Tenho me decido pelo silencio, ou melhor, também nada escrever aqui no blogue, por que a essa altura do campeonato, tenho me sentido o mais chato das criaturas existente no planeta. Não consigo mais ter a atenção através da fala e da escrita que muitas vezes se torna massante. O mundo é visual, é virtual, isto basta e o resto que se dane futebol club.
SEM ENCAIXE.
Quanto mais eu desperto de sonhos, menos eu desejo me encaixar. E você, como se sente diante desta sociedade que mantem seu caminho "regular" - "regulado" - "regrado"?
Esta sensação subliminar dos objetivo predefinidos e que normalmente são usados como uma forma sutil e dissimulada de incentivar algum tipo de comportamento normativo, me faz parecer tão experimental e sem sentido, quanto passageiro e fica somente aquela sensação de que algo se esvaziou e que sobrou apenas uma semente sem gosto na boca.
ABISMOS
Às vezes andamos na beira de abismos, livres, soltos, desatentos, avoados, desafiando as leis da gravidade, sem percebermos algumas de nossas fragilidades humanas e o perigo que corremos, alheios a tudo.
Mas abismos deixam de ser abismos, quando não temos medo, ou nossa ingenuidade se faz tão maior que eles...
PLANTAÇÃO DE VIRA-SOIS
Tá certo, tu acertastes tudo sobre mim, mas não o suficiente para me entender e conhecer de fato quem sou e como se processam certas dores em mim!..
Sim, eu sou triste, inconformado, tenso, às vezes derrotista, incrédulo, desligado, raivoso, agressivo, auto destrutivo, ciumento, contemplativo, egoísta, indiscreto, sensível, temeroso, fatalista... Mas, às vezes, tomo umas doses pra relaxar e também fugir de mim!
Mas como faço para mudar este quadro que assisto afundar diante de mim, de todos os lados, sob a claridade dos dias?
Esta falta de confiança no mundo dos homens que tomam decisões, nas pessoas que defendem e obedecem regras, sem se perguntarem se servem para elas e pros outros, se elas não olham no olho, não respondem as perguntas mais simples e significativas da vida e ficam em silencio com um sorriso sem graça, disfarçado, caminhando no escuro, fingindo que o mundo é uma plantação de gira-sois.
UM DOS ESTOPINS DO CAOS.
As pessoas estão cada vez menos gentis, mais arrogantes e desconfiadas. Também estão menos confiáveis, menos prestativas, menos pacientes e intolerantes.
As pessoas não olham mais pro lado, para ajudar um deficiente visual a atravessar rua. Também não olham mais pra cima, para levantarem da cadeira e dar lugar a uma mulher grávida, ou para um idoso no coletivo cheio.
As pessoas estão impacientes e com muita pressa. Não se olham mais nos olhos, estão de olhos fixos na telinha do celular, buscando popularidade, afinidades ou fugindo de quem está perto...
Vizinhos não se cumprimentam mais, estranhos muito menos. Um não enxerga o outro. Criaram uma invisibilidade como escudo de proteção. Mas do que se protegem tanto?
Vizinhos não se cumprimentam mais, estranhos muito menos. Um não enxerga o outro. Criaram uma invisibilidade como escudo de proteção. Mas do que se protegem tanto?
Não se ouvem mais, não se permitem mais ouvir, enxergarem-se. Não se permitem mais serem solidários, fraternais, humanos e isto é um dos pontos nevrálgicos que ascende um dos estopins da violência interna de cada um e que fermenta o caos social de cada dia.
O HOMEM E SEU RELÓGIO.
Vi um homem morto, caído sobre a calçada. Um jovem homem morto, de cabelos loiros amarrados no topo da cabeça, corrente de prata no pescoço e brinco de pedra azul na orelha.
Olhos verdes que ficaram cinzas e distantes, sem brilho, sem vida, parados.
Corpo imóvel, pálido, franzino, ensanguentado, que a nada respondia. Quase que o ergui da calçada sozinho e o sacudi pelos ombros.
Estendido e sem qualquer sinal de vida, congestionava a avenida, enquanto curiosos se acumulavam em sua volta, num reconhecimento a morte estabelecida.
Seu silencio parecia não ter sentido.
Alheio a tudo e a todos, se mantinha caído e em silencio. Silencio que dizia tudo...
Tinha um relógio preso no pulso, cujo o ponteiro ironicamente movimentava-se em ritmo coordenado e perecendo ter vida própria. Vida que talvez roubara de seu dono.
Olhos verdes que ficaram cinzas e distantes, sem brilho, sem vida, parados.
