Acabo de retornar do cinema a poucos minutos atras com o meu filho; Fomos assistir "Branca de Neve e o Caçador". Bom, o filme é tudo o que eu esperava que fosse, mas com alguns efeitos especiais e algumas poucas cenas diferentes do que se conhece do conto de fadas original: No mais, traição, domínio do reino por uma rainha má com poderes sobrenaturais, magias, anões bondosos, fadas, luta para reconquistar o bem que acaba vencendo o mal, a descoberta de um amor que fica implícito e tudo termina na esperada coroação da princesa herdeira do trono com brados de "Salve a Rainha". Sabe de uma coisa, tem momentos em que precisamos do obvio para descontrairmos.
Tubuna
Hoje de manhã, quando fui ao supermercado, vi um senhor gordo e careca sentado num banquinho de madeira, na calçada, que me fez lembrar do Tubuna. Tubuna era o apelido de um vizinho chamado Julio e que também vivia sentado num banco de madeira na calçada, conversando com a gurizada da rua onde eu morava. Ele tinha uma personalidade sarcástica e também um péssimo humor. Criava competitividade entre os guris e parecia ter um certo prazer particular de vê-los brigar entre si, por motivos aparentemente absurdos e sem razão. Um dia confessou, que a provocação que produzia era um exercício de masculinidade do qual queria nos ensinar. Eu não acreditava nele e pensava que sua maldade ia além do que podíamos entender na nossa idade, também não entendia que poder ele exercia sobre aquela gurizada que se mantinha a sua volta, ouvindo as barbáries que falava sobre a vida e as pessoas em geral, com tanta amargura. Sua imensa barriga arfava nas poucas vezes que ria e seus olhos era de um azul claro e de uma expressão subjetiva. A pele era muita branca e sardenta e os cabelos grisalhos e ralos. Quando ele morreu de infarto, eu fui a o dicionario para saber o que significava o seu apelido, que antes eu não sentia nenhuma curiosidade de saber. Eu pensava que tinha alguma coisa haver com sua gordura e isso me bastava, mas era o nome de uma especie de abelha muita agressiva que constrói seu ninho nos ocos das arvores que encontra.
Madame Satã em Cuba?
Quando eu vi este figuraça passeando pelas ruas do centro histórico de Havana, pensei com meus botões; este país não é tão rígido como parece ser, ao menos ninguém desviava o rosto em sua direção com surpresa, ou demostrava preocupação com a sua presença diferente das demais. Por alguma razão ele me lembrou madame Satã, andando pelas ruas estreitas da Lapa aqui no Brasil. Eu não sei por que fiz esta relação.
Mais um patrimônio destruído em Viamão.
Foi com grande tristeza que li hoje, no blog de Fernanda Blaya Figueró, conhecida poetisa, moradora e cidadã de Viamão que defende a cultura e se preocupa como eu, com a identidade e com o patrimônio não só da velha capital, mas de qualquer outra cidade, que mais uma casa centenária foi destruída, para uma possível nova construção em seu lugar. A casa possivelmente de construção açoriana ou portuguesa localizada em frente da Prefeitura Municipal, teve sua faxada destruída por não haver dispositivos legais que impedisse o ato de desrespeito com a história da cidade. A foto possivelmente batida pela própria Fernanda e que copiei de seu blog sem sua autorização, serve como registro e denuncia de um ato que considero uma violência contra a identidade e historia da cidade.
Fidelidade regional.
Ouvi ontem pela milionésima vez, uma observação sobre Elis, que não gosto de ouvir pelo simples fato de acreditar que isso possivelmente seja um mau entendido, ou seja: Aquelas observações mal interpretadas e que condenam atitudes pro resto da vida e principalmente vinda de Elis, sabidamente de personalidade intempestiva como era. Como pode alguém simplesmente desqualifica-la como uma das maiores cantoras do nosso tempo, por achar que um dia ela renegou a sua origem gaucha? A mulher ainda repetiu debochadamente uma frase dita pela cantora: _Eu saí do Rio Grande do Sul para cantar, não para abrir um C.T.G!
Os meus conterrâneos gaúchos, me parecem por vezes tão exigentes e rancorosos com seus artistas e celebridades que saíram daqui, para fazerem seu nome lá fora e tornarem-se reconhecidos não apenas no âmbito regional, mas nacional e internacional, cujo o talento não possui fronteiras. Esta fidelidade e reconhecimento de caráter regionalista à toda prova e que obriga as pessoas provarem seu orgulho pela terra onde nasceram, eu acho um tanto escravagista e repressor, afinal ninguém é obrigado a amar aos hábitos e a terra onde nasceu, não é mesmo?
