RIPONGO, ALTERNATIVO, DIFERENTE.


Ontem numa conversa informal entre colegas de aula, (papo vai.., papo vem..), descobri que passo para alguns deles a ideia de que sou meio ripongo. É, foi assim que um deles, referiu sua opinião a meu respeito em concordância com outros no grupo.
Para quem não sabe, ripongo é um apelido dado para classificar aquelas pessoas que se vestem diferente, alimentam-se de coisas do tipo natural e demonstram interesse por coisas alternativas e que são fora do convencional ao gosto da maioria, estão também a margem dos pensamentos comuns. Não sei se me aproximei de um conceito básico, mas acho que é isto.
Na verdade esta não foi a primeira vez que fui visto desta forma, pois já me chamaram certa vez de alternativo, o que acho ser a mesma coisa, quando eu usava o cabelo grande e fora dos padrões convencionais. 
Bom nesta gama imensa de conceitos que as pessoas fazem do que é ser alternativo ou ripongo, em algumas coisas eu até me sinto enquadrado, mas noutras completamente fora deste contexto.
Esta ideia é possivelmente construída pelas pessoas, à partir de tudo o que foge do habitual, da linha do senso comum, atitudes, apresentação estética, idéias, pensamentos, gostos diferentes a o da grande maioria. 
Também é normal entre os seres humanos classificar, como forma de estabelecer estas diferenças e pontua-las  na formação de seus conceitos, o que de forma alguma me deixa incomodado ou ofendido.

Os fanáticos também amam.

Foi quando eu retornava hoje de noite da escola para casa, que a mulher entrou no ônibus, cabelos longos, soltos, com  alguns fios grisalhos e saia comprida que lembrava os hippies dos anos 70. Deveria ter pelo menos uns 56 anos ao meu ver. Passou no corredor, diante da cada passageiro sentado nos bancos, (a maioria jovens retornando da faculdade) e disse com um sorriso largo: _Jesus te ama, alegrem-se que ele vai voltar! 
Eu estava com os fones de ouvido curtindo Amy Winehouse, mas consegui escuta-la quando repetiu pra mim e fiquei pensando a quanto tempo não ouvia uma apelação daquelas. Eu nunca acreditei nesta turminha do "Deus é Amor", nunca confiei nos seus excessos de alegria e amor por pessoas que nunca viram. Acho que por traz dessa cordialidade toda, desse amor sem restrições, existe uma doença emocional grave e prestes a explodir, em forma de suicídio em massa e em que busca seguidores.

Eu tô louco então?..

Alguns amigos e colegas de trabalho, já me acusaram de eu estar ficando louco por demonstrar interesse em conhecer a Ilha do Presidio. _O que tu queres fazer lá? _ já me perguntaram surpresos. Minha professora de história, que eu acho que ensina história de uma maneira pessoalmente leve e informal, abordou na aula passada, seu desejo pessoal e que não é apenas dela, mas  também de outros  colegas, que é o de conhecer a ilha que está abandonada há mais de 20 anos por desinteresse do governo estadual de mante-la sustentável como parte de um patrimônio cultural e histórico e que guarda algumas fatos de um passado pelo menos obscuro. A ilha já foi ponto estratégico dos Farrapos, depósito de pólvora, laboratório de pesquisa da peste suína, e prisão. Em 1956, durante a Ditadura Militar, passou a ser cárcere para muitos presos políticos, entre eles pessoas hoje ilustres como o advogado e ex-marido da presidente Dilma Rousseff, Carlos Araújo, o advogado Índio Vargas e o deputado estadual Raul Pont.
Um dos casos mais emblemáticos foi o do ex-sargento do Exército Manuel Raymundo Soares, que cumpria pena no local. Em agosto de 1966, o corpo do ex-militar, apareceu boiando no Guaíba com as mãos amarradas em sinal evidente de tortura. O fato acarretou debate sobre o tratamento dado aos presos políticos em solo gaúcho. Diante de tantos fatos importantes, por que eu deixaria de conhece-la?... Então eu tô louco!

