A VERDADE

Eu estou agora diante do espelho do banheiro, me perguntando: Como dizer a verdade pras pessoas, que queremos bem, sem magoa-las, mesmo sabendo que esta verdade poderia ajuda-las?.. 

Também estou me perguntando, como esperar de uma pessoa, que goste de mim, que ela me fale uma verdade, mesmo sentindo que esta verdade, pode também me magoar? 

Eu sinto que no fundo, ninguém se arrisca a dizer a verdade, sob pena de criar desafetos e culpa. Talvez seja mais fácil para uma relação, a omissão para algumas falhas, do que a verdade. Uma omissão aqui e outra ali e vamos vendo no que dá. 
Não somos suficientemente colhudos, para dizer ou ouvir a verdade, como se pensa e há momentos que precisamos dessa verdade, doa a quem doer, para não nos tornarmos um desastre. Por isto, eu prefiro sempre a verdade!

DAASANAH OS RECICLADORES DE LIXO



Vocês sabiam que os Daasanah, uma tribo seminômade de aproximadamente 50.000 indivíduos que ficam vagando pelas margens do rio Omo, no sudoeste da Etiópia, retiram todo o tipo de objetos considerados lixo, para confeccionarem adornos. Esses adornos feitos com descarte urbano, como tampinhas de refrigerante, pulseiras de relógios quebradas, fivelas, parafusos, etc. são reaproveitados com muita criatividade virando acessórios de beleza como perucas, brincos pulseiras, anéis, piercieng.
E tudo isso devidamente capturado pelas lentes de um fotógrafo francês Eric Lafforgue, que há anos acompanha os Daasanac, registrando a influência da vida moderna sobre a tribo.

BODE EXPIATÓRIO



Acreditem vocês, que mesmo aos sessenta e três anos de idade, ainda sou algumas vezes criticado, por uma ou outra pessoa, sobre aquilo que estou vestindo, sobre o cabelo que está grande e volumoso, sobre a barba agora branca, que não foi raspada? As pessoas não permitem que você se experimente em outras cascas ou que ouse formas diferentes de se reconhecer, que você teste novidades e então se defina por suas próprias escolhas.

Se eu corajosamente colocar uma foto, numa rede social, que está fora dos padrões aceitáveis por esses críticos que defendem o institucionalizado, seja um boné, um chapéu, uma bandana, um óculos diferente, um novo corte de cabelo, vira uma tribuna de criticas, que eu nem pedi  opinião.

Mas eu aprendi com uma amiga, que quando somos criticados por algo em nossa aparência é porque de alguma forma está incomodando, o problema não é nosso, mas de quem se sente incomodado. As pessoas refletem em nós suas insatisfações, seus medos e tentam driblar suas frustrações criando um bonde expiatório, para se auto justificarem.

ENCAIXOTADOS













Todas as vezes que me enquadravam numa opinião ou em alguma regra da vida, que pra mim não fazia sentido, me sentia encaixotado como um boneco de cera, um manequim de vitrine pálido e estático, como alguém que toma um choque ao perder a autoridade sobre suas próprias escolhas.

Dai que eu lembrei de um filme, chamado Encaixotando Helena, que assisti a algum tempo. O filme, conta a historia de um jovem e famoso cirurgião, obcecado pela beleza de Helena, uma prostituta. Ela o rejeita, mas mesmo assim ele apaixonado, tenta convencê-la que um necessita do outro. No entanto ela tem outros planos, mas acaba sendo vítima de um terrível acidente que a deixa nas mãos do médico, que tem então a macabra ideia de ir amputando os membros de Helena, para evitar que ela vá embora e assim, ele a perca de vez.

O MERGULHO


Era só um mergulho, um único mergulho naquele mar azul profundo e sentir as vibrações envolvendo meu corpo, arrepiando meus pelos, embaralhando meus sentidos.
Não sei se retornaria a superfície pela ultima vez, pra respirar o ar da terra que me fez nascer, crescer e me jogar sem medo nestas profundezas obstantes.
Existe uma verdade nos homens que se jogam deliberadamente ao risco de morte, é a conquista da liberdade, mesmo sem a garantia de usufrui-la na volta.

VINHOS PAZUELLO

Pazuello, embora o nome sugere, não é uma  marca de vinho, mas um general de divisão do Exército Brasileiro. Foi ministro da Saúde do Brasil durante a pandemia de COVID-19, entre 2020 e 2021. designado pelo presidente da Republica, Jair Bolsonaro. Pazuello que já se mostrava um negacionista da pandemia junto com o presidente, foi filmado num shopping Center sem a utilização de mascara preventiva e obrigatória. Não bastasse isto, negociou com terceiros, 30 milhões de vacinas Coronavac pelo triplo do preço enquanto  milhares de brasileiros morriam por falta da mesma.
Este abutre através de negociação ilícita, tentou encher os bolsos de gorda propina, em troca da morte de milhares de cidadãos brasileiros que perderam a vida na pandemia por falta de vacina.
NÃO ESQUEÇAM DESTE ABUTRE!

