JARDIM BOTÂNICO DE PORTO ALEGRE.

Eu ainda estou de férias e como devo ter dito em alguma pagina deste blog,  foi algo inesperado, por que não tenho nenhuma lembrança de ter solicitado ferias neste período, uma vez que sempre me organizo com alguma viagem que preencha estes dias de afastamento do trabalho, não me deixando com cara de cachorro que caiu do caminhão da mudança e fica olhando pros lados e se perguntando: _E agora o que é que eu vou fazer?..
Se foi por puro esquecimento ou desorganização, eu não sei, não lembro; A verdade é que a viagem saiu antes, era pegar ou largar, (de 08 à 12 de Outubro, quando fui ao Uruguai, antes das férias de fato acontecer), deixando-me no retorno ao Brasil sem dinheiro.
Diante deste situação, por enquanto irrevogável, eu decidi realizar alguns programas dentro da cidade, que dispensasse grandes custos, ou que não tivesse nenhum e assim elaborar, quem sabe  mais tarde, um post neste Diário de Bordo: "O que fazer nas férias quando se está liso, sem chorar pelo leite derramado".
Então, a minha primeira escolha foi:
-O Jardim Botânico de Poa, por ficar perto da minha casa, dando para ir à pé.
-Por ter sido inaugurado a os porto-alegrenses em 10 de Setembro de 1958, quatro meses depois de eu ter nascido.
-Por que  fazia muito tempo que não o visitava.



Devo dizer  com certa decepção, que pouca coisa mudou por lá: Continua com mesma manutenção precária nas áreas de convivência ao público, a flora sem ou  com pouquíssimas placas de identificação, algumas inclusive caídas ao longo dos passeios, grama por aparar, o lago com a ponte de madeira cheio de galho secos, o que eu não acredito que seja para  causar ambientação ao lugar e algumas folhagens notoriamente murchas por falta de irrigação adequada.



Eu penso que Jardim Botânico, é muito mais do que um espaço para se fazer caminhadas, ou sentar  debaixo de uma arvores para aproveitar a sombra, mas um lugar de cunho também cultural, com plantas que pelo menos deveriam estar catalogadas, com nomes populares e científicos, gêneros, famílias e etc.,etc, mas nada disto encontrei. Havia alguns professores com grupo de alunos barulhentos, que eu até pensei em puxar assunto à respeito, mas desisti. Não precisa ser um especialista para se perceber o desleixo e a falta de cuidados, apenas um pouco mais de atenção. Existem inclusive obras inacabadas e abandonadas dentro da área que nunca foram mexidas desde da ultima vez que o visitei, assim como a estufa que antes era cheia de exemplares e agora exibe um numero limitado de plantas de se contar nos dedos.


O que me pareceu estar em melhores condições foi a área restrita a o prédio administrativo com os arbusto e a grama aparados e o Museu de Ciências Naturais, que exibe em suas vitrines as espécies nativas do Rio Grande do Sul, tanto da flora, quanto da fauna, organizados em sequencia evolutiva de vegetais e animais atuais e paleontológicas.



O ambiente é bem iluminado e organizado, mas faltam funcionários dispostos a dar  alguma orientação e informações sobre o local e o que está exposto. Nenhum fôlder foi oferecido e para assinar o livro de presença, tive de tomar a iniciativa. Nesta sala o que me chamou a atenção foi a enorme colmeia  de vespas encontrada em Linha Bonita, com dimensões de (1,50 metros X 2,00 metros X 0,84 metros), doada pela Prefeitura de Gramado e estratégica mente pendurada no teto do museu.



Ainda em seu espaço físico, a poucos metros da área administrativa, o Jardim Botânico conta com um anfiteatro que eu não entendi bem sua  estrutura arquitetônica, me parecendo uma cerca de madeira sobre uma plataforma de concreto e sem nenhuma cobertura. A placa que informa que aquele espaço é um anfiteatro está coberta por mato. Será que é feito alguma palestra ou peça teatral no local e se inventa de chover? Não encontrei ninguém que me desse informações de quais eventos acontece ali. Em casa entrei nos sites: Jardim Botânico e o Blog zoobotânica que são mais precisos sobre o funcionamento e programas informativos e educacionais, o que não acontece no local. Por sinal com exceção dos vigilantes na portaria uniformizados, não encontrei outros funcionários com  qualquer identificação visível para dar informações. A lancheria, que passei à distancia com cadeiras de plástico num espaço aberto é separada dos funcionários que atendem através de uma grade, parecendo uma cela.



