LAGUNA



Laguna é pra mim uma cidade peculiarmente bela e parece emanar uma energia diferente das outras cidades catarinenses que conheço. Cidade da heroína Anita Garibaldi e de importante papel na historia brasileira, uma vez que se tornou um marco histórico cultural, servindo no seculo passado como referencia para a assinatura do Tratado de Tordesilhas entre Portugal e Espanha. De ter participado da revolução Farroupilha e se tornado uma capital independente do Império Brasileiro, mesmo por pouco tempo e guardando consigo registros de importantes acontecimentos históricos locais.. .


SIGNIFICADO DO NOME:
Segundo a Wikipédia- enciclopédia livre, a palavra laguna se refere a uma depressão formada por água salobra ou salgada, localizada na borda litorânea, comunicando-se com o mar através de canal, constituindo assim uma especie de quase-lago.

DISTANCIAS:
De Porto Alegre até Laguna são 354 Km pela BR 101 em direção norte/leste. O trevo de acesso a cidade fica no km 335 da rodovia depois de cruzar por vendedores de butiá e camarão próximos e na travessia da ponte sobre a lagoa Imaruí e Santo Antônio.
Sua área central são de ruas estreitas com calçamento de pedras de paralelepípedo e casarios coloridos lembrando sua influência da colonização açoriana estabelecida ali no passado.


Alem de numerosas praias, a costa lagunense reserva outras surpresas, como o centro histórico onde é possível conhecer:

MUSEU CASA DE ANITA:
Anita Garibaldi também recebeu um espaço especial que conta um pouco de sua história. A casa transformada em museu foi construída em 1711 e foi onde Anita se vestiu de noiva para seu primeiro casamento. Estão expostos a visitação móveis da época e utensílios pessoais, além de uma urna com terra do local onde Anita foi enterrada, no cemitério de Ravena, na Itália. Outra peça interessante guardada pelo museu é o mastro do navio “Seival”, uma das embarcações transportadas por Giuseppe Garibaldi desde o interior do Rio Grande do Sul para a tomada de Laguna.


CASA DE CÂMARA E CADEIA:
Erguido em 1747 como, construção típica do período colonial. Em 1839, o local foi palco da proclamação da República Juliana, quando Santa Catarina ficou independente do regime monárquico por quatro meses. O museu também possui um acervo de armas desse período, como lanças, baionetas, espadas, punhais e canhões, e peças mais recentes da 1ª e 2ª Guerra Mundial.


MARCO DE TORDESILHAS: 
Monumento erguido para lembrar a assinatura do Tratado de Tordesilhas em 1494, que estabelecia uma linha imaginaria de 370 léguas a oeste do Arquipélago de Cabo Verde, sendo que as terras a leste desse meridiano pertenceriam a Portugal. O trecho de terra limitado pelo tratado se estendia de Belém do Pará, ao norte, até Laguna, ao sul.


FONTE DA CARIOCA:
Construída por escravos em 1863, além de um belo cenário de época, ainda serve aos moradores a água de uma nascente localizada no alto do morro. Diz o ditado popular que "Quem bebe desta água sempre retorna a Laguna e seus amores".


CASA PINTO D'ULYSSÉA:
É uma réplica de uma Quinta Portuguesa, conhecida também como Casa dos Azulejos, foi construída em 1866 pelo Ten. Coronel Joaquim José Pinto D'Ulysséa e restaurada em 1982. Atualmente é um local destinado à produção e comercialização de Trabalhos Artesanais, como a arte de vidro a fogo de Murano-Itália, produzidos por grupos organizados e oficinas de programas sociais do município.

IGREJA MATRIZ DE SANTO ANTONIO:
Construída de pau à pique em 1696 foi substituída em 1735 pela atual matriz, com altares em várias formas do estilo barroco. As colunas, portas e bancos foram feitos com madeira trazida de Portugal, ou próprias daqui como Pau-Brasil e Canela. O interior e as imagens encantam pela arquitetura e pelos detalhes em ouro. A pia batismal foi construída uma única peça de rocha gnaise, trazida de Portugal no início do século XVIII. Outro ponto que chama a atenção é a tela de Nossa Senhora da Conceição, pintada pelo catarinense Victor Meirelles, em 1856, em Roma.

