Bruxas
Acho legal essas iniciativas que valorizam as pessoas e seus interesses comuns estimulando inclusive seus vínculos profissionais.
Acho que devemos pensar nisto e amadurecer esta idéia.
O pardal manco
Por falar em passarinhos, devo contar que tem um pardal manco vivendo nas redondezas da base onde trabalho e que ja se tornou membro da equipe. Ele passeia todas as manhãs dentro de casa e entre nós sem o menor constrangimento em busca de farelos e insetos no chão. Lembro que este pardal foi atendido por algum colega quando caiu do ninho, ja adulto, e machucou uma das perninhas. Numa manhã quando cheguei ele tinha uma imobilização feita com palitos de fósforos e um pedaço de esparadrapo. Acho que ele não esqueceu disto.
Homens adimiraveis
Do que se compõe a elegância em um homem, me perguntei esses dias.
Seu corpo, seu gosto pessoal em se vestir, sua colônia pós-barba? Acho que não! Elegância não tem nada a ver com a beleza física ou acessórios de guarda- roupas, mas algo além. Alguma coisa que transcende a banalidade da estética e seus fricotes sociais. Alguma coisa que culmina do seu interior como individuo, como pessoa na sua mais ampla condição.
Amante, amigo leal, pai presente e ai se vão. Algo a ver com postura e suas atitudes diante das sinuosidades da vida e suas armadilhas. Algumas pessoas me passam esta idéia através de suas maneiras, sua serenidade e simplicidade de se relacionar, de interagem com o mundo sem contaminar sua dignidade. São elegantemente humanos.
Suicídio entre irmãos
Pense numa coisa, que você sabe que pode fazer mal a sua saúde, mas que quando colocam na sua frente, simplesmente não dá para resistir. Pensou? Então você não para mais de comer até ficar estufado, com náuseas e muita, muita culpa.
Primeiro voce começa educadamente, depois disfarçadamente e logo sem a minima vergonha na cara, esquece de tudo e manda vê. Hoje aconteceu comigo.
Minha irmã, que eu apelidei de Tadeu por causa do seu corte de cabelo e é meia fissuradinha nestes venenos lícitos, comprou um saco de torresmo, acho que de porco, sequinho e começamos a comer enquanto falávamos da vida alheia e contávamos piadas sem graça. Teve um momento em que nos olhamos com ar desafiador e começamos a disputar quem enchia a mão mais rápido na embalagem e colocava na boca. Começamos a rir compulsivamente, talvez um da cara do outro, como dois loucos até não sobrar nenhum farelo.
Da próxima vez quero tentar com um frango assado, destes de forno elétrico que vendem nas portas de padaria...Cheirosos e engordurados, se não a bricadeira do suicídio coletivo não tem graça!
Meu Jardim
Uma linguagem do amor
*texto retirado do livro:
As cinco linguagens do amor_ Gary Chapman
Puxando da memória
Lembrar da minha infância é também lembrar do Dino. Velho mulato que fazia batida de samba com a ponta dos dedos numa caixinha de fósforos. Chapéu de aba curta, calça comprida e um par de sapatos pretos que parecia nunca tirar dos pés.
Minha mãe conta que ele tinha uma ferida no pé que nunca cicatrizou provocada pela roda do bonde, quando ainda era jovem.
Sentava num banco de madeira, na calçada, todas as tardes e cantava trechos de musicas que nunca esqueci:
"Oh linda imagem de mulher que me seduz!.."
Ria e contava histórias que na época eu achava que eram mentiras.
Celulares
Meu colega de trabalho trocou de celular e passou quase todo o plantão mexendo naquela geringonça, na descoberta de todas as funções mágicas que o aparelho podia lhe oferecer.
Fiquei olhando enquanto ele apertava as teclas luminosas e torcia o canto da boca em sua expressão de curiosidade, alterando sons, fundo de telas, etc.. Fiquei pensando no encantamento que este objeto eletrônico provoca nas pessoas. Algumas chegam a ficarem mudas cegas e surdas quando entretidas naqueles joguinhos barulhentos e idiotas.
Conheço algumas pessoas que trocam de celular a cada dois, três meses, quando surge um novo modelo nas prateleiras das lojas, nos encartes de jornais.
Nova tecnologia e designer! Anunciam. Tira fotos com 5.2 megapixels! Filma até 2 horas sem perder qualidade!
Sem desmerecimento da importância dessas caixinhas de comunicação que facilitam nossa vida, a verdade é que tenho horror a estes recursos milagrosos que pouco uso e só geram despesas. Celular é um aparelho de comunicação para se falar com pessoas e pra mim basta. Tantos recursos assim, eu acho que só serve para encher morcelas da nossa vaidade. As crianças são ainda mais surpreendentes, não pedem mais brinquedos como carrinhos, bonecas, pois o top de consumo infantil é celular se possível que tirem fotos. Sem falar na sua influencia sobre os valores sociais. Quanto mais compacto e tecnologia apresentar mais poderoso e rico é seu proprietário.
Aquela frase que dizia: "Se conhece o homem pelo seu caráter". Deve ter mudado para: "Se conhece o homem pelo seu celular".
Feridas que não cicatrizam

Existem feridas que insistem em se abrirem, quando menos esperamos não é mesmo? Quando pensamos estar curados, volta a nos incomodar, causando aquela velha sensação de desconforto e impotência.
Pensamos já ter usado todos os antídotos para resolver-mos o problema e sem mais nem menos reaparece, soberana pesando em nossas cabeças, responsabilizando-nos pelo tratamento errado e conferindo-nos culpa.
A culpa, esta é pior, se relaxar-mos, nos arrasta para a UTI e aí só Deus sabe se teremos alta.
O jeito é ter paciência e procurar novos caminhos, novas técnicas para sarar-mos de vez sem palhativos. Saber que pra tudo tem solução em nossas vidas, se possível com menos sofrimento.
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