Outra exigência e prova de amor incondicional a terra natal, foi jogada sobre os ombros de Ronaldinho gaúcho que ao sair do Milan, escolheu o Flamengo para jogar e não o time gaúcho que o revelou para o mundo. Hoje ele é visto como "Persona non grata" por aqui, como aconteceu com Elis.
No show de 240 anos de Porto Alegre, a cantora Lourdes Rodrigues declarou publicamente, que seu amigo Lupicínio Rodrigues lhe pediu certa vez, que nunca saísse do Rio Grande do Sul, que se mantivesse fiel a sua terra de origem. Vocês acreditam nisto, já que esta fidelidade regional é um ponto desfavorável no que se refere ao mercado competitivo que ainda se mantem centralizado.. Eta pedido difícil!
Outra exigência e prova de amor incondicional a terra natal, foi jogada sobre os ombros de Ronaldinho gaúcho que ao sair do Milan, escolheu o Flamengo para jogar e não o time gaúcho que o revelou para o mundo. Hoje ele é visto como "Persona non grata" por aqui, como aconteceu com Elis.
No show de 240 anos de Porto Alegre, a cantora Lourdes Rodrigues declarou publicamente, que seu amigo Lupicínio Rodrigues lhe pediu certa vez, que nunca saísse do Rio Grande do Sul, que se mantivesse fiel a sua terra de origem. Vocês acreditam nisto, já que esta fidelidade regional é um ponto desfavorável no que se refere ao mercado competitivo que ainda se mantem centralizado.. Eta pedido difícil!
Acorda vem ver a Lua...
Eu gostaria de um milagre: Ter nascido com o dom de cantar, com afinação, ritmo, presença de palco, bom gosto nos repertórios, já completo e sem a necessidade de ter que passar por aulas de canto junto aos grandes mestres. Aprenderia somente com os ouvidos as notas musicais, o tom adequado, o tempo certo de cada frase no espaço certo para entrar e sair, mas não fui abençoado com isto e acho que até mesmo os grandes cantores precisam estudar para qualificar cada vez mais o seu instrumento de trabalho.
Tenho ouvida muita musica quando estou na minha casa, dentro do ônibus, ou na fila do supermercado; Percebi que com ela a vida se apresenta com mais cor, mais alegria ou tristeza, mais intensidade e tenho a sensação de que sou nestes momentos mais observador do que participante das agitações que o cotidiano nos obriga a fazer parte. Também me especializaria em musicas eruditas, que são as mais bonitas e as que mais me emocionam quando ouço, embora tenha o gosto bastante eclético.
Encontrei esta versão de Melodia sentimental de Heitor Villa Lobos para a mini-serie "Hoje é Dia de Maria" interpretada por Rodrigo Santoro e Letícia Sabatella que foi uma das mini-séries mais poéticas já apresentadas pela Rede Globo.
O azul e o numero seis me perseguem
Minha casa transformou-se nos últimos meses num verdadeiro acampamento. Não consigo tempo para organiza-la, e isto por vezes me incomoda, mas não o suficiente para dar um ponto final. Entre o amontoado de roupas e a bagunça de objetos que vou tentando ajeitar na medida do possível, para que a montanha não cresça e caia por cima de mim, percebi a incidência do azul na minha vida, embora eu tenha uma quedinha secreta pelo vermelho.
O azul incide na minha vida da mesma forma que o numero 6. É o 614, o 627, o 166, o 96, o 600, números que de alguma forma fazem parte do meu cotidiano e me pertencem sem que eu os escolhesse. Claro, eles não interferem conscientemente na minha vida, não me dão poderes que me transforme num iluminado, convivem comigo passivamente como convém aos objetos
Ah, vocês vão dizer que não é bem assim, que tudo faz parte de uma coincidência, mas ainda assim vou me manter na duvida, por que nós seres humanos temos uma tendencia para mistificar tudo, penalizar o sobrenatural, complicar o que é simples por que o obvio não nos basta mais. Achar que tudo possui uma razão mais profunda e subjetiva de ser.