Para finalizar, o espetáculo ficou por conta de um pequeno lagarto que encontrei pelo caminho sem a menor timidez com a minha presença, alguns pássaros que faziam algazarra sobre as arvores e pequenas esculturas em arvores e raízes provocadas pela ação da natureza.



Apesar de ser considerado um dos cinco maiores do pais, por sua diversidade de coleções, o Jardim Botânico de Porto Alegre, merece mais atenção das autoridades governamentais, no que se refere a sua manutenção, preservação e prestação de serviço local. Fiquei lá cerca de três horas e sai pensando o quanto estes ambientes de cunho cultural e científico, são esquecidos por talvez não  trazerem lucros imediatos e vultuosos aos cofres públicos e ficam sobrevivendo como fantasmas esquecidos.




Endereço: Rua Dr. Salvador França, 1427 - bairro Jardim Botânico
Porto Alegre, RS, BR - CEP: 90.690-000.
Aberto à visitação de terças à domingos.
horário: Das 08:00 ás 17:00 horas.
Ingresso: R$ 2,00
Carros não estão cobertos por seguro mesmo nas dependências do patio.

Quem me chamou?

Sabe quando você está dormindo, pregado no sono e de repente dá um salto da cama, com a nítida sensação de ter ouvido uma voz chamar pelo teu nome? 
Você senta, olhando pros lados, para as paredes vazias do quarto, tentando localizar, identificar o que voce não tem a mínima idéia do que seja e nada, não encontra ninguém. Então fica pensando, (mas que brincadeira é esta?..) 
Levanta, lava a cara e tenta encontrar explicações lógicas sem  muita lógica como (coisas do sub ou do relógio biológico alterado). Enfim, como não morri de susto, ou fui abduzido por forças maiores, estou aqui postando esta experiência desagradável desta noite passada.

Contra as mentes perigosas: Disque 100

Há mais ou menos doze dias atrás, atendi uma adolescente que foi empurrada por uma colega de escola, de dentro do onibus em movimento, quando este se preparava para pegar e largar passageiros, numa parada no bairro Lomba do Pinheiro. Alem da tensão das pessoas em volta da menina machucada e do motorista nervoso, (que na grande maioria das vezes, tem o mal habito de abrir as portas dos coletivos, antes de pararem definitivamente nas paradas), ela  estava muito assustada e informou que esta  tinha sido a terceira ou quarta, de varias agressões feita pela colega do qual ela ignorava os motivos. A mãe, que parecia evangélica, por evocar inúmeras vezes o nome de Deus e frases religiosas, estava consternada com os ferimentos da filha, contou-me das suas tentativas de dialogo com a mãe da agressora, mas nada conseguiu alem de ouvir ofensas e ameaças verbais. 
Depois de examinar a garota e orienta-las sobre alguns trâmites legais nestes casos de bulling, lembrei do jovem americano Tyler Clementi -18 anos, que suicidou-se jogando-se no rio Hudson após ter seu encontro com o namorado, filmado e exposto na internet, por um colega de quarto. Fatos como este não podem mais ser feito "vistas grossas" e ser considerado como uma brincadeira inconsequente de adolescentes. Sabemos também da importancia do papel do professor e da escola ao dectetar tais comportamentos  coibindo-os através de ações educativas que visem o respeito, aceitação e convivencia com a diversidade.
A propósito, O CNJ-Conselho Nacional de Justiça, lança nesta quarta-feira  uma cartilha para auxiliar pais e educadores a prevenir o bulling nas suas comunidades e escolas. O material será apresentado no seminário do Projeto Justiça na Escola,  visando promover debates sobre  problemas da infância e da adolescência, como o uso de drogas e a violência nas escolas.
A cartilha traz perguntas e respostas que ajudam pais, professores e alunos a identificar e tratar o bulling. O material será distribuído nas redes de ensino público e particular, além de conselhos tutelares e varas da infância e juventude.
Ao promover a cartilha e o debate entre estudiosos, magistrados especialistas, representantes do governo federal e da sociedade civil, além de conselheiros e membros do CNJ, o objetivo do Projeto Justiça na Escola é aproximar o Judiciário e as instituições de ensino do país no combate e na prevenção dos problemas que afetam crianças e adolescentes. 
O Programa Disque Denúncia Nacional – Disque 100 está recebendo também denúncias de casos de bulling do Brasil inteiro. A ligação é gratuita e através da opção 3 um atendente, ouve a denuncia, registra e encaminha para órgãos competentes na cidade onde você mora.