ESTATUA NOSSA SENHORA DA GLORIA:
Erguida à 126 metros de altura, no alto do Morro da Glória, é um ponto de peregrinação de fiéis. O local permite uma vista do centro histórico da cidade, dos bairros, das praias e lagoas. O acesso ao local é pavimentado.

DOCAS:
Localizada às margens da Lagoa de Santo Antônio, permitindo a ancoragem de pequenas embarcações e iates. Deste local também se pode observar um belo pôr do sol, e à noite, a lagoa iluminada pela pesca do camarão.

FAROL DE SANTA MARTA:
Distante cerca de 17 km do centro da cidade, o acesso é feito por uma estrada de terra batida. Antes disso é preciso atravessar o canal da barra, um trecho de mil metros feito por balsa. Construído por franceses em 1891, no alto do cabo de Santa Marta, o farol tem 29 metros de altura, com alcance de 92 km geográficos, sendo um dos maiores do mundo.


LAGOA DE SANTO ANTONIO E IMARUÍ:
Durante a noite, transformam-se num verdadeiro espetáculo. Observadas à distância, as milhares de lampadas à gás, usadas para atrair o camarão até as redes tranformam a superfície da água em uma cidade flutuante.

PEDRA DO FRADE:
Localizada na extremidade da Praia do Gi, a Pedra do Frade, desafia a lei da gravidade ao sustentar-se sobre uma superfície inclinada. Essa formação rochosa de 9 metros de altura e 5 m de diâmetro recebeu o nome pela semelhança com um padre franciscano. Existem duas histórias sobre o monumento: a primeira diz que a pedra foi colocada estrategicamente pelos índios pré-históricos que habitavam a região há 3 mil anos. A outra, mais conhecida, que a aponta como o marco oficial do Tratado de Tordesilhas, acordo assinado entre Portugal e Espanha, em 1494. Foi considerado o primeiro cartão postal do Brasil. L eia mais sobre ela AQUI.


CARNAVAL DE LAGUNA:
A festa começa um mês antes, quando as escolas de samba realizam ensaios, desfilando no centro da cidade. Mas o ponto alto da festa está no final de semana do carnaval, com o desfile oficial dos blocos e escolas, além do encontro de milhares de jovens na Praia do Mar Grosso, embalados pelo som de bandas e trios elétricos.

AS PRAIAS DE ITAJAÍ EM STA. CATARINA.


O bom quando se vai para aqueles lados do Balneário Camboriú é que você não precisa usufruir somente do balneário propriamente dito, sempre lotado de gente e com aquela areia úmida e incômoda debaixo dos pés (e que um dia foi anunciado no Programa "Fantástico" como uma das areias de praia mais poluídas do país). Evidentemente que para quem gosta de badalações, shoppings, noites agitadas, engarrafamentos de carros nas ruas e não se importa com poluições [...] é uma boa pedida.
Então pra onde ir alem dos limites do Balneário Camboriú?.. Aqui vai algumas sugestões:

PRAIA DOS AMORES:
Para quem aprecia uma praia mais calma, sem disputa de centímetros quadrados de areia e de preferencia seca, o ideal é caminhar uns 200 metros em direção à Itajaí, na praia dos Amores, ao lado do Morro do Careca, no costão Sul, onde se pode praticar ou assistir vôos duplos de paragliders e desfrutar o sol e o mar sob guarda-sois, cadeiras e mesas oferecido pelos bares e quiosques suspensos e construídos sobre trapiches, localizados na orla, sem a obrigação de se consumir iguarias milionárias. A praia é propicia para grandes caminhadas pela encosta com morros e mata nativa, além da pratica de surfe e body-board.
Conta um morador que a origem do nome Praia dos Amores, surgiu no passado quando os homens que moravam nas redondezas e que procuravam diversões visitavam este lugar de difícil acesso para procurarem alguns bares que promoviam festas com mulheres bonitas. Quando voltavam para casa, a roda dos carros, cobertas de lama, os denunciava por onde tinham andado. .

