Técnicas de desapego

Acontece que mais uma etapa da minha vida terminou e então vou carregar deste aprendizado coisas positivas e negativas. Só tenho uma perguntinha para fazer pra mim mesmo: Por que temos a mania de lembrar e de valorizar mais as coisas negativas, do que as positivas ein? As positivas passam a se transformarem depois de algum tempo, numa especie de nevoa refrescante e agradável que aos poucos vai se diluindo até cair no esquecimento e o que sobra é apenas o sabor gostoso de uma lembrança que se foi e não sabemos a o certo o que é.  Mas as negativas lembramos detalhadamente, ficam granuladas dentro de nós e são mais difíceis de serem consumidas, digeridas, degradadas. Depois fantasiamos, acrescentamos mecanismos pessoais complexos de agravamento, fazendo-nos cair nas tramas do nosso proprio terrorismo. Por vezes eu penso que esta minha necessidade de viajar, de conhecer lugares e pessoas diferentes, é uma forma de desapego.

Putíiissimo da cara.

A pior etapa de se comprar pela internet e o plantão forçado dentro de casa, até te entregarem o produto. São cinco dia uteis, depois de aprovada a compra, esperando, esperando, esperando e nada.  Você até acredita que terá sorte de te entregarem lá pelo terceiro dia, mas depois descobre que não será premiado e então desiste. Cinco dias é demais para qualquer um que trabalha, mora sozinho, não tem empregados e tem mais o que fazer. Ninguém aguenta esperar por tantos dias. É neste momento de extremo tédio, cansaço e putíssimo da cara, que você resolve sair num ímpeto de  vingança, batendo porta e gritando aos quatro ventos: Agora eu é que não quero esperar!

CONHECENDO PICADA FEIJÃO


Hoje à tarde eu e o Ton, um amigo de viagens, resolvemos fazer um passeio de inauguração em sua Kombi, até a região da colonia alemã, começando por Ivoti, passando pelo distrito de Picada Feijão, Morro Reuter que visitei na semana passada e Santa Maria do Herval.


A intensão deste passeio, acreditem se quiserem, foi sair em busca de uma Cuca recheada de chocolate em barras, que ele comeu na ultima vez que esteve em Ivoti e que na sua opinião é a "cuca das cucas". Depois de localizar a padaria no centro da cidade, comprar a tal cuca, seguimos morro acima, por uma estrada de terra no interior de Ivoti, em Picada Feijão, onde encontramos alguns exemplares de casas muito antigas em estilo enxaimel, já um tanto judiadas pelo tempo, mas mantendo ainda seu charme e beleza. A estrada era tão íngreme e sinuosa que por vezes a Kombi apresentava dificuldade para subir.


Ainda nas proximidades da Igreja amarela, que fica a uns 7 km da sede da cidade, uma vinícola chamada Berwian, nos fez parar para apreciar não só os vinhos, sucos e licores que são comercializados, mas a arquitetura do prédio com aparência muito antigo e com grossas vigas de madeira em sua sustentação.


Alem das amostras de vinhos e bebidas para degustação, outros objetos que possivelmente pertenceram a família dos atuais proprietários, atualmente servem de cenário decorativo a cultura alemã muito presente na região.


A vinícola Berwian, faz parte da Rota Colonial Teufelsloch (Buraco do Diabo) em Ivoti, onde seus produtores expõem e vendem no local o conhecido vinho tinto cabernet sauvignon Berwian. Passamos em seguida por Morro Reuter, onde visitamos o belvedere sobre o morro da Embratel, Santa Maria do Herval, onde provamos uma cachaça licorada servida no balcão do centenário armazém   Kieling um dos mais antigos da cidade e depois retornamos para Porto Alegre, já noite, com a cuca.
Até a próxima!..


Fernanda Yin e Yang...Quero dizer: Young

Ontem Fernanda Young me surpreendeu durante o segundo bloco do programa Encontro com Fátima Bernardes, a o declarar publicamente que tem uma filha com problemas neurológicos (hidrocefalia). Mas a declaração em si, não foi o que me causou surpresa, mas sim a mudança estabelecida em sua postura habitual de mulher dona de si, de verdades e posturas controversas e por vezes ainda reacionários. Fernanda mostrou-se doce, mais flexível, menos agressiva e louquinha, o oposto de sua conhecida estampa de marketing. Melhor ainda, descobriu que falar sobre alguns problemas engavetados não é apelação e ajuda-nos a sermos mais comumente humanos, solidários e menos contundentes. Outra coisa que percebi é a sua beleza e algumas sutis expressões no olhar que me fizeram lembrar de Nicole Kidman.

