.
A estrada da Serra do Corvo Branco já foi considerada uma das mais perigosas do país, por isso é preciso ter muito cuidado ao descê-la, principalmente se o clima estiver chuvoso ou com neblina.


COMO FAZ PARA DESCER A SERRA:
Para descer a Serra do Corvo Branco primeiro você deve ir até Urubici ou Águas Brancas para entrar na SC-370. Após isso basta seguir pela SC-370 por aproximadamente 37 minutos, 30km, até chegar a Fenda da Rocha.
O trecho de 5 km a partir da fenda para baixo é o mais crítico e perigoso. Além de não ser pavimentado, a estrada é estreita e sinuosa, à beira de precipícios.
Procure descer devagar pois é comum se encontrar com carros no sentido contrário, nas curvas e se estiver embalado, é perigoso derrapar e não conseguir frear a tempo. São 284 curvas, muitas delas em cotovelo, subidas muito íngremes e distribuídas em mais de 11 km.

MENTIRA


Amanhã sessenta e quatro, mas carregando os mesmos medos dos trinta, as mesmas perguntas dos vinte, algumas ansiedades dos quatorze, com alguns alinhavos de alegria e fé. E eu me pergunto quando é que o desagradável, que vem sempre em  maior escala, vai passar, aos cem anos? 
Alguns já me disseram que isto nunca para, por que as duvidas, as incertezas, os medos, só tendem a aumentar ou serem substituídos por outros mais novos. 
Minha memória muitas vezes entra em recesso, nestes vastos campos de tempo em que a brisa corta o ar como um bisturi. 
Meus músculos se contraem mais do que se estendem e vou perdendo a flexibilidade, meus ossos esfarelam-se e vejo-os em pontos brilhantes nas radiografias, nas ressonâncias magnéticas e vou vivendo um pouco da mentira e da verdade que cercam este mundo. Sou um objeto com prazo de validade vencendo.
Resta-me sorrir e acreditar na vasta mentira. Aos sessenta e quatro anos, creio que comemora-se menos um ano de vida.

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TÔ PENSANDO QUE:

Quando as nossas emoções, alegrias e tristezas passam do tempo, nossos sentimentos humanos ficam acomodados numa cesta do tempo recebendo so...