MORRO DO CARECA:
Com 160 metros de altura, é ideal para quem gosta de trilhas. Localizado no costão direito da praia, possui uma vista magnifica e uma rampa para saltos livres. A subida é íngreme e o ideal é que se faça à pé (para quem tem fôlego) ou com veiculo de tração nas 4 rodas.



PRAIA BRAVA:
Seguindo em direção à Itajaí pela avenida principal, a próxima praia é a Brava que por seu difícil acesso manteve a sua beleza e preservação do local. Esta praia, atrai surfistas de todos os lugares e hoje sedia diversos campeonatos internacionais de surfe e jet-sky. Com apenas três quilômetros de extensão, a praia fica lotada nas altas temporadas, dificultando ainda mais seu acesso, pela superlotação de veículos estacionados nas redondezas. A praia é também um reduto de diversos luaus. 


PRAIA DE CABEÇUDAS:
Cabeçudas talvez seja a praia mais urbanizada e movimentada de Itajaí. O nome Cabeçudas tem sua origem nas formigas que havia na praia antigamente e que tinham cabeças enormes. Possui uma rede de hotéis, pousadas, restaurantes e um calçadão com arvores frondosas do qual os veranistas não necessitam utilizarem guarda-sois, além de um trapiche natural, formado por rochas que avançam em direção a o mar. Outra opção de lazer é admirar a vista panorâmica da praia no alto da escadaria da charmosa Capela Santa Teresinha.


TRILHA ECOLÓGICA DO FAROL:
No costão esquerdo da Praia de Cabeçudas fica a Trilha Ecológica do Farol, que além de ter como destino lugares surpreendentes, exibe uma variedade de plantas nativas, todas identificadas com placas. Esta trilha dá acesso à praia do Morcego e a uma outra pequena praia deserta chamada de Praia da Solidão. O lugar é bastante isolado, praticamente virgem e desconhecido por muitos moradores e veranistas de Itajaí. A vista de cima da trilha, sobre um penhasco, mostra a beleza do mar e da areia, que somados aos paredões rochosos formam uma paisagem indescritível.
Para ir até lá você precisa de permissão da Marinha, que é quem cuida do local, pois a ação de vândalos estava trazendo riscos à navegação próxima à costa e também pra entrada e saída das embarcações do cais peixeiro. Para conhecer o farol deve entrar em contato com a Secretaria de Turismo (47 3348-1080) ou com a delegacia da Capitania dos Portos e marcar visita.

PRAIA DO JEREMIAS:
Considerada ideal para o banho, tem águas rasas, limpas e bem mansas. Próximo a ela, está uma das principais atrações de Itajaí, o conhecido Bico do Papagaio.


BICO DO PAPAGAIO:
Rocha acidentalmente esculpida durante as explosões da abertura da estrada que liga à área central de Itajaí e a praia de Cabeçudas. A escultura tem cerca de 4,5 metros de altura e é considerado um cartão postal da região.


COMO CHEGAR:
Localizada às margens da BR-101, Itajaí fica apenas 90 km ao norte de Florianópolis. É possível chegar à cidade via Balneário Camboriú ou através de três trevos: o Itajaí-Brusque, que liga a BR-101 ao centro, o da avenida Adolfo Konder, e o Itajaí-Blumenau. 

Minha vida na outra vida

O filme “Minha Vida na Outra Vida” conta a história de Jenny, uma mulher do interior dos Estados Unidos, que tem a principio sonhos, lembranças e visões, de uma outra vida no passado, sua última encarnação, como Mary, uma mulher irlandesa de vida dura e sofrida, que faleceu na década de 1930. O mais interessante é saber que a história é real contada pela escritora do livro de mesmo nome e comprovada com fotos de 1930 como Mary e da década de 90 como Jenny.
Para quem gosta do assunto e sente-se atraído por questionar as incertezas da vida, acreditando ou não, vale a pena conhecer essa história. Eu particularmente fiquei emocionado e um tanto assustado ao assistir o filme.

