Sobre a ponte eu estava, Há dias, na noite cinzenta Ao longe ouvi uma canção: Ela pingava gotas de ouro. Pela superfície trêmula Gôndolas, luzes, música - Ébria ela nadou para a escuridão... Minha alma, um alaúde, cantou a si, invisível e ferida, uma canção veneziana, e segredou, trêmula de ventura colorida. Será que alguém a escutou?
Ecce Homo - Nietzsche muito além da Filosofia
fragmentos
Não tenho passos, não tenho expressão.
Respiro silencio, resignação.
Proibiram-me de tudo, quase tudo, menos pensar, menos viver.
Subterfúgios
que cria subterfúgios sutis.
As vezes pacato, as vezes explosão.
Carrego marcas comigo,
pedras em meus bolsos,
mijada na cara e sombras que assustam.
Me escondo em porões escuros sob cantos de corujas.
As vezes vôo, perdido e sem direção.
A chuva
Quis estar entre elas, fugitivas, preocupadas. Totalmente encharcadas, desprotegidas de si mesmas.
O vagante
Hoje soube da história de um morador de rua que escolheu por esta vida após uma grande decepção amorosa. Tinha se formado em direito e estava prestes a casar-se, quando encontrou sua noiva com outro homem. Contam que depois de agredir o amante de sua noiva ele teve um surto psicótico do qual nunca mais se recuperou. Abandonou sua família e seu futuro como advogado para viver desleixado, fazendo caminhadas intermináveis pelas ruas a procurara de si mesmo. Vi-o passar pela rua um dia desses. Homem negro, alto, cabelos longos, com tranças sobre a nuca, tipo jamaicano. Traços delicados porem com um olhar distante, vago enquanto colhia pedrinhas no meio da rua.
Fiquei algumas horas com esta história na cabeça e não pude deixar de me perguntar se uma decepção amorosa é capaz de causar tamanho estrago na vida de uma pessoa.
Por que idealizamos castelos que nos soterram de uma hora para outra?
Por que sofremos tanto quando eles desmoronam a ponto de não nos recuperarmos mais?
Alguém disse-me uma vez que construímos nossa própria cruz!
Respostas em Ortdoor
Num dado momento percebi que precisava de respostas, não as coerentes, as automáticas em seus kits pré elaboradas, estudados. Mas as do tipo visceral, em forma de gestos que me arrebatasse de verdade, que me arrepiassem os pelos dos braços, que alterasse a força da gravidade e toda a rota do planeta. Que evento!
Pensei nestas respostas sendo publicadas em ortdoor por toda a cidade com suas letras gigantes, expostas pelos caminhos que habitualmente faço, chamando-me a atenção e a de todos que por ali passassem.
Seria isto possível?
Bebe de Rosemary "15 anos"

24 de dezembro.
A noite da Embrocação

Novas ambulâncias para o SAMU?

A rádio Fofoca-corredor do HPS estava comentando hoje, que foram compradas pelo Ministério da Saúde, mais oito ambulâncias para o SAMU de Porto Alegre, com a intenção de promover a abertura de mais três bases de atendimento na capital. Duas ambulâncias seriam medicalizadas ou como preferirem ASA- ambulância de suporte avançado. Parece que o entrave surgiu em onde instalar as bases novas e os recursos humanos já a muito tempo escasso no hospital. Será que é verdade ou é somente conversas pra boi dormir e socorrístas sonharem?
Histórias de Pronto Socorro!

Uma senhora muito nervosa entrou na sala de emergência-6 enquanto empurrava seu pai numa cadeira de rodas fazendo toda a equipe de plantão se mobilizar. Era um senhor idoso de cabelos grisalhos e parecia realmente estar debilitado. Quando o médico solicitou para que ela fizesse o boletim de atendimento, se posicionou agressivamente para toda a equipe presente.
-Não vou fazer coisa alguma enquanto vocês não atenderem meu pai!- Disse gritando
-Sim ele será atendido, mas para isso precisa que seja feito o boletim- Respondeu o médico com tranqüilidade.
-Daqui eu não saio enquanto vocês não fizerem alguma coisa por ele!- gritou a mulher já em prantos.
-O que aconteceu a ele?- perguntou alguém da equipe, puxando a cadeira com o paciente até a maca mais próxima.
-Ele já teve isto antes, há alguns anos a traz... Quase morreu!-Respondeu a mulher, tentando refazer-se simultaneamente da sua ira.
-O médico dele me disse que quando acontecesse de novo era para procurar rapidamente uma emergência!- Disse com a voz mais branda.
-Acho que é um AVC hidráulico!- concluiu trêmula e temerosa de dar um diagnóstico errado.
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