MORRO DA CRUZ.



Nesta Terça-feira, aproveitei a tarde ensolarada para fazer um passeio, talvez pouco convencional, por um dos morros que circunvizinham a cidade, alem de outros recantos chamados de caminhos rurais de Porto Alegre. Minha primeira parada foi no Morro da Cruz, na região leste da cidade onde se tem uma vista privilegiada dos bairros distribuídos ao redor da capital. 



O morro é conhecido por este nome, por ser o local onde anualmente acontece a encenação da Paixão de Cristo, levando uma multidão de fiéis a este local. O evento acontece desde 1960 com a participação de membros da comunidade, artistas, profissionais diversos, a Paróquia São Jose de Murialdo e a prefeitura da cidade. 





A região é habitada por pessoas de baixa renda cuja as casas foram construídas de forma desordenada nas encostas do morro, formando pequenos becos e ruelas de difícil acesso a circulação de veículos, esgoto à céu aberto e rede de energia elétrica clandestinas.


A subida até o Morro da Cruz pode ser feita pela Rua Dona Firmina até a Rua Ernesto Araujo, entrando á direita na altura das ruas: Central, Santa Maria e Santa Tereza. A cruz está cravada sobre a plataforma de uma construção grafitada e arredondada com uma pequena escadaria que leva até ela e descortina uma belíssima paisagem da cidade.
Depois de admirar, bater algumas fotos do lugar e conversar com um dos moradores, segui em direção a rua da Represa Herval, margeando o vizinho Morro da Embratel.


Apesar da exuberante beleza nas áreas menos habitadas sobre o morro,  servem também de deposito de lixo para moradores e vizinhos dos arredores, que descarregam todo o tipo de entulhos, animais mortos e  carcaças de automóveis.  Uma pena!.. Neste dia uma camionete estava estacionada no local, enquanto dois homens descarregavam restos de madeiras de construção como se aquela atitude fosse absolutamente normal, corriqueiro.



Em alguns pontos da estrada sem calçamento, os dois morros (da Cruz e da Embratel) se avizinham dando acesso ao Bairro da Gloria, cruzando-se por algumas favelas construídas em áreas que durante os dias de chuva ficam alagadas. Outras construções foram construídas em locais alto do morro, com visíveis riscos de desmoronamentos, até chegar na Avenida Oscar Pereira, nas proximidades do acesso ao Santuário Mãe de Deus, um dos pontos turísticos da cidade.



Seguindo pela Avenida Oscar Pereira, pouco menos de dois quilômetros na direção da zona Sul, entrei na Estrada Antonio Borges, cuja a paisagem não deixa à desejar para a nossa Serra Gaucha. São pequenas propriedades rurais na beira de uma estrada de mata preservada cuja a copa das arvores  formam tuneis naturais com aquele cheiro tipico de mata sombreada e úmida.


Entrando na terceira estrada à esquerda, chamada de Estrada das Capoeiras, o clima rural continua,  até encontrarmos a vinícola Bordignon no numero 1569- onde a estrada se bifurca a poucos metros com asfaltamento à direita chamada de Estrada da Pedreira Onze, depois Estrada da Pedreira 1, Estrada São Francisco e Estrada João de Oliveira Remião, já em área urbana do bairro Lomba do Pinheiro.



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