PURMAMARCA- CERRO DE SETE CORES


Foi no retorno do Peru para o Brasil, que tive a oportunidade de conhecer o Cerro de Sete cores na região norte da Argentina, pela rodoviária Nacional nº 9, eixo da Quebrada de Humahuaca (declarada Patrimônio Cultural e Natural pela UNESCO), a 64 quilômetros de São Salvador de Jujuy, onde paramos para jantar.





A serra nas proximidades das montanhas coloridas, é sinuosa dando a sensação de que o ônibus de dois andares em que excursionávamos, não venceria as curvas fechadas, ora com altos paredões de pedra, com gigantescos cactus com mais de 2 metros de altura, ora sobre penhascos de grande profundida do nosso lado.





Eu estava sentado ao lado do motorista do ônibus  e enquanto viajávamos por toda aquela região, ele não escondia sua apreensão com relação as curvas fechadas e observando temerosamente os penhascos que deixávamos pra trás.  Alguns veículos e caminhões, nos ultrapassava em alta velocidade e chegamos a comentar que um acidente naquele lugar seria o fim.
É nesta região que também encontra-se a Reserva Nacional Los Flamencos, no caminho desde San Pedro até o Passo Jama e também as Salinas Grandes, em Jujuy, Argentina.





Quando começamos a nos aproximarmos das montanhas coloridas, quase não acreditei no que estava vendo. Era tudo tão inacreditável, que me causou a impressão de que eram pintadas à mão; um gigantesco quadro, diante dos meus olhos e que possuíam muito mais do que sete cores.



Em Purmamarca, cidade localizada na base das montanhas coloridas, as casas de adobe, em cores terracota, pareciam propositalmente feitas à combinar com o ambiente montanhoso. O pequeno povoado de Purmamarca que significa (Povo do Deserto- na língua Aimará), sobrevive em grande parte do turismo e a venda de artesanato, mantendo uma vida simples e alguns hábitos e costumes de seus ancestrais indígenas.




A igrejinha da vila, foi construída em 1648. São quase 400 anos de história! Em 1941 foi tombada como Patrimônio Histórico Nacional.

PASSO DO JAMA.

As paisagens que se vê no noroeste da Argentina, na fronteira com o Chile, é literalmente de perder o fôlego tanto pela beleza, quanto pela altitude e desconfiar que tudo aquilo que estamos vendo, não é real. São altiplanos magníficos  com vegetações exóticas,  montanhas, pedras em forma de esculturas, penhascos e inacreditáveis lagos congelados.

Quando se chega neste ponto do planeta, a uma altura de mais ou menos 4.000 metros de altitude, todas as sensações de desconforto podem nos acometer, como dores de cabeça, enjoo,  frio, falta de ar e diminuição da resistência física, mas que por outro lado é recompensado pela beleza inacreditável do lugar.

Dentro do ônibus com calefação, não tínhamos noção da temperatura que fazia do lado de fora e só percebemos isto, quando tivemos que desembarcar e enfrentar a fila na Aduana para carimbarmos os passaportes. A altitude nesta região varia entre 2.500 à 4.800 metros nas partes planas, havendo montanhas que chegam até 6.900 metros..

A região possui muitos vulcões, salares, lagos salgados, minas abandonadas e planícies coloridas de areia e raríssima vegetação. As grandes altitudes e a baixa umidade relativa do ar, nos exigiam algum tempo de aclimatação. Estávamos no mês de Julho, onde as temperaturas variam entre 02 e 16 graus
durante o dia e muito vento, causando-nos uma sensação térmica muito mais baixa que o termômetro registrava. 

A aduana naquele deserto cercado por montanhas, lembrava a entrada de uma penitenciaria de segurança máxima no meio do nada e seus funcionários pareciam fazerem jus a esta impressão. Eram ríspidos com os viajantes que ali paravam e não se importavam com os que estavam do lado de fora recebendo todo aquele vento frio e areia no rosto.
Nossa próxima parada seria em San Salvador de Jujuy à noite, onde combinamos jantar e telefonar para a família e amigos do qual estávamos saudosos no Brasil.

