Na Segunda-Feira quando retornei de Buenos Aires, uma das primeiras coisas que fiz foi ligar o celular que deixei em casa e então fiquei sabendo do falecimento de um colega de trabalho, através de uma mensagem a mim enviada e que me surpreendeu ao lê-la no visor do aparelho. Isto me fez pensar mais do que normalmente já penso sobre a morte e a surpresa que nos causa cada vez que tomamos conhecimento dela. Parece que surpresa e a palavra chave de uma morte anunciada.
Este colega já havia se submetido a inúmeros cateterismos e pontes de safena e embora fosse sempre orientado pelos médicos a ter uma vida mais regrada e saudável, não dava muita atenção a estes conselhos; Não acreditava em liberdade e felicidade pessoal baseada em limitações impostas que suprimissem seus prazeres. De tanto ir e retornar de hospitais parecia se assegurar no fator sorte que por vezes causa a sensação de onipotencia e que sempre é possível mais uma chance e mais uma, de sobreviver, sem limites estabelecidos pelo tempo e imposto por suas proprias regras pessoais. Cada um de nós tem um pouco disto!..
O pior da morte não e a certeza de que ela virá, mas a surpresa de não estarmos preparados para recebe-la e acho que quase sempre não estamos. A pergunta que me faço é se teríamos uma outra atitude se soubéssemos antecipamente a proximidade de sua chegada.
Há momentos em que o corpo parece mandar mais do que nossas prévias certezas de imortalidade, nos arrastando quem sabe para algo melhor. Acho que foi mais ou menos isto que aconteceu com ele.
Este colega já havia se submetido a inúmeros cateterismos e pontes de safena e embora fosse sempre orientado pelos médicos a ter uma vida mais regrada e saudável, não dava muita atenção a estes conselhos; Não acreditava em liberdade e felicidade pessoal baseada em limitações impostas que suprimissem seus prazeres. De tanto ir e retornar de hospitais parecia se assegurar no fator sorte que por vezes causa a sensação de onipotencia e que sempre é possível mais uma chance e mais uma, de sobreviver, sem limites estabelecidos pelo tempo e imposto por suas proprias regras pessoais. Cada um de nós tem um pouco disto!..
O pior da morte não e a certeza de que ela virá, mas a surpresa de não estarmos preparados para recebe-la e acho que quase sempre não estamos. A pergunta que me faço é se teríamos uma outra atitude se soubéssemos antecipamente a proximidade de sua chegada.
Há momentos em que o corpo parece mandar mais do que nossas prévias certezas de imortalidade, nos arrastando quem sabe para algo melhor. Acho que foi mais ou menos isto que aconteceu com ele.
Se soubéssemos antecipadamente da morte, valorizaríamos mais a nós e aos outros. À vida e à simplicidade, falta de intensidade. Ou não, fingiríamos que ela não virá, fugiríamos, ficaríamos congelados de medo.
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