AUTOANALISE
VENEZA É TRISTE
UMA PROFECIA DE SUPERMERCADO.
Ouvi dia desses, de uma idosa na fila do caixa do supermercado, para o jovem empacotador de compras, que a grande prestação de contas cobrada pelo planeta ao desrespeito do homem, não era somente o aquecimento global, mas a falta de alimentos e ar para respirar, a falta de amigos para conversar e ouvir nossas solitárias queixas...
A voz dessa senhora de cabelos brancos era tão alta e nítida, que parecia estar ligada em caixas acústicas e num amplificador de alta potencia. Parte do supermercado se silenciou diante daquelas palavras que vinham de tão frágil pessoa, lembrando uma profecia. E será que não eram?...
FARELOS.
Fui surpreendido ao abrir a janela do meu quarto, hoje pela manhã e perceber que o dia não estava tão frio quanto os demais passado, desde que começou o inverno. Até rolou um olhinho de sol que foi se abrindo até iluminar toda a rua, a praça, o topo das arvores, os edifícios mais altos. Pessoas ainda com mascaras, faziam suas caminhadas em grupo como naqueles velhos tempos, antes da pandemia. Conversavam, gesticulavam, com o olhar mais sereno. Seria a influencia do Sol + pandemia?
Eu não sou dos mais confiantes a ponto de me pendurar em cipós da esperança, eles às vezes arrebentam, mas tenho a leve sensação de que a vida lentamente está voltando a sua normalidade, pelo menos dentro das pessoas, mesmo com restrições.
CHICO UM GATO CRESCIDO
POLITICAS ESTRATÉGICAS
Eduardo LEITE: Primeiro gay assumido, eleito Governador do RGS
NINGUEM AGUENTA MAIS
As mil e tantas vidas perdidas hoje no Brasil, ainda é uma altíssima estatística da dura realidade que ainda se segue, sem uma data marcada para terminar. As sequelas causadas pela doença, dos que conseguiram sobreviver, ainda são obscuras, mas sentidas no corpo e na alma.
Nosso trabalho, rotinas, e hábitos de vida mudou, nos obrigando a ter uma vida muito diferente da que tínhamos e estávamos acostumados a usufruir. Muitas pessoas além de perderem grande parte da família, ainda perderam seus empregos. Tá difícil comer e manter uma vida digna neste país.
Ficamos ilhados em nossa cidade, nosso bairro, nossa casa. Não usufruímos mais de festas, praças, parques, praias, cinemas, teatros e mesmo que quiséssemos e pudéssemos sair de casa, como pagaríamos por estes lazeres que parecem não nos pertencer mais? Nos submetemos ao confinamento e a ver a vida numa tela de um computador ou televisão. Ninguém aguenta mais.
Alguns dizem que estamos entrando numa nova era, de novos valores, de diferentes formas de viver, de amar, de se relacionar com o meio ambiente, com o mundo, com nós mesmos.
LUGARES INCRÍVEIS
PRETO POBRE E PUTO
Conheci Nega Lu, a o acaso no vernissage de um amigo, Will, Cava ou Cavalcante. Chegou como se diz, chegando: Usava sobre o corpo uma miscelânea de estilos e gêneros, sandálias feminina, calça jeans, uma jaqueta sobre uma camiseta, os braços cheios de pulseiras e um estranho chapéu de rafia com algumas flores e tule. Assim era o visual da Nega Lu, nunca se sabia o que ela vestiria, para chamar atenção das pessoas com quem se relacionava nas noites boemias e artísticas de Porto Alegre. As vezes surpreendentemente aparecia com um simples tênis, camiseta e uma calça jeans e estava pronto para discutir, retrucar com pequenos deboches e muito humor as opiniões filosóficas, culturais e politicas do mundo cão.
Negro, pobre e gay, desfilava pelos circuitos gays, culturais e políticos da cidade como o Doce Vicio onde era garçonete, o Copa 70, na Esquina Maldita onde puxava um coro de bêbados entoando o clássico Summertime. Puxava uma mesa daqui e outra dali, e o palco já estava montado para um rápido recital de jazz à capela sobre o tablado montado às pressas. Nega Lu deixava os espectadores alucinados com seu vozeirão grave e afinado.
Foi solista da OSPA e da UFRGS, crooner da Rabo de Galo banda de blues na década de 80, dançarino do Balé Clássico nos anos 60, Porta bandeira da Banda do Saldanha e ainda falava um pouco de francês que aprendeu quando aluno da Aliança Francesa de `Porto Alegre. Nega Lu deixou seu nome registrado na memória afetiva de Porto Alegre e agora virou livro. Sim, livro que fala de sua trajetória como um percussor das mudanças sociais e comportamentais que ainda hoje se consolidam na cultura moral do país e das pessoas ditas "De Bem".
O CHICO E A NET
Depois da visita de um veterinário conhecedor do funcionamento psicológico e emocional dos felinos, aqui na minha casa, passei a entender melhor as atitudes enlouquecidas do Chico, que é gato jovem e cheio de energia pra por pra fora. Desta forma, eu entendo, que não posso brigar ou ir contra o seu desenvolvimento natural.
Esta manhã depois de acordar e se espreguiçar de forma invejosa, como fazem os felinos, resolveu jogar basquetebol sobre a minha cama e usando como bola, com um pequeno pedaço de bolacha. Acontece que suas unhas afiadas arrancam não só a lã das tramas dos cobertores, como rasgam as cobertas mais lisas e finas, me causando prejuízo a não tão longo prazo.
Mas como dizer isto pra ele e faze-lo entender?. É o mesmo que tentar convencer a NET, de que você não quer mais o serviço deles: Te ignoram solenemente! É a vida que prossegue ao ritmo, mate-o pelo cansaço!
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