A pergunta cuja as respostas não me convencem

Por vezes penso estar vivendo num mundo que eu não gostaria de estar fazendo parte e não me refiro as  guerras, catástrofes ou acidentes naturais, mostrados constantemente na TV e que de certo modo, parecem estarem tão distantes de mim, separados por uma tela  com micro pontos luminosos, formando imagens surpreendentes. Nesta área de conforto entre meu sofá e a tela, sinto que nada pode me atingir. Existe uma onipotencia estruturada dentro de nós, seres humanos, que alimenta a falsa certeza de que  temos poder de suplantar fatalidades impostas e inclusive a própria  morte.
Num dia estamos felizes e sorridentes e no outro triturando magoas, decepções, desajustes que não temos controle e nem podemos modificar por serem ditadas pela vida. Existem muitas outras dores espalhadas entre nós e não divulgadas na tela da TV e que por  desatenção ou comodidade passam desapercebidas diante de nossos olhos que se negam a enxergar o que é duro de aceitar.
Tenho convivido com a perda de amigos, doenças graves em familiares de outros amigos, que parecem verdadeiros pesadelos e cuja a impotência  humana diante disto me desestabiliza  em incertezas. 
Algumas dores são inimagináveis para quem não esta diretamente envolvido e mesmo buscando através de uma simulada transferência,  se pôr no lugar, não é possível ter uma noção da sua verdadeira dimensão. 
Se somos colocados diante destas situações difíceis, para exercício e entendimento de nossas fragilidades, crescimento pessoal, emocional e espiritual, do qual temos tanta intuição mas pouco manejo, ainda assim  parece sobrar a simples pergunta "por que", cuja as respostas ainda não me convenceram de fato.

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