Benzeduras

Dona Djanira gostava de me benzer, dizendo que eu tinha mau olhado quando que eu era garoto. Pegava sua enorme tesoura preta e enferrujada com um carvãozinho aceso, preso na ponta e um copo de água na outra mão, enquanto falava coisas baixinhas que eu acreditava ser orações de proteção. Nunca ouvi direito o que falava, mas sabia que era de boa intenção. Dona Djanira já se foi a muito tempo e eu mais do que nunca preciso em certas horas de sua proteção.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Você pode fazer seu comentário clicando sobre o título da postagem onde será direcionado para Conversa Fiada, com espaço para a publicação da sua opinião. Ela será acolhida com atenção e carinho e sempre que possível respondidas.

Postagem em destaque

A CURVA

Os aviões que chegam ao Aeroporto de Porto Alegre fazem uma curva para pousar.  Sim, na cabeceira 11, localizada ao lado da BR-116, que é a ...