O vaidoso

O cara naquela noite, só tinha o objetivo  de colocar-me no lugar que ele considera inferior e deixar claro a sua posição de superioridade e decisão. Ele sempre se sentirá superior a os outros, utilizando-se desses métodos humilhantes para fortalecer seu ego fragilizado e medroso por que é vaidoso, preconceituoso e defende obstinadamente um ponto de vista pessoal extremado. Arrisca-se em decisões desatinadas para manter esta vaidade, enquanto os chacais famintos uivão na sua volta em defesa de seus  rompantes.  É notório em suas atitudes e determinações  duvidosas, a sua falta de sensibilidade e respeito aos que o cercam-(profissionais e clientes). Tem medo de perder o controle sobre as coisas mais banais, de não ter domínio da ultima palavra que para  ele significa exercício de poder. Fomenta com isso os mecanismos mancos de um trabalho que a muito perdeu o foco  do objetivo a que foi criado e se mantém na cronicidade operacional  alimentada por atitudes  como as dele. Que bom que ele é  uma minoria que  ainda acredita em seu proprio poder de autoridade sanitária, sem  perceber estar sendo manipulado por uma maquina ainda maior que o escraviza e que eu não sou o único a perceber seu medo e covardia por de traz de uma mesa. Os chacais também esquecem que já viraram vitimas!

CINCO DIAS EM MONTEVIDÉU.





Saimos de PoA às 20h do dia 08/10/2010 e Chegamos em Montevideu às 11 h do dia seguinte, em ônibus leito fretado pelo Ton das Excursões Universitarias, totalizando 15 horas de viagem, contabilizando também as paradinhas para lanches, xixis e afins durante a viagem. Nos instalamos no Planet Hostel, (na rua Canelones - 1095, esquina com a Paraguai) na área central, onde tomamos um banho para nos refazermos e em seguida sairmos para descobrir a cidade.
Apesar de não ter tantos prédios com arquitetura esplendorosa como em Buenos Aires que faz lembrar de algumas cidades europeias, Montevidéu é uma cidade bastante interessante e atraente, com a maior parte de seus pontos turísticos podendo ser percorridos à pé nas imediações da avenida principal, a 18 de Julio.
Montevidéu conta com construções antigas de grande interesse, como o Palácio Salvo eo Teatro Solís, além de uma gastronomia boa e barata. Por ser uma capital relativamente pequena e estar próxima ao Brasil, o turismo em Montevidéu pode ser feito em um final de semana prolongado. Dois dias inteiros, (tirando o dia da chegada e da partida) já são suficiente para desfrutar do turismo em Montevidéu.
É a cidade latino - americana com maior qualidade de vida e se encontra entre as 30 cidades mais seguras do mundo. É também a mais arborizada da América Latina. 97% das pessoas são alfabetizadas e as faculdades são 12 anos de ensino, sem vestibular! 



O QUE FAZER NA CIDADE:
Primeiro, pelo que entendi, a cidade é dividida em cidade velha (Ciudade Vieja) e cidade nova (Ciudad Nueva) e o que as separa simbolicamente hoje, é a Puerta de la cidadela, um baluarte de passagem de entrada para o centro histórico de Montevideu. Esse grande portão começou a ser construído em 1742 como fortificação para proteger a então colônia espanhola de ataques que os portugueses pudessem efetuar a partir do Rio da Prata. Atualmente, o que se pode ver da edificação original são as pedras da base, das laterais e do centro da porta, localizado na praça independência.