As máscaras exóticas de Gramado

Foi nesta manhã de Domingo, como a grande maioria dos porto alegrenses que gostam de uma movimentaçãozinha para não ficarem trancafiados e entediados em suas casas e apartamentos, enquanto aguardam a Segunda feira sem ter feito absolutamente nada referente ao lazer,  que fui a o Brique da Redenção, não só para curtir o dia ensolarado, mas também com a missão de fazer uma pesquisa sobre as diferentes modalidades de trabalhos artesanais que lá são comercializados. 
O objetivo principal desta atividade técnica, exigida pelo curso que estou fazendo, me forçou não só a  identificar e classificar dentro dos conceitos aprendidos em aula, as diferenças entre artesão-artista, artesão-artesão e artesão semi-industrial como a entrevistar os artesões na feira. O resultado desta atividade, será transformado num relatório escrito sobre tudo o que foi visto e colhido de informações com estes profissionais.
O encontro marcado com meu colega de curso foi as 10h 30min. em frente do monumento do Expedicionário e de lá saímos; Eu, ele, a irmã dele e uma amiga minha, com maquinas de fotografar, bloquinhos de anotações e canetas esferográficas em punho. 
Todos os artesões que nos receberam em suas barracas, se mostraram receptivos e cooperativos, embora alguns mais tímidos pareciam desconfortáveis para falar de seus trabalhos, inspirações e técnicas de produção. 
A grande revelação deste nosso trabalho de campo, ficou por conta de André Machado, que utiliza a técnica do couro repuxado para confeccionar esculturas e máscaras em estilo do "carnaval veneziano", junto com sua sócia Samara Almeida, desde 1994. 
O trabalho dos dois artesões, tem atraído a atenção e admiração de turistas do Brasil e do exterior por sua beleza, misticidade e diferença dos demais produtos que procuram seguir a mesma linha.
Mas voltando a falar no André, o cara é particularmente simpático, e o que deveria ser uma simples entrevista técnica, que às vezes emperra pela falta de espontaneidade e cria dificuldades de se expressar, se transformou num bate papo informal de muita energia, onde ele nos contou sobre toda a sua trajetória de vida,  com as mascaras que produz. 
O mais interessante sobra estas mascaras, é que elas possuem um poder de atração e transformação muito forte quando se tem contato com elas e coloca-se sobre o rosto. São expressivas, enigmáticas, exóticas, coloridas, bonitas, particularmente diferentes. Quando pensamos que elas servem apenas de um artificio ou fantasia para nos escondermos ou camuflarmos o rosto, contrariamente passam a revelar novos traços da nossa personalidade, de uma forma surpreendente e extraordinária. Não é a toa que o casal de artesões tem sido reconhecidos pelo trabalho que fazem, ganhando notoriedade em acontecimentos como desfiles de moda, festas de casamentos, aniversários e eventos artísticos. O uso das mascaras provocam não só uma transformação plastica, como também nas atitudes de quem as veste. 
Historicamente falando, as primeiras mascaras surgiram em Veneza no século XVII, onde a nobreza se disfarçava para sair a rua e misturar-se com o povo. Da mesma forma o povo também mascarado, podia se misturar com a aristocracia onde tudo era permitido. Sem hierarquias sociais, as pessoas podiam interferir nas regras aristocráticas e até ridiculariza-la sem repressão por parte das autoridades. O que atualmente faz com que o trabalho de André e de Samara, não seja apenas um atrativo estético, mas um resgate de tradições sociais históricas de grande importância, não é mesmo?
Moradores da cidade de Gramado, onde possuem seu ateliê, André e Samara (baiana  de Arraial da Ajuda), são responsáveis também pela produção temática da "Noite Veneziana de Gramado" festa que acontece anualmente na cidade serrana, atraindo diversos artistas, personalidades e gente ligada a outros setores.
Recentemente seus trabalhos foram divulgados no programa "A Grande Ideia" no SBT, conferindo-lhes novo reconhecimento em função da grande criatividade imprimida em seus trabalhos.
Como diz Samara na entrevista ao SBT: "_A mascara ao contrario do que se pensa, não esconde, mas ajuda a revelar segredos da personalidade, pois quem vê mascara vê coração". Para maiores informações, aqui vão endereços e telefones para contato:
Samara Almeida - fone: (54)9133.7893
André Machado - fone: (54)9103.1651
Ateliê /Loja em Gramado  fone: (54)3286.7430 
Ou ainda: mascaras13@terra.com.br

