Era cedo da manhã quando passei e vi o velho e conhecido mendigo, que me pede cigarros, sentado no meio fio brincando com uma pomba morta. Olhei com curiosidade e então disse-me que ela caíra morta em pleno voo, cansada de voar. Quando voltei para casa fiz outro percurso e encontrei mais algumas delas, caídas sobre as calçadas, entre o meio fio e a rua, boiando sobre as poças de chuva. Eram mais de seis, parecendo uma pintura trágica e triste. Por aqui, onde eu moro, é cheio delas, ocupam telhados e praças, sem fazer muito ruído. Observam a mim e os vizinhos, curiosas nas janelas entre abertas do apartamento, enquanto toco meus dias com alguma pressa. Elas parecem estar sempre pelos cantos, incansáveis, ousadas, quase estáticas, como uma outra pintura que vi.
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