UMA NOITE CHUVOSA E O JARDINEIRO FIÉL.

Perdi o sono e fui dormir lá pelas 3 horas da madrugada, depois de assistir "O Jardineiro Fiel". Acho que foi a carne de panela feita na pressão e as três folhas de alface que me fizeram perder o sono. Lembrei do compromisso que tenho este ano de visitar Cabo Polônio em Rocha e levar uma amiga de arrasto. Esta praia inóspita é desses lugares que mistifiquei e  preciso conhecer sem entender bem os motivos desta urgência...
Mas voltando ao filme, era sobre isto que eu queria falar, tem uma cena onde o personagem principal Justin, está num acampamento no meio do deserto africano, resgatando as ultimas informações que envolveram o assassinato de sua esposa, quando surge um ataque eminente de saqueadores armados e à cavalo e todos começam a fugir para não serem mortos. 


Os ingleses evidentemente correm para um avião que esta prestes a decolar as pressas e Justin segura a mão de uma menina que desde a sua chegada no acampamento, está a sua volta e ele tenta coloca-la dentro da aeronave mas é impedido por um dos tripulantes que diz que ela não pode ir junto pelo fato de ser uma nativa e que estes já possuem seu destino escrito. Justin fica desesperado por se tratar de uma criança e começa a protestar aos gritos. A menina parecendo entender  a decisão descriminatória sobre sua ida, desce da aeronave de volta para o deserto, correndo ao lado do avião que desaparece no horizonte montanhoso. Dentro do avião Justin pergunta para o outro Inglês, o que será dela, que lhe responde resignado que com um pouco de sorte talvez consiga chegar a algum lugar, num campo de refugiados e sobreviver aos saqueadores ou ao calor do deserto. Este tipo de cena que envolve massacres de inocentes e crianças e imita a realidade desse povo sofrido, sempre me parte ao meio.

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