A PRAÇA DA INDEPENDÊNCIA: ou (Plaza Independência) é uma praça projetada em 1837, onde existe uma grande estatua em bronze sobre um pedestal de concreto, do general Artigas, serve tambem de ponto de referencia entre a cidade nova e a cidade velha com a Puerta de la cidadela separando-as.




TROCA OFICIAL DA GUARDA:
O mais interessante é que foi criado um mausoléu no subsolo desta praça, onde estão guardadas as cinzas do general herói - fundador do país. Uma das atrações é a guarda que protege os restos mortais e que de fica tão imoveis sob os focos e contrastes de luz do ambiente, que se parecem bonecos de cera. Eu pelo menos pensei que fossem. Outra atração é a troca da guarda, com cerimônia tão solene quanto a da guarda britânica. Muitos turistas fazedores de pose, tiram fotos ao lado dos caras ali completamente imóveis.



CHAFARIZ DOS CADEADOS: 
Em plena 18 de Julio você encontra um chafariz que eu chamaria no minimo de original. O chafariz é cheio de cadeados presos em sua cerca de proteção, colocado por amantes e namorados que por ali passam e deixam seu cadeado, como uma especie de oferenda. A lenda diz que quando dois apaixonados escreverem suas iniciais em um cadeado e o prendem à Fuente de los candados, eles retornarão juntos para visitá-la novamente e seu amor será eterno.

   

EL CHIVITO DE ORO: Na esquina da 18 de Julio, quase em frente ao Chafariz dos Cadeados, nos informaram ser o lugar que melhor prepara o chivito uruguaio. O lugar é agradavel e de boa aparencia. Sentamos ali para experimentar este sanduiche típico do pais, acompanhado de um cerveja Patricia, bem gelada. O chivito é um sanduiche composto de carne de boi grelhada, presunto, lombo defumado, bacon, mussarella, maionese, alface, tomate e ovo cozido em rodelas ou picado, catchup, mostarda. Como acompanhamento opcional, (acrescido de alguns pesos), batatas fritas, muda o nome para chivito "canadense". A cerca da origem de seu nome "chivito", ficou-me a dúvida: Chivo em espanhol é bode, então chivito seria cabrito, bode novo. Mas como se explica se é com carne bovina?.. De qualquer forma o chivito é uma gostosa bomba calórica irresistível aos gulosos como eu.




FEIRA TRISTÁN NARVAJO:
Fica no bairro Codón, seguindo pela avenida 18 de Julio, onde é exposto para venda, todo o tipo de produtos que se possa imaginar, como comidas, artigos para vestuário, antiguidades e lembranças. Na verdade é um misto de feira-livre, brechó, sebo, antiguidades, quinquilharias e até mesmo animais vivos (galinha, coelho, peru, gato, cachorro e outros bichos). Aos domingos de manhã, pode-se se chegar a esta feira de característica peculiar. Outra particularidade é que a feira é tão grande e se bifurca por outras ruas longas, que eu acredito que numa manhã é quase impossível ver tudo. Neste dia também nos chamou a atenção, alguns integrantes da feira fazendo o típico churrasco uruguaio com lenha sobre a calçadas.



PALÁCIO SALVO:
Localizado na esquina da avenida 18 de Julio com a Plaza Independência, possui um estilo eclético e foi muito criticado por arquitetos da época. Apesar de chamado de palacio, nunca foi um. Segundo moradores, ja foi confeitaria, hotel e hoje um simples edifício de moradias considerado inclusive mal assombrado.



TEATRO SOLIS:
Encontra-se na cidade velha ao lado da Praça Independência e alguns passos do Palácio Salvo. Costuma ter várias apresentações artísticas semanais de todo o tipo e para vários os bolsos. Mas se não quiseres ver nenhuma obra teatral ou concerto, existem também visitas guiadas, com vários horários ao dia por 15 pesos. O nome do teatro é uma homenagem ao navegador espanhol Juan Dias de Solis, que foi comandante da primeira expedição europeia à penetrar no Rio del Plata. De formas arredondadas e longos pilares de sustentação na fachada, lembra a arquitetura italiana. O inicio de sua construção é datada de 1942.