Reserva Nacional de Paracas


Há 260 quilômetros ao sul de Lima - capital peruana, mais ou menos 3 horas de carro pela Pan-americana, pode-se apreciar um dos lugares mais fascinantes criado pela natureza e que foi transformado em Reserva Nacional em 1975, com a finalidade de proteger a diversidade de flora e fauna. É a única reserva marinha no Peru, onde vivem leões marinhos, pinguins, golfinhos, flamingos e outras centenas de aves. A reserva é uma gigantesca zona protegida, localizada na parte sul da província de Pisco, onde de um lado encontra-se um imenso planalto de areia (deserto) e do outro as águas geladas do Oceano Pacifico. Seu nome Paracas significa em quéchua (Chuva de Areia).
A reserva está localizada em uma área de 335 mil hectares, que forma parte de um dos ecossistemas mais importantes do nosso planeta.


Além desta magnifica beleza geográfica, que durante o dia apresenta temperaturas superiores a 30 graus e a noite pode descer para os 10 graus, é possivel observar atrações arqueológicas como o misterioso Candelabro, alem de obras da natureza como a Catedral, lindas praias e  ilhas. A temperatura do Pacífico nesta região é muito baixa por causa da corrente marítima de Humboldt, que leva águas frias da região antártica para a equatorial e consigo uma rica cadeia de alimentos que mantém sustentável todo este ecossistema.



O candelabro - está localizado à noroeste da baía de Paracas e é uma geoglifo - (uma grande figura desenhada no chão de um morro, cujos as linhas são uma espécie de canais gravadas na rocha), que tem um comprimento de 177 metros de altura, 54 metros de largura e 60 centímetros de profundidade. O Candelabro é também chamado de Tres Cruces ou Trident. Acredita-se que ele  está relacionado às linhas de Nazca e a melhor maneira de aprecia-lo é do mar através dos  passeios de barco, pelas Ilhas Ballestas. Logo na saída do passeio, pode ser visto e fotografado. Alguns guias dizem que se trata do desenho do cacto São Pedro, que era utilizado na sociedade pré inca como bebida alucinógena usada em rituais. Outra teoria aventada é que se trata de um desenho criado por piratas do século passado como indicativo para algum tesouro e até mesmo algum símbolo secreto da maçonaria. Seja qual for a razão de sua existência, o símbolo existe até hoje sem nenhuma explicação arqueológica.


A catedral - é uma formação rochosa causada pela erosão do mar e do vento. Ela tem uma forma côncava que lembra as cúpulas de uma catedral, onde podem ser visto milhares de leões marinhos e aves de varias espécies. Está localizado entre as praias e Yumaque e Supay, belíssimas por suas falésias e altiplanos de areias grossas, contrastando com as águas geladas do Pacifico. É muito comum durante os passeios descer uma nevoa que cobre por alguns minutos toda a região. Parte de uma das cúpulas da Catedral, foi destruída pelo terremoto de 2007 na região.


Ilhas Ballestas - As Ilhas Ballestas são o refúgio dos leões marinho que ali se reproduzem e estão localizadas à 30 minutos da costa litorânea. Estima-se que existem hoje mais de 36.000 leões marinhos vivendo nas ilhas, que além de possuírem belas formações rochosas é o recanto de milhares de aves migratórias que disputam os lugares mais altos, como pelicanos, gaivotas, albatrozes e etc. É proibido desembarcar nas ilhas e todos os passeio são feitos em lanchas.


Na cidade existe empresas turísticas que realizam passeios diariamente para vários lugares interessantes da região. Estes passeios normalmente tem inicio por volta das 7 horas da manhã e com variadas durações. No centro da cidade tem um calçadão com uma variedade de restaurantes com comidas típicas a base de frutos mar já que a pesca é um dos produtos de subsistência da província, além do turismo. Outra opção interessante é visitar o centro de Interpretação de Paracas e o Museu Julio C. Tello localizado no centro da província.


Centro de Interpretação de Paracas - é um lugar destinado a dar informações sobre a fauna e flora da reserva, com exposição de esqueletos de animais existentes na reserva.

Museu Julio C. Tello - Pequeno Museu com exposição de restos humanos antigos encontrados na região e o famoso Craneo deformado de Paracas. O Museu também dá informações aos visitantes, sobre o antigo homem de Paracas, que habitou á região há mais de 2000 mil anos atrás.