Coelhinhos põem ovos de chocolate

Cheguei em casa hoje a noite sem luz, foi cortada por falta de pagamento (....), o que tentei reverter pagando hoje mesmo a conta atrasada com a promessa de religação da energia até as 20h. 38min. Fiquei de plantão aguardando os funcionários desde as 19h. 15min. quando cheguei do trabalho e nada de aparecerem. Voltei a ligar as 21h. quando a atendente me informou que eu deveria abrir um novo protocolo pois o pedido anterior havia vencido, pelo fato dos funcionários terem comparecido na minha casa as 17h. 30 min., sem encontrar ninguém que abrisse o portão para eles. A partir daí, comecei a desconfiar que começaria o jogo de enrolação, o que eu estava certo.
Bom, se eles tivessem apertado o interfone do meu apartamento, realmente não conseguiriam contato, pois a energia estava cortada. Mas eu estive o tempo todo sobre a área aberta  do edifício observando caso eles chegassem e nem sinal de algum veiculo credenciado da companhia de energia. Também não apertaram o interfone do sindico ou de qualquer outro morador, pois me informei, assim como não deixaram qualquer notificação da presença deles na caixa de correio, o que seria uma comprovação de que realmente vieram. Além disto, tudo me pareceu uma grande falta de interesse, a começar pela atendente do qual eu falava a o telefone e defendia a ideia cega de que eles realmente estiveram na minha casa e não me encontraram, prometendo nova visita de instalação no outro dia até as 12h.
O que mais me aborrece neste tipo de serviço que se diz essencial e a grande mentira instituída de que dão cobertura garantida de serviço 24 horas, quando não é verdade. Não apareceram para cumprir o que prometeram, religação no prazo máximo de 4 horas e ainda jogaram a culpa em cima do cliente idiota aqui, acusando-me de não estar presente quando supostamente estiveram na minha casa. Ah, mais uma coisa: Voces sabiam que coelhinhos poem ovos de chocolate?

Em tempos de globalização.

Eu poderia estar neste momento no Bourbon Shopping bebendo um vinho tinto com uma esfirra de camarão, ou estar por aí me prostituindo, mas não, não, não.., eu estou em casa diante do site do Ministério da Saúde lendo protocolos e me preparando para fazer um teste online cujo o ultimo dia para realiza-lo é amanhã; Uma exigência do trabalho. E por falar nisto, por que Irving São Paulo, morto em 2006, virou assunto nas redes sócias esta semana? 
Alguns blogueiros, sites e redes sociais reproduziram a notícia como se a morte do ator tivesse ocorrida nesta quinta feira dia 17. 
O cara morreu, no Rio de Janeiro, aos 41 anos de falência múltipla dos órgãos após ter sido internado com um quadro avançado de pancreatite a seis anos atras. Fatos com este serve para que afinal? Provar que em tempos de globalização uma falsa informação pode se disseminar e tomar dimensões inimagináveis? 

Descobrindo a América com fones de ouvido

Minha ida ao Shopping durante este final de semana, serviu também para eu  trocar de telefone celular pelo sistema de pontuações; Coisa que eu até esqueço que existe por que sou completamente desligado desses jogos de engodo comercial, onde as companhias de telefonias moveis nunca põem para perder. Eu fui beneficiado, pelo tempo que sou cliente da companhia e recebi a notificação por SMS longos meses atras. Sou capaz de ficar com um aparelho velho pro resto da vida, desde que tenha funcionalidade. Mas enfim, decidi trocar, por que não aguentava mais a minha dificuldade para  enxergar as minusculas teclas do meu dinossáurico Nokia, até quando eu estava de óculos. Recebi na troca, sem custos, um Smart fone que estou apanhando para me acostumar a lidar com todos os recursos que tem disponível. Meu filho que é muito espertinho,(os jovens são para essas novidades tecnológicas), salvou na memoria do aparelho, pelo menos uns doze CDs que eu fui ouvindo na rua, no ônibus, no trem até a escola. Que maravilha!.. Percebi que ouvir musicas enquanto me deslocava de um lugar para o outro, me proporcionava uma relação pessoal muito diferente com o que estava acontecendo a minha volta. O fato de ouvir musica, diminuindo consideravelmente o ruido comum da cidade, dos buzinaços e etc.., já é um ganho positivo ao nosso conforto mental. Agora começo a entender o por que encontrava tantas pessoas com fones de ouvido e cara de não tô nem ai, elas descobriram uma forma agradável de estar dentro do contexto louco da urbanidade e a o mesmo tempo deslocados, embalados por um clima pessoalmente mais leve, agradável e musicado; possivelmente descobriram a América com fones de ouvido.

Pequenas diferenças entre as pessoas.