SALA ZITARROSA:
Como não assistimos nenhuma apresentação no teatro Solis, (pelo menos eu não assisti), escolhemos a noite do dia 10 para apreciar uma apresentação de artistas locais que homenageavam Carlos Gardel e o tango, na Sala Zitarrosa às 20 h 30 min. Este espaço anteriormente era um cinema, mais tarde foi restaurado pela Prefeitura, transformando-o num espaço cultural, onde são apresentados shows de dança, musica e outras manifestações artísticas locais e internacionais.



PLAZA DEL ENTREVERO:
Praça na avenida 18 de Julio, uma das principais avenidas do centro da cidade. Nesta praça de estrutura envidraçada e um majestoso chafariz, recebe shows de tango na rua. 


MUSEU DO GAÚCHO:
Situado em um edifício da República Oriental do Uruguai, sobre a esquina da Avenida 18 de Julho e a Praça de Entrevero. Aqui mostra toda a história do gaúcho, incluindo o artesanato. Nos prédios inferiores encontra-se outro museu que conta a história das cédulas e moedas do Uruguai. 

FORTALEZA GENERAL ARTIGAS:
Também conhecida como Fortaleza Del Cerro ou Fuerte del Cerro, fica localizado num bairro afastado da cidade e em posição dominante sobre o monte mais elevado da região (popularmente denominado como El Cerro, com uma altitude de 132 metros acima do nível do mar - no lado oposto da baía). Esta fortaleza tinha como função, a defesa da povoação e seu porto, à margem esquerda do Rio del Plata. Trata-se da última fortificação espanhola construída no Uruguai. Nos deslocamos para lá de táxi e fomos orientados a ter cuidado, pois a região é perigosa e com grande incidência de assaltos à turistas.



Ainda dentro da fortaleza, no patio interno, pode-se encontrar um museu, onde estão expostos, roupas, armamentos , mapas de como era a distribuição geográfica e politica do pais, além de uma enorme variedade de utensílios utilizados naquela época, inclusive um cárcere, onde provavelmente eram confinados os inimigos.



MERCADO DEL PUERTO:
Esse mercado, cuja a estrutura de ferro foi erguida em 1865 e 1869, com peças que vieram de Liverpool, Inglaterra e foi inicialmente uma estação ferroviária, atualmente serve de pólo gastronômico, onde dezenas de restaurantes servem "parrillada", o churrasco uruguaio assado nas lenhas e pescados. Num espaço á altura do telhado tem um enorme relógio de madeira estilo inglês que decora o ambiente. O lugar é muito movimentado e algumas vezes ocorre algumas apresentações de musica ao vivo.



Almoçamos num restaurante chamado Cabana Verônica, especializado em Parrila, mariscos e pescados. O garçom muito atencioso que nos atendeu, chamava-se Carlos e enquanto esperávamos desocupar uma mesa, serviu-nos uma bebida gelada chamada meio à meio, (mistura de vinho branco e espumante engarrafado). O Mercado nos fins de semanas e feriados é muito concorrido, se não quiser ficar em filas esperando vaga, deve-se chegar depois das 14 horas, ou "fazer tempo", olhando as barracas e lojas de roupas e artesanato do lado de fora do mercado. Como não sabíamos, tomamos um chá de fila e depois um chá de banco, aguardando servirem o almoço. Os restaurantes fecham as 17 horas durante a semana e as 18 horas nos fins de semana.



PORTO DE MONTEVIDÉU:
Cruzando o Mercado Publico, do outro lado de uma avenida larga e movimentada de veículos, fica o porto da cidade, que funciona 24 horas durante o ano todo, em virtude da escassa probabilidade de ventos ou tormentas que impliquem nas suspensão das operações portuárias. Historicamente foi o motor impulsor do desenvolvimento da economia uruguaia por sua caracteristica natural de não necessitar de dragagens periódicas e apto para embarcações de grande porte. Infelizmente não foi possível conhecer seu interior!..



CATEDRAL METROPOLITANA DE MONTEVIDÉU:
É a principal igreja da cidade, localizada bem em frente ao Cabildo de Montevideu (edifício público, que foi utilizado como sede do governo durante tempos do vice-Reino do Rio da Prata, hoje usado como um museu, em frente da Plaza de la Constitucion na cidade velha). A catedral após varais restaurações foi concluída em 1940. Fotografei somente o seu interior, pois não encontrei um angulo legal da praça.