Juliana não ama mais seu marido.

Juliana parecia estar mais magra e também certa de que sua melhor decisão era manter seu marido afastado dela e do filho ainda pequeno, percebeu que todos estavam certos, a família, os amigos, menos ela que parecia viver de olhos vendados todo este tempo, por uma paixão cega e doentia. 
Estava antes por demais apaixonada e acreditava que todos estavam errados. Agora era diferente, se sentia segura, no caminho certo, conseguira retirar a venda que lhe cobria o olhos. Um rompimento sem sofrimentos e arrependimentos, (uma nova mulher, renovada e hábil para criar seu filho), repetia num tom de voz alto para que pudesse ser ouvida entre os presentes e talvez por si mesma. Por outro lado, era notório algumas deficiências em suas atitudes e caráter, que a fizeram ser usada com tanta facilidade e por tanto tempo. Foi somente dar-lhe algum espaço e observa-la atentamente para que se reconhecesse algumas dessas falhas.

Eu não estou entendendo o que está falando!...

Resolvi fazer este post aqui no blog, por que os envolvidos não o leem mesmo e se lerem... A intenção é a manutenção da minha opinião e daquilo que acredito!..
Uma pessoa das minha relações fez um comentário sobre a relação homo afetiva de um casal gay, amigo dela. Depois de tecer vários elogios e analizar sobre a luta interior que tiveram, até assumirem publicamente a relação para a família e a sociedade em geral, fez a seguinte observação: _Eu só não entendo como eles fazem para transar, eu acho meio estranho!..
Ora.., ora.., ora.., eu não consigo crer nesta ingenuidade que fica deslocada da inteligencia humana e que não cabe mais nos dias atuais. Será que em pleno século XXI, as pessoas ainda alimentam este tipo de incerteza, ou mesmo se perguntam quem é o ativo ou passivo na historia, afim de estabelecerem seu grau de aceitação? Eu fiquei na duvidas entre pegar um lápis e desenhar o que acontecia, ou então perguntar se ela conhecia a frase popular: Vai tomar no cu e depois dizer que possivelmente eles a levavam ao pé da letra. Mas resolvi ficar calado num sorriso amarelo de total descrença na sua ingenuidade.

O ATAQUE DOS POMBOS



Retomando o assunto sobre pombos, já postei em outra oportunidade que não gosto deles. Parecem-me sujos e atrevidos e com aquele som que emitem parecendo mal agouro, olhinhos vermelhos e misteriosos. Por aqui onde eu moro, parece ter centenas deles, intermináveis colonias sobre os telhados branquicentos de seu cocô ácido. 
Desconfio que devem planejar alguma invasão contra nos seres humanos e que algum dia nos atacarão impiedosamente, na conquista de mais espaço para a sua prole! 
Que me perdoem os seus defensores, mas para que servem exatamente os pombos?
Agora uma deles me vigia do telhado da casa do vizinho!...Não é paranoia minha!..

Casa de Jorge


Abriu a duas quadras de onde eu moro, aqui no bairro Partenon, uma Casa de Samba chamada Casa de Jorge, na Avenida Ipiranga 8213 em frente a o prédio da C.E.E.E. Eu não sei exatamente a data de sua inauguração, mas somente no Sábado, 06 de Agosto, fui conhece-la de perto. O nome me parece obvio, já que vem estampado a figura do santo na faixada da Casa pintada de vermelho, lembrando essas casas de Exu, assentadas nos pátios dos terreiros de candomblés. Não espere sofisticação, pois o ambiente é simples, com pessoas simples, como é a origem do samba, mesas e cadeiras de plastico, que por vezes são acomodadas na calçada durante a tarde nas proximidades de uma parada de ônibus, quando o samba já está rolando a mil. No interior, um pequeno palco que acomoda os músicos, bar, churrasqueira, muita gente sambando e alguns comentários de que rola um pagodão da pesada por ali... Mas no dia em que estive visitando o lugar, o que rolou mesmo, foi muito samba de raiz, um público alegre e simpático e alguns cantores desconhecidos entre a platéia,  com muita competência com o microfone, que foram convidados a cantar musicas do repertório de Lupicínio, Zéca Pagodinho, João Nogueira, Chico Buarque, entre outros. Uma convidada chamada Vera, cantou Ronda em ritmo de samba, que foi um verdadeiro espetáculo de emoção.
O samba começa cedo na Casa de Jorge, onde seu dirigente Péricles, mais conhecido por Sarara, administra esta iniciativa de multiplicar a cultura brasileira originariamente negra, que é o samba, abrindo suas portas nas Sextas, Sábados e Domingos a partir da manhã, onde pode-se levar uns quilinhos de carne e dar a o assador da casa, que a devolve pronta para comer, num espeto identificado, sem nenhum custo adicional.
A Casa de Jorge é uma opção valorosa na zona Leste da cidade, tão carente de lazer e entretenimento deste nível, que parece estar dando resultados, basta ver o numero de veículos que se agrupam nas redondezas nos finais de semana, vindos inclusive de outros bairros da cidade.