VISUALIZOU E NÃO RESPONDEU?


Eu estava ficando perturbado depois de mandar varias mensagem no WhatsApp e não receber nenhuma resposta por quatro, cinco dias. Via que a pessoa tinha recebido e lido, mas não me retornava com qualquer sinal, nem um simples oquei.
Até que sem querer, entrei num site com uma postagem que dava alguns motivos pelos quais algumas pessoas liam mensagens e não respondiam. Era o que eu precisava ler para restabelecer a minha auto estima trucidada.


Tudo o que eu espero da vida é um pouquinho de cor, um pouquinho de sabor, um pouquinho de atenção, um pouquinho de educação. Portanto se visualizar uma mensagem minha e não responder em 24horas, caso você não tenha sofrido um AVC ou Infarto ou sido sequestrado por ETs, é falta de educação e quer dizer, sim: não me importo com você.
Acabou a minha angustia!...

GAFANHOTO DE GUERRA


Este helicóptero barulhento que sobrevoa agora a noite, sobre a minha cabeça e dos vizinhos, me causa a angustia dos que vivem em zona de guerra e a desconfiança de quem está sempre sendo vigiado por razões que desconhece os motivos.

Dizem que este gafanhoto de guerra, serve para a policia inibir e localizar facções criminosas em sua áreas de atuação. Talvez eu devesse arrumar um megafone e gritar pra eles: Minha casa e pequeninha, vive nela eu e meu gato, driblando uma vasta solidão e o desconforto de estar sob uma mira. 

COM A CARA DE LONDRES

O bairro aqui, onde eu moro, amanheceu com a cara das manhãs cinzentas de Londres. Uma densa neblina e um friozinho que parecia cortar a carne da gente e não parecia querer se dissipar tão cedo. Algumas pessoas caminhavam quietas na calçada bordada de gramas e grandes arvores; Iam ou voltavam de algum lugar secreto de suas vidas. Carregavam desejos em seus olhares disfarçados e uma certa cumplicidade com o que não podiam mudar, só aceitar a contragosto.

MONTANHA RUSSA



Devo parar, ou pelo menos diminuir significativamente, o meu excesso de exigências, que me sobrecarrega de frustrações e permite que eu também não seja cem por cento eficaz nos meus projetos. Como exigir alguns cuidados, responsabilidades e atitudes que são minhas e não pertence de todo, aos outros?
Cada dia que passa, sinto-me viver sobre uma montanha russa, cujas as oscilações me alternam a alma de satisfação e angustias, de grande estimulo e desistência. Dai que eu paro por alguns dias, mastigando frustrações e avaliando minha própria competência e esforços. Sentado na cadeira dessa montanha russa, respiro profundamente e me pergunto se devo prosseguir ou me jogar pra fora.

MAR DA AFLIÇÃO


Eu estava admirando a beleza do Mar Adriático, enquanto caminhava pela costa empilhada de edificações antigas, quando palavras me vieram a mente, como se fossem sopradas no ouvido.
Logo que pude, sentei numa mureta de pedras, retirando um pedaço de papel da bolsa tiracolo e comecei a escrever, como se fosse um sonho, que eu não poderia arriscar esquecer.
Brotou palavras, frases como uma revelação aparentemente não tão obvias a o entendimento, mas com algum sentido. Estava neste momento tão sensorial como poucas vezes fico. Nasceu então este poema que mostra o mar de outra forma, escuro, perigoso, traiçoeiro e cheio de segredos.

MAR DA AFLIÇÃO:

1-Vem ver o mar de noite,
Há um gigante vigiando-o pela madrugada.
Quem entrar:
Sabe do perigo de jamais voltar.

2-Vem ver o mar, 
de ondas escuras,
com bordados de prata feitos pela lua

3-Quem tem coragem de enfrenta, sua envergadura,
Braços fortes de Netuno, decidindo o futuro.

4-vem ver o mar, de tantas galés e armadilhas
de ruídos vindo do porão.
O que são?
Ratos, restos e memorias
que nunca se vão.

5-Vem ver o mar, da aflição.
Seu amor partiu e nunca mais voltou.
Só ficou a saudades, de quem foi e não voltou.

6-Vem ver o mar, de noite...
Ele lambe com a maré, a ponta dos seus pés.

7-Vem ver o mar sobre a catedral de pedras.
Há um gigante vigiando-o pela madrugada.

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