Enquanto eu a olhava pela janela, percebia sua figura espreitando-se entre o jardim e as arvores que cobriam o pátio. Ela colhia margaridas, sua flor predileta, enquanto olhava pra mim, por vezes desconfiada, tentando reconhecer-me de algum lugar, talvez de uma vida que já não lhe pertencia mais. Era isto que traduzia em seu olhar
Seu corpo vestido de névoa, miúdo e perfeito, quase não fazia sombra nos movimentos de zig zag entre as arvores, que por vezes a revelava e a escondia no tempo de um lampejo.
Será que amanhã retornará ao meu jardim de frondosas arvores, que meus pais plantaram e que hoje eu cuido? Voltará com seu olhar de desconfiança?
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