RAMBLA DE MONTEVIDÉU:
É uma longa avenida que corre ao longo da costa do Rio de la Plata, em Montevidéu, com uma larga calçada murada proporcionando a contemplação do rio. É delimitada por várias praias, entre as quais: Ramirez, Pocitos, Mergulho, Malvin, Carrasco.
Antigamente, era conhecido como o “Rambla Nações Unidas.” Mas ao longo do seu percurso vai alterando seu nome: Rambla Baltasar Brum (na baía de Montevidéu), Rambla Sur (na Cidade Velha e Barrio Sur), Rambla Presidente Wilson (no Parque Rodo),etc..
Nos fins de semana, atraiu milhares de pessoas de todas as idades, que vêm em busca de passeios, recreação, ar fresco. Além disso, uma oportunidade para observar aves, dado o grande número de espécies costeiras. Foi declarada monumento histórico, por fazer parte da identidade de Montevidéu.




















Apesar de ser uma capital, Montevidéu não me passou a ideia de uma grande metrópole movimentada, ao contrario, possui espirito de cidade do interior, agregado a grande simpatia, boa educação e hospitalidade de seu povo. Desta forma eu afirmo que cinco dias não é o suficiente para conhece-la como merece.

Lugares que gostaria de ter visitado, mas o tempo foi curto:
Passeio de ônibus pela cidade, visitar o hotel Cassino Carrasco,  abandonado quando passamos de ônibus, caminhar pelo Jardim Botânico e o Parque Rodo.
*Ah, segundo informações enviadas por um amigo, o Cassino Carrasco não está abandonado, como me pareceu visto de longe, mas passando por restaurações.
Até a próxima viagem!

PIRIÀPOLIS.


PIRIÁPOLIS:
É um tradicional balneário uruguaio e fica localizado à 100 km de Montevidéu e a 30 km ao sul de Punta del Este, onde está localizado o hotel Argentino e funciona um imponente cassino que data do principio do século XX. Uma bela estrada à beira mar leva a esse tranquilo e simpático balneário frequentado por uruguaios, argentinos e brasileiros.


Minha passagem pela cidade se deu, em função do retorno de Montevidéu a Porto Alegre e que durou apenas 5 horas, (uma hora para o almoço e as quatro horas restantes), para um reconhecimento do lugar. Ao menos neste período de Outubro, mesmo fazendo um dia quente, a praia estava quase vazia de banhistas para aproveitar o Sol. Uma paraíso que só deve ocorrer mesmo fora de temporada!..
O calçadão na beira da orla  é bem conservado, com lindos pilares brancos sustentando um muro torna-se propicio para parar, sentar e  apreciar o mar. Uma praia perfeita para quem quer paz e sossego. Do outro lado, restaurantes e muitas lojinhas de artesanato, que faziam lembrar os balneários brasileiros do sul do país.
O almoço como sempre foi o habitual bife à milanesa napolitano com fritas e não tinha muitas outras opções, onde fomos atendidos por um garçom mal humorado, mas que não esqueceu de cobrar os 10% pelo desinteressado atendimento.


CERRO SANTO ANTONIO:
Uma das atrações turísticas mais visitadas em Piriápolis, e o Cerro Santo Antonio, cujo nome se dá a uma pequena capela que existe no alto de um morro com a imagem de Santo Antonio e que neste dia estava sendo restaurada. Via teleférico é possível chegar até o topo, pagando um ingresso de $10 pesos e deslumbrar-se com as belas imagens da região e da praia.

 

No retorno do Cerro até a beira da praia, fomos presenteados com um casal de leões marinhos no pier próximos dos barcos. Um tirava uma soneca enquanto o outro fazia malabarismos dentro da água. O contato com os bichos, foi um dos pontos altos do passeio. Ficamos impressionados com seu tamanho e sua sociabilidade com os humanos.