Lhamas vicunhas e Alpacas

Uma das coisas que me deixou envergonhado e depois P.. da vida nesta viagem para o Peru foi que eu não sabia a diferença de uma lhama para uma alpaca. Só estava claro na minha cabeça que lhama eu havia comido e alpaca eu tinha vestido.
Falando agora, na diferença dos animais:
A alpaca: É menor que a lhama tendo uma pelagem mais longa e macia. É utilizada como fonte financeira do aproveitamento de sua lã (fibra de alpaca).
É tímida, gentil e pode aprender truques. O habito de cuspir é comum na alpaca, que utilia para mostrar sua agressividade ou metodo de defesa, mas é muito dócil.
Pode alcançar 1,20 a 1,50 de estatura dos pés à cabeça e seu peso pode variar de 45 a 90 kg.


A lhama: Tem pelagem longa e lanosa e é utilizada mais no transporte de carga, produção de lã, carne e couro. São mais irritáveis e considerado o oitavo animal mais irritavel do mundo. Medem de 1.40 à 2.40 com a calda e chega a pesar 150 Kg.


A vicunha: É o animal que possui o menor tamanho entre os tres animais andinos, chegando no máximo a 1,30 metros de altura e podendo pesar até 40 kg. Sua pelagem é muito fina e tem alto valor comercial; por esse motivo, a vicunha esteve à beira da extinção. As vicunhas são espécies selvagens, enquanto a lhama e a alpaca são domesticadas.


Agora numa proxima viagem quando alguem gritar: Olha uma lhama, uma alpaca ou vicunha eu saberei distinguir os bixos!

SALTA - ARGENTINA.



Depois de tantos passeios pelo sul do continente, eu não poderia deixar de falar sobre Salta, cidade argentina, no noroeste do país e que estrategicamente fica num dos caminhos de quem vai para a Bolívia ou norte do Chile, saindo do Rio Grande do Sul (Porto Alegre, Uruguaiana, Corrientes). Salta fica localizada a leste da cordilheira dos Andes, no fértil Vale de Lerma, à cerca de 1 187 metros de altitude. Minha experiencia na cidade foi de dois dias quando me deslocava até Santiago no Chile com um grupo de excursionistas realizado pelo Ton do Excursões Universitárias em Janeiro de 2010 e cuja a experiencia foi muito gratificante.


Salta é uma cidade colonial e percebe-se isto através do tipo de construção utilizada em seus prédios no centro da cidade, assim como na atitude de seus moradores e comerciantes locais, que ainda mantem o hábito de sestear depois do almoço até às 16 horas, quando voltam a abrir o comercio sem muita preocupação em satisfazer os turistas consumidores e deixando claro que este é um hábito cultural a ser respeitado. A cidade está longe de ser uma grande metrópole como Buenos Aires ou um centro cultural movimentado e de vida noturna como Córdoba, mas vem se destacando gradativamente no panorama turístico do país, oferecendo uma variedade de opções a quem à visita, além de uma excelente hotelaria, gastronomia, cassino, balneário municipal, museus e centros artesanais, entre outras atrações. Suas ruas são planas e divididas em quarterões, cujo o centro histórico não é distante, podendo ser feito à pé, com calma e sem pressa.


Cabildo de Salta: É o edifício colonial mais antigo da cidade e por sua vez, o mais completo e conservado da Argentina. Localizado no centro de Salta, na Caseros 549, em frente à Plaza 9 de Julio, o Cabildo, ou Municipal Hall, que datam do século 18, abriga atualmente dois museus em seu interior: O Museu Histórico do Norte na planta baixa e do Museu Colonial e das Belas Artes na planta alta. O "Museu Histórico del Norte", que exibe artes sacras e o conjunto de mobiliários modernos e históricos, alem de um variado acervo de utensílios que contam a história da cidade e da cultura local. 


É também no Plaza 9 de Julio, com seu amplo espaço a o ar livre, que se concentram a maior parte de bares e cafés e que no entardecer acontecem exposições de artesanato, artes plasticas, musica e outras manifestações artísticas locais. Neste horário também, alguns moradores se concentram nos Cafés para o bate-papo do final do dia. 


