Paqueta é uma ilha- bairro, pertencente a cidade do Rio de Janeiro e com aspecto de cidadezinha do interior a cerca de 15 quilômetros do centro do Rio, transformada em área de preservação ambiental e cultural.
Para se chegar até lá é necessário uma travessia marítima de mais ou menos 70 minutos em barcas pela Baia da Guanabara, que saem no cais da histórica Praça XV, no Centro da cidade, pelo preço de R$ 4,50 o trecho. Já na travessia, é possível se vislumbrar com o belo visual da Baía de Guanabara, a Ilha Fiscal, a Ponte Rio - Niterói, a Ilha do Sol e a incessante chegada de aviões em voos rasantes pela baia, cujo o local é rota de aviões para o aeroporto Santos Dumont, nas imediações.
A Ilha de Paqueta, foi no passado colonial, um refugio para os nobres que deslocavam-se com suas famílias do centro do Rio de Janeiro, para desfrutarem de um ambiente mais tranquilo, junto a natureza. O próprio Dom João VI visitava Paquetá com regularidade, hospedando-se num solar, hoje chamado de "O Solar D’El Rei".
A tradicional festa de São Roque, padroeiro da Ilha, atraia muitos visitantes e sempre contava regularmente com a presença do Príncipe Regente, que segundo contam, graças às águas milagrosas do Poço de São Roque teria se curado de uma úlcera na perna.
As ruas de Paqueta são de saibro, (sem asfalto ou calçamento), o meio de transporte se faz por charretes, bicicletas, bondinho, ou à pé em deliciosas caminhadas, descobrindo caminhos românticos, monumentos históricos, casarios centenários e o mar.
Entre os atrativos que visitei de charrete como: A Praça Pintor Pedro Bruno, localizada na saída da estação das barcas, a Igreja do Senhor Bom Jesus do Monte e sua praça à esquerda da estação, o caramanchão dos Tamoios, o canhão de saudação a D. João VI, que fazia parte de uma bateria de canhões usada para saudar a chegada do rei ao bairro, a arvore Maria Gorda, um raro exemplo de Baobá africano com centenas de anos, medindo mais de sete metros de circunferência, localizados na Praia dos Tamoios.
A escola Municipal Pedro Bruno, localizada na Rua Padre Juvenal, 74 - na Praça de São Roque, cuja a visitação é basicamente do lado de fora do prédio, uma vez que funciona como escola. O prédio é um perfeito exemplo de arquitetura neo-clássica que também foi sede da Fazenda São Roque, uma das primeiras propriedades da ilha. A simpática capela localizada também na mesma Praça, que pode ser visitada aos Domingos quando há missa semanal.
A o lado da Capela existe um poço, que foi aberto inicialmente para abastecer a fazenda e posteriormente, para toda a região pela fartura e qualidade da água. Outra coisa que me surpreendeu, foi o cemitério de pássaros, ao lado do cemitério de Paqueta, na rua Manoel de Macedo, com visitação permanente e único no mundo. O cemitério de pássaros foi originalmente concebido como uma homenagem ao amor pela natureza e aos pássaros e hoje é usado pela comunidade, que o mantem, para enterrar seus pássaros de estimação.
Outro local imperdível para a visitação e a Pedra da Moreninha, um mirante de fácil acesso, através de escadas e uma ponte de madeira, onde existem varias trilhas pela mata, com ampla vista da Baia da Guanabara e da Ilha do Brocoió.
Até a próxima viagem!..
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