HISTORIA:
Piriápolis foi fundada em 1893 por Francisco Piria . Seu nome inicial era El Balneario del Porvenir (o Resort do Futuro). Em 1890, Piria tinha comprado um trecho muito grande de terra, incluindo os montes Cerro Pan de Azúcar , Cerro del Inglês e Cerro del Toro , todo o sul o caminho para a praia. Em 1897, ele terminou a construção de sua residência pessoal, o Castelo de Piria , em 1905 a construção do "Hotel Piriápolis", hoje conhecida como "Colônia Escolar de Vacaciones", em 1910 ele construiu a avenida costeira Rambla de los Argentinos , e em 1912, ele começou a vender os lotes de construção em primeiro lugar. 


Em 1913 ele estabeleceu uma linha de trem panorâmico a vapor aderir à (em construção) Porto de Piriápolis com o Cerro Pan de Azúcar. A construção do porto terminado em 1916. De 1920 a 1930, ele construiu o Hotel Argentino , um dos maiores hotéis da América do Sul dos tempos. Quando Piria morreu, seus filhos naturais e jurídicas começaram a brigar entre si pela herança.
De Piriápolis seguimos para Punta del Este sua irmã afortunada, mas esta merece um outra postagem, que pode ser lida  AQUI.

COLÔNIA DO SACRAMENTO.


De 08 à 12/10/2010 conheci outros lugares no Uruguay, pais que simpatizo muito e que deixei de conhecer em oportunidades anteriores por falta de tempo, dinheiro e disposição. Por hora, postarei minha impressão sobre Colônia de Sacramento, cidadezinha que chamou-me a atenção por sua beleza, fotogenia e charme peculiar!..


HISTÓRIA:
Colônia de Sacramento fica no Departamento de Colônia no Uruguay, e foi fundada em 1680 à mando do Império português em contraponto ao domínio espanhol que na época colonizava aquela região e em particular Buenos Aires. Neste jogo de poder, Colônia passou de Portugal para Espanha  sucessivas vezes e só depois retornou ao domínio português, após muitas lutas e tratados, por  caracterizar-se um local estratégico- comercialmente em função do Rio  Del Plata. Como consequência disto tudo, a cidade é uma mistura arquitetônica, cujas as construções apresentam estilos espanhóis e portugueses que não desbancam sua graciosidade.


COLONIA É PURO ROMANTISMO:
Mas voltando aos dias atuais, Colônia não é somente uma pequena e bonita cidade bem preservada com suas ruas de  pavimentação de pedras do tipo (pé de moleque), outras de paralelepípedos mais convencionais e casas centanárias em estilo colonial português e espanhol, azulejos lusitanos nas paredes e telhas de barro nos telhados de duas e quatro águas, mas algo que inspira aos seus visitantes uma sensação de bucolismo e poesia ao caminhar por suas ruas, sentar à sombra das arvores,  assim como uma viagem  no tempo da colonização europeia em busca de se sustentar no poder. Caminhar por lá, não é apenas conhecer a historia, mas vivencia-la  sob o prisma de pequenos detalhes visuais e  também emocionais, portanto, uma parada obrigatória para quem visita Buenos Aires ou Montevidéu.

Como  estávamos em Montevidéu, nos deslocamos de ônibus ate lá, numa viagem  de 180 km, em torno de 2 h 30 min. cujo os ingressos foram adquiridos na rodoviária de Montevidéu por $185 pesos em amplos horários e empresas de transportes disponíveis que mantem a concessão.



CENTRO HISTÓRICO: Da rodoviária da cidade ao centro histórico são poucos minutos caminhando. Além de bares, cafés, ateliês e lojas de artesanatos que vendem roupas, bijuterias, alfajores, doces de leite e vinhos, oferece outras atrações como a visita à igreja Matriz, uma das mais antigas do pais, o farol de Colônia com as ruínas do convento São Francisco ao  seus pés, a singela rua dos Suspiros, a porta da cidade, museus e mais uma infinidade de coisas à serem apreciadas.


A parte histórica de Colônia não é grande e para quem gosta de caminhar pode ser percorrida  sem pressa em um dia. Para quem acha esta opção um incomodo, existem locais que alugam triciclos, bicicletas e  uma espécie de carrinho parecido com aqueles usados em campo de golf. Os preços? 30 dólares a hora e mais 15 a hora excedente. Se você está num grupo com mais de três pessoas, já vale a pena!




