Iolanda



Eu estava em Santiago ou em Córdoba conversando com o Beto via Msn, quando perguntei pela Landa, sabidamente baixada a alguns dias na UTI em estado crítico de saúde e de dificil esperança de uma melhora, um milagre. Eu sentia instintivamente que o pior pudesse acontecer por estes dias e aconteceu. Quando li naquela linha escrita: " Ela foi sepultada ontem!...", uma certa amargura brotou na minha boca e pensei que talves ela gostasse de estar conosco, comtemplando todos os lugares que visitamos, se tivesse forças para dominar o que chamamos de morte. Depois fiquei alguns minutos em silencio lembrando da musica que a muito tempo cantavamos pra ela:
Esta canção não é mais que mais uma canção
Quem dera fosse uma declaração de amor
Romântica, sem procurar a justa forma
Do que lhe vem de forma assim tão caudalosa
Te amo,
te amo,
eternamente te amo
Se me faltares, nem por isso eu morro
Se é pra morrer, quero morrer contigo
Minha solidão se sente acompanhada
Por isso às vezes sei que necessito
Teu colo,
teu colo,
eternamente teu colo
Quando te vi, eu bem que estava certo
De que me sentiria descoberto
A minha pele vais despindo aos poucos
Me abres o peito quando me acumulas
De amores,
de amores,
eternamente de amores
Se alguma vez me sinto derrotado
Eu abro mão do sol de cada dia
Rezando o credo que tu me ensinaste
Olho teu rosto e digo à ventania
Iolanda, Iolanda, eternamente Iolanda.

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