Corpo imóvel, pálido, franzino, ensanguentado, que a nada respondia. Quase que o ergui da calçada sozinho e o sacudi pelos ombros.
Estendido e sem qualquer sinal de vida, congestionava a avenida, enquanto curiosos se acumulavam em sua volta, num reconhecimento a morte estabelecida.
Seu silencio parecia não ter sentido.
Alheio a tudo e a todos, se mantinha caído e em silencio. Silencio que dizia tudo...
Tinha um relógio preso no pulso, cujo o ponteiro ironicamente movimentava-se em ritmo coordenado e perecendo ter vida própria. Vida que talvez roubara de seu dono.
PONTOS DE SOMBRA E DE LUZ.
Numa manhã dessas, eu estava saindo para trabalhar, quando fui surpreendido por aquele momento em que não é noite, por que não está completamente escuro e também não é dia, porque a luz ainda não se completou. Fiquei pensando se este era o momento zero do tempo, os pontos que se entrelaçam e viram uma coisa só. Também havia chovido durante a noite, e as possas d´água haviam se transformado em retalhos de espelhos sobre as ruas, refletindo, arvores, galhos, lixo, qualquer coisa inesperadamente magica.
CHUVA E JAZZ.
A chuva no inicio da noite, chegou violenta com o som Cool, do genial trompetista Chet Baker, que eu ouvia dentro do quarto e me fazia transportar desta terra para outras terras,. Longe de tudo, para outros mundos que não existem mais e que eu acho fundamental para o exercício de compreensão da nossa existência, dos pensamentos, da cultura, da vida. Compreensível mas Inexplicável tudo isto...
Criado até os dez anos em Oklahoma, este cara partiu para Los Angeles no final dos anos 1930, quando começou a estudar teoria musical. Chet Baker sempre foi influenciado pelo seu pai, guitarrista, de quem herdou a paixão pela música e de quem ganhou, aos 10 anos de idade, um trombone.
Amante do Jazz, não tardou em conquistar o sucesso, sendo apontado como um dos melhores trompetistas do gênero logo com o seu primeiro álbum.
Chet Baker esteve no Brasil para duas apresentações na primeira edição do Free Jazz Festival.Morreu aos 58 anos, em Amsterdã, de forma trágica e misteriosa: na madrugada de 13 de maio de 1988, ao cair da janela do Hotel Prins Hendrik. Até hoje, há controvérsias sobre as circunstâncias de sua morte — acidente ou suicídio.
BÚFALO, DISSE O ÍNDIO.
Eu me pergunto por que o índio disse: "Búfalo". Voces também já se perguntaram?.. Possivelmente deve ter sido sua resposta aos homens brancos, que não entendiam por que razão estes lutavam até a morte sem desistirem daquelas terras, que consideravam uma benção. Os brancos inicialmente interessados no ouro encontrado naquelas terras, dizimaram praticamente toda a sociedade indígena, no que foi considerado o maior genocídio do seculo XIX.
O Búfalo, é considerado por muitas tribos, com sendo um símbolo de abundancia, pois sua carne alimentava o povo, o couro fornecia vestuário e abrigo, os ossos ferramentas de sobrevivência.
Alem da fotografia que gostei muito, a frase escrita sobre a rocha, é uma reflexão sobre os vigentes interesses humanos.
PEDRAS E MARGARIDAS.
Daí que às vezes, fica difícil escolher de que forma encarar a vida e as relações que nela firmamos, se com emoção ou com a razão e neste caminho, circulam as pessoas com quem convivemos.
Um pouco de respeito as diferenças e a não invasão, já restringe alguns malefícios e serve para respirarmos melhor e não nos sentirmos violentando nem violentados. Por que às vezes, a mão que oferece uma frágil margarida, é a mesma que joga pedras sem perceber que machuca.
CORES E LUZES SOBRE O RELENTO
Descobri algumas fotografias guardadas, que quero postar. Fotografias tiradas em diversos lugares por onde passei e cuja a intensidade de cores e luzes me chamaram a atenção.
As paredes, são de um velho estacionamento de veículos, no bairro Azenha, cuja a superfície não são lineares, com rebocos velhos, tijolos aparentes e desalinhados, desgastes causados pelo relento, mas que serviram de tela a o artista desconhecido, cobrir com sua criação.
As paredes, são de um velho estacionamento de veículos, no bairro Azenha, cuja a superfície não são lineares, com rebocos velhos, tijolos aparentes e desalinhados, desgastes causados pelo relento, mas que serviram de tela a o artista desconhecido, cobrir com sua criação.
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