Igreja São Francisco: 
Caminhando pelas ruas de Salta é quase impossível cruzar diante desta igreja e não reparar sua grandiosidade e beleza. A Igreja São Francisco em estilo neoclássico do seculo 19, com sua fachada e muros de cores Vermelho, branco e dourado, lhe confere um aspecto de nobreza, ostentação e riqueza. 


Convento São Bernardo:
Seguindo pela rua Caseros esquina com a Santa Fé, o Convento São Bernado, uma das construções religiosas mais antigas de Salta, datada do final do seculo 16 e habitado por freiras que vendem uma variedades de doces. O prédio em pintura branca, possui até um hospital desativado e que funcionava no passado.



Museu de Arqueologia de Alta Montaña- (MAAM): É também outro dos atrativos do centro da cidade, onde são expostos elementos de um Santuário de Altura inca, que incluem as múmias de Llullaillaco, descobertas em 1999. 
São três crianças enterradas no topo de um vulcão à 6.739 metros de altitude, no norte argentino e chileno. Conta a história, que as crianças foram levadas até o alto da montanha sagrada por seus pais e lá foram embriagadas com chica, uma bebida à base do milho que existe até hoje. Depois de beber muita chica e ficarem em coma alcoólica, foram enterradas numa cova onde morreram de frio e asfixia.


Parque San Martín: Outra pedida é visitar o parque San Martin, localizado a 1.458 metros de altura, no Cerro San Bernardo, de onde se tem uma vista panorâmica de parte da cidade. O parque possui uma boa área física e é muito bem estruturado, com passeios pavimentados, jardins floridos, gramados aparados, bancas de artesanatos para compra de souvenires, restaurante, banheiros e um laguinho artificial entre a mata nativa e a beira do cerro. Para se chegar até o cerro, tem-se a opção de subir a pé ou através de um teleférico que vende os ingressos por $ 8,00 pesos (ida e volta) num de seus terminais.



Trem das Nuvens: Uma das tantas opções é fazer um passeio no Trem das Nuvens, considerado o trem mais assombroso do mundo e que leva seus passageiros a uma altura de 4.200 metros sobre as montanhas, num percurso de 217 quilômetros, cruzando por viadutos, tuneis e pontes, em grande velocidade e com duração de 17 horas. Nos dias em que estive por lá os passeio haviam sido suspensos, mas conforme informações, o trem, cruza por (29 pontes, 13 viadutos, 21 tuneis, 2 "cilindros" y, 2 ziguezagues) e conta com, vagão panorâmico, espetáculos folclóricos, consultório médico, áudio, vídeo e guias bilíngües. Este passeio oferece uma viagem incrível, cheia de emoções, onde é possível conhecer nos arredores numerosos povoados, além de monumentos e lugares históricos, como algumas ruínas de seu passado indígena.


Circuito dos Vales:
Outro lugar muito procurado pelos turistas que preferem passeios mais ecológicos é a Quebrada de Cafayate ou das Conchas, que são formações naturais, de rochas sedimentares (arenitos) avermelhadas e alaranjadas. Cafayate é o principal povoado dos Vales. Um dos lugares que podem ser visitados nos arredores é um moinho jesuítico de 350 anos que ainda está em funcionamento. Pela Rota N° 40, principal acesso, o percurso continua por outros pequenos povoados ricos em edificações coloniais, ruínas indígenas e artesanato têxtil. Vale a pena conhecer!

