A LIBELULA VERDE

Penso em tantas coisas... nas coisas de que são feitas o mundo. Em objetos, lugares, pessoas, cheiros, sabores, texturas, sonhos, impressões. Uma imagem, um quadro que vejo, me faz viajar pelo tempo, tempo que é meu, não dos outros. Tempo infinito e que as vezes parece durar uma semana, um mês, uma eternidade e que de fato, não existe. 
Fico esperando ela passar: Com seus cabelos ruivos, mas tão ruivos, que parecem artificiais e usa um vestido verde que eu não conseguiria definir o exato tom deste verde. 
Seus olhos? Ah, não consigo olhar pra eles, porque anda de cabeça baixa, rosto quase enterrado no chão!
Estas combinações a faz perecer de outro mundo, um mundo inventado, de ficção. Quando passa aqui em frente, correndo por entre as arvores do parque, logo desaparece nas sombras, como uma fada disfarçada de libélula de fartas asas transparentes, carregada pela brisa da Primavera.

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