Ontem presenteei uma colega de aula com um pequeno mimo, pelo fato dela ter me ajudado com tarefas e trabalhos escolares em momentos em que eu me encontrava perdido e sem tempo diante de tantos compromissos profissionais e trabalhos escolares. Fiquei muito feliz pelo presente de minha escolha ter sido de seu agrado e por ela ter demonstrado surpresa e alegria logo que o entreguei. Acho que era o minimo que eu deveria fazer em reconhecimento por seu empenho e grandeza, me favorecendo com sua ajuda, num momento em que eu mais precisava.
Este acontecimento, me fez lembrar de outra situação a alguns meses atrás quando retornei de Cuba e trouxe de presente para um conhecido uma caixa de charutos, a seu pedido e que ele nunca me agradeceu. Tudo bem que eu tenha lhe mandado o presente por outra pessoa, por não te-lo encontrado, mas não ouvir pelo menos um muito obrigado nem que fosse por telefone, me fez pensar na importância de um simples reconhecimento. Eu fico pensando em como algumas atitudes que parecem de pouca importância, fazem a diferença entre as pessoas.

Sem hipocresia.

Vou ser excessivo, todo mundo é um pouco excessivo, por que às vezes não podemos fingir que somos perfeitos diante de provas a que somos submetidos e se assim fossemos, perfeitos, seríamos até duvidosamente humanos. A verdade é que fui obrigado a reagir contra atitudes que considero desrespeitosas e antiéticas e se não reagisse, provavelmente enveredaria para o  terreno do desafeto, pelo qual já vinha se manifestando dentro de mim a algum tempo. 
Ora, a vida termina nos ensinando a não ficar calado não só diante do que não concordamos, como do que achamos abusivo e que também não é nos apresentado de forma digna, respeitosa e não dita "olho no olho". Acontece que algumas pessoas preferem resolver o que lhes incomoda através de métodos infantis, duvidosos e debochados como briguinha de comadres, abstendo-se do enfrentamento direto, maduro e corajoso, aquilo que lhes incomoda. Preferem jogos dissimulados em favor de um corporativismo barato e de causa pessoal. O jeito é acabar com o teatro e dizer que não concordamos com o que está acontecendo, mostrar que com hipocrisia e cinismo, não se resolve os diferentes pontos de vista. Que existem formas mais dignas e maduras de exprimirmos o que de fato nos incomoda, sem parecermos grosseiros. 

Vestuário desta estação

Depois da V.T. de ecologia realizado no final da tarde deste Sábado, fui com uma amiga no Shopping Praia de Belas, ver o preço das maquinas fotográficas semi profissionais que ando de olho para comprar faz algum tempo e não tenho qualquer intimidade com elas. Mais do que ver preços eu queria conhece-las melhor, toca-las, maneja-las, pedir informações técnicas, utilizando o famoso custo beneficio, que pra mim se traduz em preços razoáveis, adicionado a um boa funcionalidade e qualidade. Não sou bom em fotografas, pois tenho problemas com ângulos e enquadramentos, mas isto não significa que devo me satisfazer com menos.
De qualquer forma era essa a minha intenção, o que acabou sendo desviada para outros objetivos como vestuário. Nossa eu fico impressionado como as sugestões de roupas para esta estação do ano, estão bonitas em termos de composição e cores. Aliás, sempre achei que as pessoas se vestem melhor no inverno. No final, acabei comprando cuecas, jeans e um blusão que não precisava, mas fui seduzido por sua beleza. Comprei também um perfume para o meu filho se desassociar dos meus. Agora que perdi a chance de olhar os modelos de maquinas fotográficas, não sei quando conseguirei nova disposição e tempo para isso.

V.T. de PEPA

Neste Sábado participei de outra V.T. (visita técnica), porém da cadeira de  PEPA, no curso que estou fazendo e que nunca soube ao certo a razão desta sigla de mal gosto. Trocando em miúdos, trata-se de algumas noções técnicas sobre princípios de Ecologia e Meio Ambiente aplicados ao turismo.
O dia amanheceu chuvoso mas com o desenrolar das horas, foi melhorando até abrir Sol. Eu saí de casa com um moletom grosso, sem camiseta por baixo e na metade do dia, não aguentava mais de tanto calor. Mas devo também dizer o quanto tem sido proveitosas estas saídas.
A visita técnica foi dividida em dois momentos: De manhã no pequeno zoológico do Capão do Corvo em Canoas, que eu nem sabia que existia e a tarde no Jardim Botânico de Porto Alegre que eu acho largado as traças para uma cidade do porte de Porto Alegre. 
Entre tantas espécies como Platanus orientalis, Lagenaria vulgaris, Dicksonia sellowiana, deu para aprender muitas coisas curiosas à respeito desses seres vivos de grande importância para a sobrevivência do planeta e por vezes desmerecidamente esquecido pelo homem.

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Quando as nossas emoções, alegrias e tristezas passam do tempo, nossos sentimentos humanos ficam acomodados numa cesta do tempo recebendo so...