FAROL DE COLONIA:
Para subir os  118 degraus do farol, até o topo e enxergar lá de cima Buenos Aires, o Rio Del Plata e boa parte da cidade, paga-se 10 pesos. A subida e relativamente fácil e lá de cima a visão é compensadora. Para subir os degraus é necessário aguardar a descida dos outros visitantes, que ja estão no topo, uma vez que a escadaria espiral é estreita. O Convento de São Francisco, agora apenas ruínas, foi construído em 1694 e um incêndio o destruiu em 1704. O que sobrou de sua estrutura em pedras com mais de um metro de espessura, podem ser visitadas juntamente com o farol que foi edificado em 1857 ao seu lado.


RUA DOS SUSPIROS:
Calle de los Suspiros". Uma estreita ruazinha com chão de pedras, casas muito antigas feitas em barro e pedras. Dizem que ali naquela rua havia um prostíbulo e os suspiros vinham dos quartos das "meninas" durante o seu trabalho.. Referem também, que os prisioneiros condenados à morte foram levados para aquela rua, onde foram amarrados até serem afogados pela maré alta.



A PORTA DA CIDADELA:
Imponente estrutura de pedra e que no primeiro momento tem-se a impressão de se tratar de alguma fortaleza militar (isolada) em ruínas. A verdade é que toda a cidade era protegida por este muro de pedras, que só restaram algumas partes de pé, após as  sucessivas invasões espanholas para retomarem o poder.  O  portão principal tem uma ponte levadiça, dando um charme todo especial a construção.



PRAÇA DOS TOUROS: 
A Plaza de Toros, atualmente em ruínas, à 6 km do centro histórico, integrava um complexo turístico idealizado pelo milionário argentino Nicolás Mihanovich para atrair turistas de Buenos Aires, do outro lado do Rio da Prata, durante os fins de semana. Foi inaugurada em 9 de janeiro de 1910 e funcionou durante apenas dois anos, até fevereiro de 1912, quando as corridas de touros foram proibidas em todo o Uruguai na presidência de José Batlle y Ordoñez. O restante do complexo, que incluía um hotel cassino, funcionou durante mais alguns anos.


 


Não por ser uma cidade histórica com título de Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO, mas Colonia de Sacramento deve ser observada (como já falei), atentamente e com um olhar perspicaz sobre cada detalhe de sua ruas encantadoras e seus lampiões de luzes amarelas, acesos ao anoitecer, as portas com madeira entalhadas e altas, as placas em azulejos europeus e floreiras nas janelas e jardins, conferindo-lhe um  clima romântico.



O PÔR DO SOL: 
Ainda é possível desfrutar dos restaurantes com fartos cardápios para todo os tipos de bolsos e exigências, ou mesmo caminhar pela beira do Rio Del Plata, apreciando sua orla de águas calmas e o Pôr do Sol no final da tarde.


COMO CHEGAR A CIDADE: 
Colônia fica a 180 km à oeste de Montevidéu, sendo 110 km em estrada duplicada. De ônibus, pela COT, o trajeto é feito em 2 horas e meia.
Buenos Aires está mais próxima: a travessia em buques (barcos) rápidos é feita em 1 h pela Buquebus (que também trasporta carros) e o Colonia Express. As duas companhias vendem também o trecho de ônibus entre Colonia e Montevidéu para seus passageiros. É possível fazer pit stop em Colônia entre as duas cidades; Deixe a mala no maleiro da rodoviária, ao lado do terminal hidroviário (s/ taxas) ou, se não couber, deixe na lanchonete (que cobra 50 pesos por peça) e bom passeio, pois Colônia de Sacramento é certamente daqueles lugares que você não esquece e sempre tem vontade de voltar.

Até o próximo passeio!

Um bom findi semana.


Depois de uma madrugada chuvosa e estressante, uma manhã com mais chuva e insinuações de um dia que poderia esfriar tanto de se colocar casaco comprido e cachecol, parece que voltou a esquentar por aqui em Poa. Amanhã estarei em Montevidéu merecidamente, depois de uma semana amarga. Um bom "findi" à todos!

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TÔ PENSANDO QUE:

Quando as nossas emoções, alegrias e tristezas passam do tempo, nossos sentimentos humanos ficam acomodados numa cesta do tempo recebendo so...