Já faz algum tempo que deixei de me preocupar com o que escrevo aqui no blog, sem medo de não ser compreendido, por utilizar palavras, opiniões e sentimentos pessoais que se contrapõe e que talvez me façam parecer uma pessoa desequilibrada, medrosa e sem bom senso. Acho que não é posivel ser verdadeiro, sem ser contraditório, controverso, duvidoso. Meus sentimentos, são maiores do que minhas atitudes, gestos e posturas sociais diante da vida e reagem como agua fria jogada numa panela com óleo quente. As vezes escrevo mentiras que penso ser verdades, alimento sonhos que mais tarde percebo não serem possíveis de realizar e isto ao final de tudo me faz reduzir e perceber o quanto sou humanamente comum e me fragmento com situações que antes pareciam tão óbvias e aceitáveis e por alguns momentos tão sem controle.
Eu gostaria neste momento de caminhar por horas sob a chuva esperada, abraçar arvores, estender-me no chão, na tentativa de abrandar todo este peso de dúvidas que carrego, todo este meu cansaço e reverter a sensação de impotência que a morte me causou nestas ultimas semanas. Preciso de um pequeno recesso elementar, que não sei de onde tirar; de um descanso, um tempo para que tudo volte a parecer equilibrado. Preciso voltar a não ter esta sensação de desconforto e acreditar que ainda haverá tempo, embora não seja possível ter controle sobre nada. Acho que me recuso a aceitar que podemos deixar coisas inacabadas, não resolvidas e simplesmente desaparecer como elementos de uma grande mentira.
Quanta vida há em teus textos, Luís.
ResponderExcluirE viu, acho que estamos sintonizados. Minha vida pessoal está um lixo.
Tieñamos que hablar, chico !