Adiando o Dia dos Pais.

No Domingo Dia dos Pais, resolvi não ficar em casa, tomei a decisão de aceitar o convite de almoçar na casa de um amigo que apresentou de cardápio, nada mais nada menos, do que churrasco. Bem, eu gosto de churrasco, principalmente feito pelos outros e o que se pode esperar de uma confraternização em casa de gaúcho que não seja um cheiroso pedaço de ripa ou costela assando no espeto, acompanhado de Salada de batatas com maionese e da conhecida cerveja gelada? Mas o mais perverso disto tudo, é que eu não estava com espirito de confraternização, não via a hora de voltar pra casa e me deitar na cama até o alvorecer do outro dia. 
Apesar de ter marcado um encontro com meu filho a noite, não parecíamos estimulados a manter este plano de pé, quando liguei confirmando. O domingo parecia com cara de final de Grenal que deu empate, ou desses feriados longos que causam mais cansaço do que descanso. Resolvemos então adiar para um outro dia este encontro, já que temos uma relação de afeto resolvida e a certeza de que o Dia dos Pais, não se comemora somente uma vez por ano, mas nos 365 dias que o compõe.

Jorge Amado: Sujeito e sua Ambiência.


É possível se traçar a personalidade de um individuo através dos objetos que foram de seu uso, das mobílias de sua sala, do seu jardim, da sua mesa de jantar, de trabalho, da cadeira, do tapete etc.? Seriam estes objetos uma especie peça de um quebra cabeças capaz de montar o mosaico de uma vida, de uma personalidade? É possível remontar o individuo, o sujeito que fomos à partir destes fragmentos?.. Pois é isto que está fazendo a pesquisadora e aluna de doutorado em Ciências da Informação da U.F.BA, Alzira Tudo De Sá.
Através de um livro de fotografias, em que as fotos são  do interior da casa do escritor Jorge Amado, a pesquisadora pretende resgatar o sujeito através de sua ambiência, ou seja buscar o homem Jorge Amado, à partir dos objetos e da estrutura da casa onde viveu, na rua Alagoinhas 33- bairro do Rio Vermelho- Salvador. Eu não acho que seja possível resgatar por completo o sujeito, haja visto as suas sinuosidades, mas quem sabe chegar perto!...

Quero ver Irene dar sua risada...

Irene não é a mesma da canção que conheço, nem de longe lembra a de Caetano Veloso dando suas risadas. Irene é sóbria, quieta, pensativa, possuidora de um olhar tímido, de quase subserviência e nos limites de uma escravidão pessoalmente aceitável. É silenciosa, prestativa, resignada.
Os olhos são arregalados, os cabelos espichados e a boca vermelha de um batom que não lhe acrescenta maior beleza porque esta; parece estar presa em seu interior, amordaçada... Seu perfume é comum, seus sapatos tem saltos baixos, bolsa e brincos nem usa. 
Irene tem força, mas parece não ter alegria, parece ser dona de uma miserável raiva sufocada nos gestos serenos, no olhar amistoso, numa expressão que se torna estranha quando tenta sorrir. Eu gostaria tanto ver sua contrariedade, de vê-la dar sua risada.

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Quando as nossas emoções, alegrias e tristezas passam do tempo, nossos sentimentos humanos ficam acomodados numa cesta do tempo recebendo so...