ALTO HOSPÍCIO - CHILE

Da janela do ônibus em movimento, eu admirava toda aquela paisagem árida e vazia nas proximidades de Iquique. 
Quando o ônibus parou, dando passagem para uma locomotiva que vinha do nada em nossa direção, sobre um mar de areia e cruzando para outro lado do nada, eu ouvi alguém dizer, que existia por ali uma linha de trem do Chile para a Bolívia. Seria esta linha? -pensei com meus botões. Talvez não; me parecia mais um trem de transporte de cargas se deslocando "não sei de onde,  não sei pra onde..". Mais adiante uma placa meio apagada sinalizava para uma estrada de terra íngreme na direção de mais um outro nada com construções distantes sob o reflexo do sol nas montanhas distantes, onde eu li numa placa empoeirada: "El acceso a la Alto Hospício". O que seria aquilo, a indicação de alguma casa de doentes mentais, sobre uma ampla planice desértica, esquecida, isolada do resto do mundo?
Assim que pude fui consultar o sr. Google eu descobri: Alto Hospício é uma localidade da cidade portuária de Iquique e acreditem, concentrando hoje mais de 80.000 habitantes. Alto Hospício nasceu e cresceu à sombra de Iquique, sendo hoje uma grande cidade.

Conta a historia que trabalhadores que deslocavam-se das minas de Huantajaya à 30 km de Iquique, muitas vezes montados em mulas ou à pé, transportando minério de prata em mochilas de couro, aproveitavam-se deste lugar para descansarem e a seguir retomarem seu caminho, seguindo viagem. Alto Hospício passou a ser conhecido como um local de descanso destes trabalhadores que também faziam "Jornadas Interiores", (razão do nome alto hospício). Com o desenvolvimento econômico de Iquique nos anos noventa e consequente aumento populacional da metrópole, os trabalhadores começaram a se transferirem e fazer da localidade, uma cidade dormitório com aumento significativo de sua demografia. Alto Hospício, a partir de um pequeno grupo de casas e vilas que não excedia 2.000 habitantes no início dos anos noventa, passou para uma cidade enorme com milhares de habitantes. Com o crescimento, Alto Hospício passou a registrar altos índices de marginalidade e violência local. Tornou-se município em meados de Abril de 2004, quando aprovou uma lei separando-se de Iquique e tornando-se município.

Até a próxima viagem!



Sem pretensões desrespeitosas

Ontem uma cliente se aproximou de mim meio tímida e parecendo buscar alguma palavra apropriada me perguntou o que eu fazia para manter meus cabelos com aquele aspecto "À la louco" do qual ela achava muito interessante e gostava.
Eu normalmente trabalho com eles presos por um elástico preto e próprio para isto, mas depois de sua observação, percebi que tinha se soltado sem que eu notasse. A pergunta me pegou de surpresa, pelo tipo de palavras utilizada, que devo ter ficado desconsertado naquele momento. Meu colega que estava presente, pareceu inchar-se para não soltar uma explosiva gargalhada.
Hidratante, muito hidratante, foi o que pude responder na hora!
Não me ofendi de maneira alguma com o que ela havia dito, pois parecia haver alguma intenção de elogio em suas palavras mal colocadas, mas pensei em como algumas observações espontâneas podem se tornar despretensiosamente desrespeitosas sem que se perceba ou então somente fora da hora apropriada.

Frio na barriga

Já vivi dias piores, mas confesso que ainda sinto um certo receio e frio na barriga de lugares apertados, fechados ou mesmo ficar à deriva num lugar espaçoso, mas ainda assim restrito, por exemplo perdido no mar, numa pequena embarcação.
Esta semana, assisti na TV sobre o dilema dos 33 mineiros chilenos confinados numa mina à 19 dias sob a terra, numa profundidade de mais ou menos 700 metros no Atacama. Segundo informações, uma máquina de perfuração que está sendo montada para a retirada das vitimas, deve avançar a um ritmo diário de 10 a 15 metros. Portanto, serão vários meses de trabalho, onde poderão ficarem presos e sem ver a luz do dia até o Natal. Isto é verdade ou ficção?..
Enquanto isto, uma segunda sonda utilizada serve para o envio de oxigenio, alimentação e cartas de parentes.
Eles estavam, desaparecidos desde o dia 5 quando a mina onde trabalhavam desabou e abrigaram-se num refugio de 52 metros quadrados. Este tipo de noticia me causa calafrios e custo a acreditar que seja verdade!..

Postagem em destaque

TÔ PENSANDO QUE:

Quando as nossas emoções, alegrias e tristezas passam do tempo, nossos sentimentos humanos ficam acomodados numa cesta do tempo recebendo so...