Uma peça descartavel.

Pela manhã, quando saí para o trabalho, encontrei um cão morto, dentro de uma caixa de plástico sobre a calçada da Rua Leopoldo Machado Soares, na Intercap onde eu moro.
A forma como ele estava acomodado, ainda deveria estar vivo quando foi largado ao relento e a própria sorte. As pessoas  não tem mais a dignidade de enterrar seus mortos; parece mais conveniente abandona-los na rua, em qualquer lugar, em qualquer situação como uma peça descartável e isto me revolta demais.
Algumas vezes eu penso em mudar-me da cidade para algum lugar mais rural, cercado de mato  e   tranquilidade, embora eu sinta um pouco de receio de morar isolado e ser assaltado ou morto por algum delinquente de plantão ou ainda morrer de depressão cercado de árvores e muito silencio. Não sei o que seria pior, mas ainda não desisti de tratar estes medos e providenciar alguma mudança neste sentido, mesmo que seja apenas experimental. Hoje decididamente me senti numa nova estação, este clima meio chuvoso, me deixa mais introspectivo e também menos cansado. O cansaço para algumas pessoas como eu, é mais mental do que físico, mais emocional do que muscular.

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