Semana passada, ganhei esta pedra, que eu tinha de apanha-la dentro de um saco de pano e com os olhos fechados para dar sorte. Depois, uma caixa do Dolce Gabbana, o que tenho de concluir que o azul assim como o numero 6, tem me perseguido ainda mais nesta ultima semana, ou será que é noia?
Ah, vocês vão dizer que não é bem assim, que tudo faz parte de uma coincidência, mas ainda assim vou me manter na duvida, por que nós seres humanos temos uma tendencia para mistificar tudo, penalizar o sobrenatural, complicar o que é simples por que o obvio não nos basta mais. Achar que tudo possui uma razão mais profunda e subjetiva de ser.
Semana passada, ganhei esta pedra, que eu tinha de apanha-la dentro de um saco de pano e com os olhos fechados para dar sorte. Depois, uma caixa do Dolce Gabbana, o que tenho de concluir que o azul assim como o numero 6, tem me perseguido ainda mais nesta ultima semana, ou será que é noia?
Com a cara do Simpson.
O cara errou o meu corte de cabelo e eu senti que iria dar nisto já nos primeiros minutos que começou a corta-lo e a conversar com o seu colega do lado. Não prestava atenção no que estava fazendo. Eu disse pra ele: _Quero batido dos lados, mas que não fique marcado e com aspecto de corte militar. Mas ele parecia não dar a minima para o que eu falava e continuava mais absolvido na conversa, do que no seu trabalho. Apertava a maquina contra a minha cabeça como se as laminas estivessem cegas, parecendo forçar o corte.
Bom, eu sai da cadeira ainda com os cabelos umedecido de gel e somente quando cheguei em casa é que percebi estar com a cabeça excessivamente quadrada e marcada, parecendo um daqueles personagens da familia Simpson. Não sei em que momento meu sexto sentido começou a me cochichar no ouvido que iria sair merda e saiu. Se eu pudesse reverteria o tempo para evitar o estrago deste f.d.p. Tenho vontade de retornar até lá, como na figura aí de baixo!
Por que um serial killer mata:
Depois da mostra sobre etnias que participei na escola, eu e uma amiga resolvemos na volta para casa, pararmos em algum lugar para bebermos uma cerveja e conversarmos um pouco, desopilar. Escolhemos no meio do caminho, uma dessas lanchonetes ampliadas por um tipo de toldo estendido para proteção contra a chuva. O lugar era frequentado por jovens estudantes universsitarios e estava com poucos clientes que também bebiam e conversavam alto. Havia entre eles, uma jovem completamente embriagada que dava seu pequeno show, atropelando mesas e lançando gritos histéricos sem que se entendesse a razão, a não ser a própria embriagues. Estava completamente sem noção de ridículo, além dos gritos, mal parava de pé, falava aos berros com uma voz melosa e ao mesmo tempo estridente de rasgar tímpanos e tirar qualquer um do sério. Eu não sei se já não era implicância minha, mas tinha a impressão que sua longa cabeleira saia do meio da testa. Comentamos entre nós baixinho, (eu e minha amiga), enquanto assistíamos aquela cena deprimente, que se tivesse algum serial killer por ali, era possível que a esfaqueasse, somente para que calasse a boca, mas não tinha, estava em falta.
A paella de Antônio Bandeiras.
Estou vindo da aula agora ou melhor dizendo; de uma mostra realizada hoje à noite, da cadeira de Manifestação da Cultura Popular, cujo o grupo em que participei, foram (Raquel e Paula). Coube-nos a incumbência de falar sobre a influencia da etnia espanhola no continente latino americano. Meu Deus, o tempo é meu inimigo, quase não consegui preparar nada para falar à respeito, a não ser pequenas informações já existentes no meu acervo mental, como as influencias gastronômicas e um pouquinho de arte musical em pequenas pinceladas de amador.
A salvação da minha lavoura, talvez tenha sido a paella valenciana que preparei na madrugada da noite anterior e levei para a amostra. Meu truque guardado na manga, já que tenho alguma facilidade em mexer com a culinária.
A receita da paella quem deu foi Antonio Bandeiras, quando esteve no programa "Mais você", da Ana Maria Braga, para o lançamento de seu ultimo filme a "Pele Que habito". O ator foi para a cozinha com a apresentadora, ensinando como se faz uma paella ao seu estilo. Tá tudo gravado no site do programa, foi só prestar atenção e seguir passo à passo.
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